Segue abaixo, na
íntegra, a troca de postagens entre o governador Simão Jatene (PSDB) e Leidiluce
Ferreira Brito, a jovem de 29 anos, com câncer, à espera de um remédio vital
para o tratamento da paciente, desde julho último em falta no HOL, o Hospital
Ophir Loyola.
A troca de postagens entre Leidiluce e Jatene, no Facebook,
foi copiada e remetida, por um leitor anônimo, ao Blog do Barata.
Na página do governador Simão Jatene (PSDB)
no Facebook, no qual ele desejava feliz Natal a todos, Leidi Moranguinho fez o
seguinte comentário:
“Não desejo isso a ninguém, mas gostaria que
você se visse em mim, que estou com leucemia no hospital Ophir Loyola, e por
falta de medicamento quimioterápico
não pude passar o Natal com minha família e nem a virada de Ano Novo. E saiba
que é muito difícil ver você desejando um Feliz Natal na televisão deitada em
um leito há mais de um mês, sem fazer nenhuma medicação pela falta de
humanidade desses falsos administradores deste hospital e de outras
instituições que você põe no poder. Boas Festas, são os únicos ‘votos’que
eu e muitos desejamos à você."
O governador respondeu:
"Sra. Leidi, assim que fui
informado sobre o seu caso, ontem, mandei que providências urgentes fossem
tomadas e que lhe fosse comunicado imediatamente, Posteriormente, soube pelo doutor
Arthur Lobo, que ele mesmo havia entrado em contato com a Sra. para lhe explicar
os procedimentos adotados, uma vez que, segundo a área técnica, o medicamento
estava em falta em Belém, e tinha sido feita uma aquisição emergencial em São
Paulo, com previsão de chegada na próxima sexta-feira. Desse modo, lamentando o
ocorrido, só posso lhe pedir desculpas, não apenas pelo fato em sí, mas por
vivermos numa sociedade que por suas carências históricas, ainda convive com
situações como a sua. Finalmente, na expectativa que essa lamentável
experiências possa contribuir para que se evite a sua reprodução, pedí que a
doutora. Heloísa Guimarães, secretaria adjunta de Saúde, procure identificar
medidas para evitá-la.
“Que a senhora tenha sucesso na sua luta
e Deus lhe de saúde e paz."
O diálogo foi encerrado com a seguinte
resposta de Leidi:
“Só gostaria de lembrar-lhe que esse
medicamento está em falta em Belém pelo simples fato de não ser vendido esse remédio
na nossa cidade, pois eu mesma entrei em contato com o laboratório responsável
e pedi os distribuidores. Ressalto também que o medicamento está em falta desde
julho, e não é possível que você tenha tido conhecimento só agora, sendo que,
de acordo com a ouvidoria do hospital, logo q o paciente dá entrada, o
medicamento tem que ser providenciado, o que não ocorreu até agora. E só no mês
de dezembro que resolveram fazer essa compra emergencial? E falta de fornecedor
certamente não é, pois em contato com eles, solicitando o medicamento, o mesmo
chegaria em 24 horas, via Sedex, mas como pessoa física não posso comprar, e
mesmo se eu comprasse, não seria ressarcida, segundo a direção! E as carências
históricas podem ser melhoradas com pessoas competentes e, acima de tudo
humanas, nos cargos públicos, principalmente para administrar o dinheiro
público. Saiba que mesmo expondo meu caso na frente do diretor do HOL, Victor Moutinho,
e tantos outros funcionários no auditório do hospital, o doutor. Victor nem
sequer me deu explicações a respeito desse problema. Tamanho descaso!
“Que o Senhor tenha sucesso na sua luta
também."
3 comentários :
Concordo quando ela diz: E as carências históricas podem ser melhoradas com pessoas competentes e, acima de tudo humanas, nos cargos públicos, principalmente para administrar o dinheiro público. Basta começar a ocupar os cargos estratégicos com servidores que fizeram concursos e deixem a politicagem e o nepotismo de lado.
Concordo quando ela diz: E as carências históricas podem ser melhoradas com pessoas competentes e, acima de tudo humanas, nos cargos públicos, principalmente para administrar o dinheiro público. Basta começar a ocupar os cargos estratégicos com servidores que fizeram concursos e deixem a politicagem e o nepotismo de lado.
Intrigante é que o governador se importa tanto com a saúde pública que nem lembra que existe um secretário de saúde chamado Hélio Franco. Que em tese seria quem resolveria e explicaria a situação. Que mistério é esse?
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