Na reunião desta quarta-feira do Conselho
Estadual de Previdência deverá ser apresentado o documento que define as regras
que deverão regular a aplicação do Fundo de Previdência Estadual. Nesse
documento foram introduzidos, pelo governo Simão Jatene, dispositivos que autorizam
o Igeprev a fazer aplicação de recursos do Fundo de Previdência dos servidores
estaduais em instituições financeiras que não fazem parte da lista elaborada
pela Ambima, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e
de Capitais. Essa lista contém o nome de 30 instituições financeiras que
oferecem menos riscos. Assim, com esses dispositivos enxertados pelo governo
Simão Jatene, o Igeprev fica autorizado a fazer aplicações temerárias com o
dinheiro da Previdência dos servidores públicos estaduais. “Isso é grave, muito
grave, para nos mantermos silentes”, adverte outra fonte do Blog do Barata, também protegida pelo anonimato.
A advertência é para lá de pertinente, adverte
essa outra fonte, recordando a Operação Miqueias, recentemente deflagrada pela
Polícia Federal, para apurar fraudes em fundos de pensão no Distrito Federal e
em nove Estados. As fraudes deixaram em seu rastro prejuízos estimados em R$ 50
milhões, envolvendo empresários, políticos e policiais. As fraudes consistiam em
aliciar agentes públicos para que as prefeituras investissem o dinheiro dos
fundos de pensão em títulos indicados pelo grupo e, em troca, o gestor recebia
uma parte do dinheiro. Os investimentos eram feitos em títulos com baixa
remuneração, o que gerou enormes prejuízos em fundos de pensão de 10
municípios.
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