Leidiluci, 29 anos: luta desigual contra a leucemia. |
“Não estou pedindo favor; só quero meu direito de receber o medicamento e
salvar minha vida.”
O
desabafo, em tom previsivelmente dramático, é de Leidiluci
Ferreira Brito, uma jovem de 29 anos, que em julho deste ano descobriu estar
com leucemia e cujo tratamento no HOL, o Hospital Ophir Loyola, foi
interrompido devido a falta de um medicamento vital, o Vesanóid (ATRA).
Trata-se de um drama tanto mais ignominioso porque se dá no exato momento em
que o governador tucano Simão Jatene, com seu séquito de áulicos, permite-se um
tour pelo Catar, naturalmente bancado por todos nós, pobres contribuintes. No
Pará, constata-se, faltam recursos para o tratamento dos pacientes de câncer,
mas sobra dinheiro para o indolente governador descansar de tanto não fazer
nada por seu povo.
O relato de Leidiluci é ilustrativo do
menosprezo dos inquilinos do poder pela saúde pública. “Na minha primeira
sessão de quimio, tomei o ATRA, devido ter sobrado do frasco de outro paciente,
que havia falecido. Durante a segunda quimio, não tomei o medicamento, pois o
hospital não havia comprado. Estou internada no referido hospital desde 23 de
novembro e não posso iniciar a terceira sessão de quimio, devido o medicamento
ainda estar em falta”, relata a jovem, cujo drama é ilustrativo da via crúcis
dos pacientes com câncer no Pará.
“Desgraçadamente,
não se trata de um caso pontual, singular”, assinala uma assistente social, com
conhecimento de causa. Uma constatação reforçada pela denúncia de Leidiluci.
“Com tudo isso, a doença está se agravando e minha
vida está em risco! O Ministério Público está ciente de tudo isso, mas até
agora... nada! O hospital, ‘referência em tratamento oncológico’, responde que o
remédio está em fase de compra, sem previsão de chegada”, assinala a jovem
paciente de leucemia, antes de arrematar com as perguntas que não querem calar:
“Mas desde julho? Será falta de verba? Ou é falta de respeito?”
12 comentários :
Jornalista Barata:
O que falta para mandar esse safado do jatene para a cadeia?
No mínimo um impeachment.
Será que o povo do Pará é tão covarde, incapaz de acabar com essas barbáries e corrupção desse crápula?
Junto mandem para a degola outros larápios do psdb senadores flexa ribeiro e mario couto.
Ajude, companheiro. Seu blog é muito lido e tem credibilidade.
Parabéns, Barata e Anonimo das 12:20. Infelizmente o povo do Pará e covarde sim. eu também já tentei mostrar as pessoas que esse e o caiminho corretos. seria ótimo se isso acontecesse.
Onde está o Ministério Público que não toma providencias ? Onde está o Secretário Estadual de Saúde ? Onde está sua excelência o Governador Simão Jatene ? Leidiluci, isto só está acontecendo com voce pelo fato de ser uma pessoa pobre como eu. Duvido, como todas as letras, que algum parente de Promotor, Secretário de Governo ou do Governador passe por um drama desses que você está passando. Certo que eles já teriam providenciado o medicamento dentro da maior urgência possível. Leidiluci, você não está pedindo favor ao governo do Estado e nem ao Secretário de Saúde, ISTO É OBRIGAÇÃO DELES. Que parem de gastar tanto dinheiro com PROPAGANDA POLITICA ANTECIPADA, que deixem de "bamburrar" os cofres das empresas de comunicação com propaganda extemporânea e que ajam como devem agir as autoridades que tem compromisso com o povo, com lisura, com rapidez e sobretudo com humanidade. A propagando ostensiva do governo do estado deixa claro que o descaso não é simplesmente FALTA DE VERBA, o descaso na verdade é FALTA DE RESPEITO PARA COM O SER HUMANO.
Sinto vergonha desse (des)governo do Pará. VERGONHA!!!
Se o Ministério Público está ciente do problema e não fez nada até agora é porque alguma coisa MUITO ESTRANHA está ocorrendo no MPE. Infelizmente é "normal" o descaso com a saúde por parte Governo do Estado do Pará e da Prefeitura de Belém, mas não PODEMOS TOLERAR a omissão/inércia do Ministério Público do Pará neste caso! Vamos organizar uma manifestação em frente ao MPE contra este descaso do fiscal da lei, exigindo que se tome providências URGENTE para salvar a vida desta mulher!
Esperar o Ministério Público se manifestar? Mas quando mano, tá tudo dominado! se o chefe do MP faz o que faz e não acontece nada, imagine ao Chefe do Executivo.
Não será de se estranhar se algum promotor arranjar breja jurídica pra processar a paciente do HOL, não foi assim com os professores, o Governo descumpriu e continua descumprindo a LDB e a lei da FUNDEB e o que aconteceu? se não fosse a decisão de Brasília, quem sabe teria professores presos.
Nossos políticos (da Presidenta aos vereadores, TCE, TCM e ministério público) recebem tratamento no Sírio Libanes e no Albert Einstein (SP) e não estão nem aí pra nós. O que eles pensam é que nós pobres podemos morrer que não faz falta porque o que mais tem é pobre pra votar neles e perpetuar a roubalheira. Infelizmente.
Barata, hoje (23/dez) o ambulatório médico da Santa Casa não funcionou. A presidenta, a médica Ana Conceição Matos Pessoa, concedeu um "abono-especial-de-natal" exclusivamente aos colegas médicos, deixando os demais servidores na obrigação de comparecer ao trabalho, nem que apenas para ouvir lamentações de pacientes que esperaram tantos dias pela consulta mais as despesas de viagens perdidas.
Olha que presentão de Natal o diretor do Hospital Ophir Loyola me deu hoje, o remédio que está em falta desde 19/07/2013 chegará a partir de 15/01/2014. Muito bem! Só espero estar viva até lá!
Obrigada pelo apoio pessoal, sei que vcs sim são humanos, diferente dessa corja que só pensam em seus bolsos!!
Não Lucy! Isso não foi presente. É uma obrigação que só fizeram depois que o caso veio a público.
Me solidarizo com sua situação e já comecei a Rezar por Você e por outras Pessoas que padecem na fila esperando do Governo um Direito Constituído.
Agora vale ressaltar que a Imprensa e o MP pode e deve lhe ajudar reforçando o pedido, porém seu Caso é comparado a Corrupção, que me perdoe, mas a Imprensa e o próprio MP, em alguns casos se calam.
Meu querido das 19:38, não entendeste a ironia. Presente de grego pois só vai chegar depois de 15 de janeiro. Prrsente mesmo se ele estivesse com o remédio na mão.
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