Como a mediocridade não enxerga nada além de si mesma, os que rejeitam a proposta de Barleta acabaram por oferecer um vasto arsenal de sandices, dignas do Febeapa, o Festival de Besteira que Assola o País, do saudoso jornalista Sérgio Porto, o inesquecível Stanislaw Ponte Preta, que marcou época na história da grande imprensa brasileira. A marcha da insensatez foi capitaneada por Manoel Santino (foto), ex-procurador-geral de Justiça e ex-secretário especial de Defesa Social no segundo mandato do ex-governador Almir Gabriel, então o cacique do PSDB no Pará. Santino, recorde-se, formou-se em direito na mesma espelunca que, por insondáveis mistérios divinos, conseguiu transformar um falsário inculto em bacharel em direito, como é o caso de Duciomar Costa, o nefasto Dudu.
“Não existe promotor de Justiça com experiência para ocupar o cargo de procurador-geral”, teria vociferado Santino, em uma das intervenções do ex-procurador-geral de Justiça, que alimentaria a veleidade de retornar ao cargo, após sua desastrosa passagem pelo Executivo, como secretário especial de Defesa Social, no segundo mandato de Almir Gabriel como governador. De resto, como de hábito, na ausência de argumentos mais convincentes, Santino teria optado por seus célebres faniquitos, dos quais costuma se valer, na tentativa de calar seus interlocutores, quando confrontado com críticas irrespondíveis.
Segundo a versão corrente, Manoel Santino tornou-se secretário especial de Defesa Social como parte de um arranjo político destinado a livrar o então governador Almir Gabriel da responsabilidade pelo massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido a 17 de abril de 1996, no qual foram barbaramente mortos 19 sem-terra, pela Polícia Militar. A Santino caberia, segundo ainda essa mesma versão, manter o Ministério Público Estadual dócil às eventuais conveniências de Almir Gabriel. Como secretário especial de Defesa Social, ele revelou-se mais sensível às pompas e circunstâncias do cargo, o que certamente explica, pelo menos em parte, o sucateamento da segurança pública, levada ao paroxismo ao longo dos 12 anos de sucessivos governos do PSDB no Pará.
A lembrança mais visível da passagem de Manoel Santino pelo Executivo é o processo 0043517-38.2010.814.0301, que tramitava na terceira Vara da fazenda de Belém,contra o governador tucano Simão Jatene ajuizado em 9 de novembro de 2010 pelo promotor estadual da Justiça Marcelo Batista Gonçalves, por improbidade administrativa. O processo envolveu Manoel Santino e o coronel João Paulo Vieira, e pedia o ressarcimento de danos, por recebimento de soldo indevido pelo oficial da PM.
10 comentários :
Bom dia Barata, santino está sendo acusado de desvio de quatro milhoes de reais da segup. Vieira, o ex-comandante geral da PM responde a várias ações penais na Justiça Militar, inclusive com os bens bloqueados
O Santinho não foi aquele da "sensação de insegurança"?
os procuradores estão com medo pois a lei acabará uma reserva de mercado deles.
Barata,
na verdade, Manoel Santino, foi Secretario de Segurança Pública, no Governo jatene(2003 a 2006).
Acho interessante esse posicionamento do Dr.Manoel Santino pois ele foi promovido ao cargo de Procurador após nove anos de ingresso no Ministério Público sendo eleito PGJ quatro anos depois quando contava com treze anos de carreira e apenas 36 anos de idade.Hoje em dia temos Promotores de Justiça com mais de 25 anos de carreira e obviamente com muito mais idade e experiência do que ele tinha quando assumiu o comando da Instituição.
14 de março de 2012 18:11
O caso do acesso rápido de Santino deve-se ao fato de ter sido colocado no gabinete da então procuradora-de-Justiça MARÍLIA CRESPO.
Durante a Constituinte Estadual, 1989, Santino carregava a pasta e a bolsa de Marília quando os dois faziam lobby na ALEPA, para estender mais poder ao Ministério Público.
Dali foi um passo para vir ser procurador de Justiça.
E quando Marília esgotou seu tempo na chefia do MPE, foi a vez de Santino alçar ao panteão, defenestrando sua criadora, na velha e manjada receita da "criatura engolindo a(O) criador(a)".
Barata,
Faltou acrescentar que ainda no governo de Almir Gabriel (segundo mandato) o Manoel Santino ocupou uma Secretaria Especial (que aglutinava as Secretarias Executivas), salvo engano, Secretaria de Governo ou de Gestão, que funcionava no Palácio dos Despachos.
E nesse tempo ele articulou a inclusão de sua mulher, então procuradora-de-Justiça NADJA, na Lista Tríplice enviado ao chefe do Executivo para a escolha de um para ocupar o cargo de Desembargador no quinto constititucional reservado ao Ministério Público.
Ora, a escolhida, coincidentemente, não foi outra senão NADJA, para o desembargo do TJ-PA.
O cara é articuloso (articulador inescrupuloso, ops, perigoso, ops, miraculoso).
É, por alguém com uma Folha de Antecedentes que não faz feio para os ocupantes de Americano, só pode ser articuloso.
o Dr. Almir , o comandante da PM Cel.Fabiano Lopes e o Secretario de Segurança Paulo Sete Camara só não sentaram no banco dos réus no caso dos assassinatos dos agricultores em Paraopebas, graças ao então Procurador chefe do Ministério Público Manoel Santino.Bem que o CNJ poderia investigar o caso que,com certeza, daria uma reviravolta.
ui, aí, bom dia combatente !!!!
Esse está sendo processado por um promotor de justiça digno e honrado, por isso luta tanto contra a candidatura de promotor de justiça. Esse não se lege nem para sindico de condomínio.
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