“É tempo de desmontar os palanques.” A recomendação é de Carlos Maneschy, que na última quinta-feira, 2, foi nomeado em Brasília como o novo reitor da UFPA. De volta a Belém, logo mais ele participa da transmissão de cargo, antes mesmo da qual já antecipara seu apreço pelo pluralismo, pela virtude dos matizes: “Não serei o reitor apenas da parcela da UFPA que votou em mim, mas o reitor de toda a universidade. Não alimento nem incentivo mágoas e rancores, acredito na convivência civilizada e respeitosa entre os que divergem e isso espero provar na prática cotidiana.”
Com um currículo respeitável, Maneschy tornou-se reitor aos 54 anos. Ele é casado com Sylvianne Maneschy. O casal tem três filhas – Vanessa, Fernanda e Patrícia. Vanessa é formada em letras, com mestrado em lingüística; Fernanda é pedagoga; e Patrícia é formada em comunicação social.
Segue, abaixo, o pingue-pongue com Maneschy.
Ao contrário do seu antecessor, que administrou a UFPA em tempos de bonança, o senhor torna-se reitor em tempos difíceis, diante da crise econômica mundial, com naturais repercussões no Brasil, o que permite entrever redução nos investimentos por parte do governo federal. Assim, fica a pergunta: como e onde o senhor pretende captar recursos para perseguir a excelência que se deve esperar de uma instituição de ensino superior do porte da UFPA?
Acredito que uma das formas de tentar conseguir recursos é por meio de projetos apresentados às diversas fontes de financiamento, estaduais, nacionais e internacionais, além da busca de parceiros tanto na esfera pública quanto privada.
A despeito da atual administração ter transformado o campus universitário do Guamá em um canteiro de obras, concomitantemente a isso a UFPA teve alguns dos seus cursos negativados pelo MEC, com ênfase para o de medicina que, ao lado de direito, se confunde com a existência da própria universidade. Objetivamente, o que o senhor pretende fazer para reverter esse quadro inocultavelmente adverso?
A excelência na graduação é nosso principal compromisso e dentro disso alguns cursos, como o de medicina, são prioridade, até pelo nível de dificuldades que enfrentam. A discussão sobre os problemas do curso de medicina – assim como de outros cursos - já foi iniciada durante a transição mas, naturalmente, teremos um quadro mais preciso quando a equipe assumir. Fundamentalmente devemos atuar na recuperação dos laboratórios de ensino, rediscutir os projetos pedagógicos de tal modo a adequá-los às recomendações estabelecidas nas avaliações institucionais e capacitar os docentes no
uso das novas mídias e de novas práticas pedagógicas.
Qual a sua postura em relação ao redimensionamento, que rendeu um vasto elenco de denúncias de retaliação política por parte da atual administração?
O aperfeiçoamento constante do serviço público deve ser uma meta e, nesse sentido, o redimensionamento pode ser necessário em muitos casos. O que sempre defendi é que esse processo, se provado indispensável, ocorra mantendo-se o respeito ao servidor, que não deve ser tratado como uma simples peça que se pode mover ou substituir sem atentar para o fato de que se está lidando com seres humanos.
O senhor foi eleito reitor, com o voto direto da comunidade acadêmica e também no âmbito do Consun, valendo-se de um vasto arco de alianças, com o apoio de forças díspares e em alguns casos até antagônicas entre si. O senhor não teme o risco de ver sua administração engessada por disputas intestinas?
Não, porque esse apoio sempre se deu em bases muito claras, com os princípios da candidatura e seus compromissos colocados claramente, bem como os limites de negociação. A Universidade, por sua própria natureza, é o lugar da convivência com a diversidade. Isso tem que ser respeitado e administrado, mas não acredito que se torne um fator de engessamento.
Neste momento, quando assume a Reitoria da UFPA, qual a mensagem que o senhor destina à comunidade acadêmica, constituída não apenas por seus eleitores e auxiliares mais diretos, mas também pela parcela que confiou seu voto à candidata derrotada?
Repito o que sempre disse, ainda durante a campanha: apuradas as urnas, proclamado o resultado, é tempo de desmontar os palanques e trabalhar pela instituição, que é pública, não tem outro dono que não a sociedade, e que precisa do trabalho de todos.
Com um currículo respeitável, Maneschy tornou-se reitor aos 54 anos. Ele é casado com Sylvianne Maneschy. O casal tem três filhas – Vanessa, Fernanda e Patrícia. Vanessa é formada em letras, com mestrado em lingüística; Fernanda é pedagoga; e Patrícia é formada em comunicação social.
Segue, abaixo, o pingue-pongue com Maneschy.
Ao contrário do seu antecessor, que administrou a UFPA em tempos de bonança, o senhor torna-se reitor em tempos difíceis, diante da crise econômica mundial, com naturais repercussões no Brasil, o que permite entrever redução nos investimentos por parte do governo federal. Assim, fica a pergunta: como e onde o senhor pretende captar recursos para perseguir a excelência que se deve esperar de uma instituição de ensino superior do porte da UFPA?
Acredito que uma das formas de tentar conseguir recursos é por meio de projetos apresentados às diversas fontes de financiamento, estaduais, nacionais e internacionais, além da busca de parceiros tanto na esfera pública quanto privada.
A despeito da atual administração ter transformado o campus universitário do Guamá em um canteiro de obras, concomitantemente a isso a UFPA teve alguns dos seus cursos negativados pelo MEC, com ênfase para o de medicina que, ao lado de direito, se confunde com a existência da própria universidade. Objetivamente, o que o senhor pretende fazer para reverter esse quadro inocultavelmente adverso?
A excelência na graduação é nosso principal compromisso e dentro disso alguns cursos, como o de medicina, são prioridade, até pelo nível de dificuldades que enfrentam. A discussão sobre os problemas do curso de medicina – assim como de outros cursos - já foi iniciada durante a transição mas, naturalmente, teremos um quadro mais preciso quando a equipe assumir. Fundamentalmente devemos atuar na recuperação dos laboratórios de ensino, rediscutir os projetos pedagógicos de tal modo a adequá-los às recomendações estabelecidas nas avaliações institucionais e capacitar os docentes no
uso das novas mídias e de novas práticas pedagógicas.
Qual a sua postura em relação ao redimensionamento, que rendeu um vasto elenco de denúncias de retaliação política por parte da atual administração?
O aperfeiçoamento constante do serviço público deve ser uma meta e, nesse sentido, o redimensionamento pode ser necessário em muitos casos. O que sempre defendi é que esse processo, se provado indispensável, ocorra mantendo-se o respeito ao servidor, que não deve ser tratado como uma simples peça que se pode mover ou substituir sem atentar para o fato de que se está lidando com seres humanos.
O senhor foi eleito reitor, com o voto direto da comunidade acadêmica e também no âmbito do Consun, valendo-se de um vasto arco de alianças, com o apoio de forças díspares e em alguns casos até antagônicas entre si. O senhor não teme o risco de ver sua administração engessada por disputas intestinas?
Não, porque esse apoio sempre se deu em bases muito claras, com os princípios da candidatura e seus compromissos colocados claramente, bem como os limites de negociação. A Universidade, por sua própria natureza, é o lugar da convivência com a diversidade. Isso tem que ser respeitado e administrado, mas não acredito que se torne um fator de engessamento.
Neste momento, quando assume a Reitoria da UFPA, qual a mensagem que o senhor destina à comunidade acadêmica, constituída não apenas por seus eleitores e auxiliares mais diretos, mas também pela parcela que confiou seu voto à candidata derrotada?
Repito o que sempre disse, ainda durante a campanha: apuradas as urnas, proclamado o resultado, é tempo de desmontar os palanques e trabalhar pela instituição, que é pública, não tem outro dono que não a sociedade, e que precisa do trabalho de todos.
3 comentários :
Barata, por quais razões o reitor que hoje tomou posse, na entrevista não informou que o orcamento e portanto o uso do financeiro não é de arbítrio do reitor e de qualquer outro gestor? Por que também não informou o quanto recebe em caixa embora com as amarras acima referidas? Por que não disse que a situacao do curso de medicina a exemplo de outros na mesma situação não devido o reitor que sai preterir o curso a favor do que quer que seja? Esqueceu? Não sabe? Foi de propósito? Quanto a desmontar o(s) palanque(s), eu quero ver ele dar conta, pois aquele pessoal só sabe viver em cima de palanque.Vai deixa-los como? Eu quero ler entrevista deste senhor daqui a seis meses. Bendito seja!
O REItor Maneschy tem que passar essas últimas palavras ao Pró-Reitor almofadinha pq ele continua no palanque.
Pois votamos no Maneschy e ele escolheu auela megera EDIL para diretora.
Barata, os anônimos das 15:29h e das 16:22 são "viúvas" do Alex e que não conseguiram vagas na administração de Maneschy, apesar de lhe implorarem de joelhos por uma função.
A equipe de Maneschy é formada por gente séria e competente, diferente das "viúvas" que Alex deixará na reitoria.
São derrotados e mal-educados como o ex-reitor que destratou você e a toda nossa classe jornalística.
Continue firme Barata na sua labuta jornalística que incomode muita gente (mal-intencionada),mas mantém-nos informados sobre as nuances e os bastidores da política.
Bola para frente camarada e que os insignicantes continuem chorando derrota.
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