DESGOVERNO – Debochado é o governo!

Empenhado em simular fidelidade aos atuais poderosos de plantão, o que é sua real especialidade, dessa vez Paulinho Topa Tudo Por Dinheiro extrapolou em suas sandices. Um tucano de bico vermelho, ele acusa-me de debochar do governo Ana Júlia Carepa.
Debochado, eu?
Deboche é:

1. Este desgoverno promover, sem nenhum pudor, o aparelhamento da máquina administrativa estadual, à margem de qualquer compromisso com a eficiência da gestão pública, a exemplo do que ocorre na Sedes, a Secretaria de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social, reduzida a valhacouto dos petralhas;

2. Patrocinar a promiscuidade entre o público e o privado, na melhor tradição patrimonialista, nomeando dermatologista e cabeleireira como assessoras especiais, como fez a governadora Ana Júlia Carepa, logo no início do seu mandato;

3. Celebrar convênio, com fortes indícios de superfaturamento, para beneficiar o namorado da hora;

4. Estimular o empreguismo, em uma escala só comparável a que perpetrou a tucanalha, nos 12 anos de sucessivos governos do PSDB;

5. Protagonizar o nepotismo cruzado, como no caso da nomeação de Witer Fonseca Naves, assessor especial II da Casa Civil, com um salário de R$ 4 mil mensais, cuja maior credencial é ser marido da secretária estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Eutália Barbosa Rodrigues, a obscura assistente social importada do Tocantins;

6. Deixar à mingua o Hospital Ophir Loyola, referência no tratamento de câncer no Pará, cujo colapso poderia ter sido evitado se tivessem sido investidos na saúde os recursos gastos em 2008 com passagens aéreas e diárias, em viagens pelo Brasil e internacionais, em sua maioria de necessidade duvidosa;

7. Entregar a Setran (Secretaria de Estado de Transportes) a um semi-analfabeto, cuja maior realização foi mandar construir uma quadra de tênis para os servidores, além de nomear uma telefonista com remuneração de diretor;

8. Nomear como diretor geral da Escola de Governo Divino Santos, um pastor cuja escolaridade, ao que se saiba, não ultrapassa o ensino fundamental e que exonerou dos cargos comissionados os servidores que se recusaram a manter suas atribuições de chefes de serviço por salários de subalternos;

9. Admitir, silente, o escandaloso nepotismo na OS Pará 2000, a organização social que administra a Estação das Docas, o Mangal das Garças e a Casa das 11 janelas, utilizada como moeda de troca com o PV, uma legenda de aluguel, sempre a serviço dos eventuais inquilinos do poder estadual;

10. Mandar às favas os princípios constitucionais e avalizar a nomeação, para conselheiro do TCM, do advogado Daniel Lavareda, a despeito deste não ser auditor de carreira do Tribunal de Contas dos Municípios, conforme exigia a Constituição;

11. Investir pesadamente em propaganda enganosa, vendendo a imagem de um Pará que não corresponde ao Estado real, tal qual fez o PSDB, quando no governo do Estado;

12. Ter um secretário estadual de Comunicação inepto, e por isso incapaz de conviver com as críticas, e que, por apego ao cargo, como é próprio dos arrivistas, permanece silente sobre as denúncias de nepotismo na Imprensa Oficial, no clássico papel de vaca de presépio.