TCE – As bravatas de Ivan, O Parlapatão

Patética, porque supostamente simula preocupações éticas desmentidas pelo passado recente do conselheiro. Assim foi definida para o blog a manifestação do conselheiro Ivan Barbosa da Cunha (foto, à dir., com Luis Cunha à esq. e no centro Cipriano Sabino), em reunião plenária do TCE, o Tribunal de Contas do Estado, realizada a 25 de novembro deste ano. Reeleito corregedor do TCE, ele fez um pronunciamento indignado, diante da ação civil pública conjunta, com pedido de liminar, movida pelo MPE, o Ministério Público do Estado, e o MPT, o Ministério Público do Trabalho, contra conselheiros do tribunal e do próprio TCE. De acordo com investigações coordenadas pelo promotor de Justiça Alexandre Couto Neto, alguns dos conselheiros do TCE recebem R$ 42.232,49 por mês e ainda acumulam pensões como parlamentares, pagas pelo Ipalep, o Instituto de Previdência da Assembléia Legislativa, muito acima do limite constitucional.
Da ira de Ivan Cunha não escaparam sequer os servidores do TCE. Parcela dos quais ele acusa - embora sem nominar os suspeitos – de vazar, para a imprensa, as eventuais mazelas do tribunal. E defendeu, ardorosamente, a adoção da meritocracia. “O que falta para nós (e aí vem o corte na própria carne, doa a quem doer) é estabelecermos uma política de distribuição correta, sem apadrinhamento dentro do tribunal”, sublinhou. Além de exortar a adoção do princípio constitucional, que define o concurso público como critério para ingresso no serviço público. “O que nos temos, sobretudo, é que primar pelo concurso público”, enfatizou o conselheiro.