Zenaldo Coutinho: suposto apoio do PMDB, como parte de um acordo... |
...que passaria pela candidatura de Helder Barbalho ao governo do Pará. |
Sob as supostas bênçãos do Palácio do
Planalto, PMDB e PSDB teriam optado por deletar as disputas paroquiais e
estender as afinidades que os unem no apoio ao governo Michel Temer à eleição
para a Prefeitura de Belém, em um acordo que passaria pela candidatura ao governo
do Pará do peemedebista Helder Barbalho, em 2018. Isso é o que assegura, em off, fonte privilegiada, para a qual essa
composição explicaria, em parte, a vertiginosa ascensão eleitoral do prefeito tucano
Zenaldo Coutinho, candidato pela coligação União por uma Belém do Bem (PSDB/PSL/PSC/PSB/PMN/PEN/PR/PTC/PTN/PT do
B/DEM/PRP/PSDC/PTB/SD/), que acabou como o mais votado da eleição
deste último domingo, 2, na contramão de todas as pesquisas de intenção de voto,
que apontavam como favorito o deputado federal Edmilson Rodrigues, do PSOL, da coligação
Juntos pela Mudança (PSOL/PDT/PPL/PV).
Um indício do apoio clandestino dos peemedebistas a Zenaldo, observa essa
fonte, seria a surpreendente incorporação, na campanha tucana, de Sábato
Rosseti, descrito como “mais que advogado, confessor” do senador Jader
Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará, do qual é filho e herdeiro político
Helder Barbalho, ministro da Integração Nacional e candidato natural do partido
ao governo do estado, em 2018.
Na leitura dessa mesma fonte, as evidências
apontam para a cristianização do Professor Maneschy, o candidato do PMDB à
Prefeitura de Belém, em coligação que ainda incluiu PP, PMB, PRB, PHS e PROS. Ex-reitor da UFPA, a Universidade
Federal do Pará, Carlos Maneschy ficou em quinto
lugar, com 75.401 votos, equivalentes a 9,70% da votação, atrás da jornalista
Úrsula Vidal (Rede/PPS), quarta colocada, com 79.968 votos, correspondentes
a 10,29% da votação. O deputado federal Éder Mauro (PSD), um delegado de
polícia controvertido, que em 2014 chegou à Câmara dos Deputados como o parlamentar
mais votado no Pará e nas pesquisas de intenção de voto polarizava a disputa
com Edmilson Rodrigues, acabou em terceiro lugar, com 128.549 votos, o
correspondente a 16,53% da votação.
O suposto apoio do PMDB à candidatura
de Zenaldo Coutinho, que apontaria para uma composição com o PSDB em torno da
candidatura ao governo do ministro Helder Barbalho, naturalmente incluiria o
governador Simão Jatene e, obviamente, o próprio Zenaldo. Em 2018, na disputa de
duas vagas para o Senado, Jader Barbalho seria candidato à reeleição, com a
segunda vaga reservada ao PSDB, a ser preenchida ou pelo governador Simão
Jatene, ou por Zenaldo. “Zenaldo certamente sairá candidato em 2018, seja ao
Senado, seja à Câmara Federal. É líquido e certo que ele não concluirá o mandato
como prefeito, pois aí ficaria quatro anos no vácuo, no limbo político, um
risco que um político com suas pretensões não pode correr”, sublinha a fonte do
blog. O mandato do senador petista Paulo Rocha, interlocutor privilegiado de Jader Barbalho, convém lembrar, se estenderá até 2022 e o PT no Pará não dispõe, nem tem perspectiva de vir a dispor, de candidato com chances reais de chegar ao Senado, em 2018.
Uma eventual composição entre PMDB e PSDB não soa inédita, no Pará, apesar da rivalidade histórica entre as legendas, exacerbada a partir da eleição, em 1994, do ex-governador Almir Gabriel, que já no seu ocaso político se reconciliou com Jader Barbalho, a quem no início da carreira política teve como patrono político e mais tarde, no poder, passou a tratar como inimigo figadal. Ressabiado com a derrota de Almir Gabriel quatro anos antes, em 2010 o governador Simão Jatene buscou e obteve o apoio de Jader para retornar ao governo, ao enfrentar, no segundo turno, a ex-governadora petista Ana Júlia Carepa, da qual o morubixaba do PMDB foi o avalista e principal cabo eleitoral em 2006, em uma relação que tornou-se conflitiva, tão logo o PT chegou ao poder. Instalado novamente no Palácio dos Despachos, Jatene passou a boicotar o PMDB, privando de recursos as secretarias destinadas ao partido, até chegar ao rompimento, diante da perspectiva de Helder Barbalho sair candidato a governador em 2014, o que acabou por ocorrer. Naquelas eleições, Helder venceu o primeiro turno, mas foi derrotado por Jatene no segundo turno, quando não pôde contar com a presença do pai, seu grande eleitor, compelido a se manter distante, em São Paulo, refém de graves problemas de saúde.
Uma eventual composição entre PMDB e PSDB não soa inédita, no Pará, apesar da rivalidade histórica entre as legendas, exacerbada a partir da eleição, em 1994, do ex-governador Almir Gabriel, que já no seu ocaso político se reconciliou com Jader Barbalho, a quem no início da carreira política teve como patrono político e mais tarde, no poder, passou a tratar como inimigo figadal. Ressabiado com a derrota de Almir Gabriel quatro anos antes, em 2010 o governador Simão Jatene buscou e obteve o apoio de Jader para retornar ao governo, ao enfrentar, no segundo turno, a ex-governadora petista Ana Júlia Carepa, da qual o morubixaba do PMDB foi o avalista e principal cabo eleitoral em 2006, em uma relação que tornou-se conflitiva, tão logo o PT chegou ao poder. Instalado novamente no Palácio dos Despachos, Jatene passou a boicotar o PMDB, privando de recursos as secretarias destinadas ao partido, até chegar ao rompimento, diante da perspectiva de Helder Barbalho sair candidato a governador em 2014, o que acabou por ocorrer. Naquelas eleições, Helder venceu o primeiro turno, mas foi derrotado por Jatene no segundo turno, quando não pôde contar com a presença do pai, seu grande eleitor, compelido a se manter distante, em São Paulo, refém de graves problemas de saúde.
14 comentários :
Essa é a "política" tupinguim.Eu, hein!Precisa dizer mais?
A matéria na página 2 do diário sobre o adiamento do caso "cerpasa" com certeza confirma a informação... Barata, Barata...
Conta outra... a guerra de guerrilha Chiquinho Cavalcante - Barata - Jardi BArbalho
A impressão que tenho como JORNALISTA é que toda vez que um jornalista publica algo sem uma fonte identificada ou imprecisa ele "colega" de profissão está faltando com a matéria prima do Jornalismo: A VERDADE.
Willys Lins
Jornalista
Isso é a mais pura verdade, tanto é que o jornal Diário do Pará, não está mais atacando de forma sistemática o Zénada. É assim que funciona essa política nojenta do PMDB. Este partido devia se chamar Prostituta do Movimento Democrático Brasileiro.
Barata deste um tiro no pé com essa tua fonte. Que com certeza mentiu para ti e tu comprou a estória.
essa fonte está viajando na maionese. O rossetti pavimentando acordo entre Zenaldo e Helder??? Só mesmo uma ilação de um fonte do blog que está bem seca. Outra, Confessor do Jader???!!!, ao que se sabe eles estão afastados, e não é de hoje, como aliás, estão afastados ou afastando-se os amigos dos Barbalhos dessa época. Ou a fonte não sabia que muitos amigos estão afastados dos Barbalhos pela forma que eram tratados? A fonte tá viajando.
mais ja combinaram com o Liberal.
Ao invés de maionese a pergunta a ser feita:onde fica o quartel de Abrantes? Lá estarão as forças aquarteladas para o 2o. turno.
Interessa perguntar:aonde fica o quartel de Abrantes? Sim, lá estarão aquarteladas as forças aliadas do 2o. turno.
Vamos ao quartel de Abrantes.
O jornalista Barata acerta umas boas, mas esta matéria foi um bola fora como nunca antes. Arranhando inclusive sua credibilidade quanto a fidelidade com a verdade dos fatos. Lamentável um jornalista expediente embarcar numa aventura dessas.
Pois em se tratando de arranjos políticos eu acredito em tudo
A quantidade de puxa saco tentando desqualificar a notícia é mais um indício de que o acordo entre jatene e baralho realmente aconteceu.
Concordo,Wilton!
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