Segundo o Diário do Pará, o jornal do grupo de
comunicação da família do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará,
o apoio de Maneschy foi pavimentado pelo compromisso de Edmilson Rodrigues de incluir,
entre seus compromissos de gestão, duas propostas do candidato peemedebista.
Uma são os Ceus, centros educacionais unificados, com foco na educação integral
e a oferta de três refeições diárias para os alunos, nos moldes do projeto
desenvolvido em São Paulo. A outra proposta é a construção de um posto de saúde
no bairro do Benguí. A notícia omite a previsível conversação sobre a eventual participação do PMDB na administração municipal, em caso de vitória do candidato do PSOL.
A nota oficial das
Executivas estadual e municipal do PMDB, liberando as bases do partido, e o
anúncio do aval pessoal de Maneschy a Edmilson Rodrigues sucedem a versão sobre
um suposto apoio subterrâneo dos peemedebistas ao prefeito tucano Zenaldo
Coutinho. Essa versão foi tornada pública pelo Blog do Barata, previsivelmente suscitando controvérsias,
na esteira de antecedentes históricos, como o apoio formal do PMDB a Jarbas
Passarinho, do PDS – a legenda da ditadura militar - em 1986, na disputa para o
Senado. Posteriormente, em 1994, em eleição na qual Jader Barbalho foi eleito
senador, o PMDB apoiou a candidatura ao governo do Pará de Jarbas Passarinho (uma das líderanças reveladas pelo golpe militar de 1964), que
no segundo turno, isolado e deprimido, foi derrotado por Almir Gabriel, do PSDB,
apoiado pelo ex-governador Hélio Gueiros, do PFL, na época prefeito de Belém e
então rompido com Jader, que em 1986 fez dele seu sucessor no governo e com o qual se reconciliaria em 1998, retornando ao ninho peemedebista. Anos depois teve o
apoio subterrâneo dos peemedebistas ao tucano Simão Jatene, no segundo turno da
sucessão estadual de 2010, em detrimento da petista Ana Júlia Carepa, a qual o
partido apoiara decisivamente em 2006, sepultando a liderança do ex-governador
Almir Gabriel, do PSDB.
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