A disputa paroquial que permeou a eleição
municipal no Pará, opondo o PSDB do governador Simão Jatene ao PMDB do senador
Jader Barbalho, embute um amargo ônus ao estado e, mais imediatamente, no caso,
a Belém. Diante de uma correlação de forças que lhe é desfavorável, parece
difícil, pelo que se pode depreender, Edmilson Rodrigues reverter a vantagem de
Zenaldo Coutinho, que passa a ser o favorito na disputa pela Prefeitura de
Belém, credenciando-se a obter a reeleição, algo inimaginável até recentemente,
diante de sua desastrosa administração, refletida em altos percentuais de
rejeição. E impingi-lo novamente a Belém significa consolidar um projeto de
poder que reduziu o Pará a índices sociais pífios, capaz de torna-lo um estado
no qual, por exemplo, apenas 11% das crianças de 0 a 3 anos têm acesso a
creches.
Protagonista de uma administração
calamitosa, que acabou de sucatear Belém, Zenaldo representa a extensão dos
oito anos de desvario de Duciomar Costa, o nefasto Dudu, que tanto mal fez à nossa cidade, exibindo o mesmo cinismo de
seu sucessor, não por acaso amigo-de-fé-irmão-camarada de tantas
prestidigitações eleitorais. Se Dudu
é o falsário que se fazia passar por oftalmologista e fez carreira como
farsante, catapultado para o proscênio político como linha auxiliar do PSDB,
Zenaldo pouco ou nada dele se distingue. Trata-se de um meliante de terno e
gravata, gestado na classe média alta, que estudou em bons colégios e pode
exibir instrução superior, mas jamais teve um mísero emprego na vida,
notabilizando-se como um vagabundo profissional, travestido de político.
Articulado e persuasivo, com a lábia dos estelionatários, ele abdicou da
truculência cultivada na época de universitário e especializou-se em ludibriar
os eleitores incautos, explorando os bolsões de miséria e valendo-se do
assistencialismo eleitoreiro, via instituto Helena Coutinho, na verdade um
comitê de campanha permanente, movido a recursos públicos, dissimulado de
organização social.
Cínico, pérfido e inescrupuloso, Zenaldo
Coutinho representa, ao fim e ao cabo, a vanguarda do atraso. A despeito do
discurso para consumo externo, ele representa o que de pior a política
paroquial oferece, que é o político desprovido de preocupações sociais mínimas.
Por isso o fascínio pelo assistencialismo, que fixa o eleitor na miséria, ao
invés de dela libertá-la. Por isso, o abandono a que relegou Belém ao longo do
seu mandato, para somente às vésperas das eleições deflagrar uma avalanche de
frentes de trabalho para maquiar as evidências de sua desídia. Por isso, a
indiferença diante das mais imediatas demandas da população, capazes de fazê-lo
tratar com desdém as sucessivas denúncias sobre as precárias condições de
funcionamento do Pronto-Socorro Mário Pinotti, que culminaram com o incêndio do
hospital, cujas novas instalações continuam a abrigar as mesmas deficiências
das quais padece a saúde pública em Belém. Por isso, ainda, a desfaçatez em exonerar
308 servidores municipais, em pleno ano eleitoral, para substitui-los por
indicações políticas, como parte da barganha eleitoral para obter votos. Por
isso, privilegiar gastos com a propaganda enganosa, em detrimento de
investimentos em áreas vitais da administração municipal. Por isso, no que é
emblemático do seu desapreço pela cidade e seu povo, às vésperas das
comemorações pelo aniversário dos 400 anos da cidade ele permitiu-se um aprazível
périplo internacional.
Um comentário :
Em Bragança, vivemos há décadas, uma situação que envergonha a todos os católicos do município. Um senhora chamada irmã Estelina, administra há vários anos o hospital santo Antonio Maria Zacarias, sendo considerada uma das mais ricas juntamente com seus familiares. Dizem que o próximo bispo. D. Jesus deverá por fim a essa situação que envergonha os católicos deste município
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