Para além do estelionato
publicitário que mascara a sua avassaladora incompetência administrativa e do
oba-oba do jornalismo bajulativo, regiamente recompensado pela subserviência, a
administração do prefeito Zenaldo Coutinho não resiste a uma auditoria. Sua
inépcia é inocultável e dela resulta o caos institucionalizado. Belém, convém
lembrar, é a terceira pior cidade
para se viver em termos de qualidade de vida, dentre as capitais brasileiras,
atrás apenas de Macapá e Porto Velho, segundo critérios que consideram
mobilidade urbana, condições ambientais e habitacionais, infraestrutura e
serviços coletivos urbanos. A cidade figura
em segundo lugar no ranking das 10 piores capitais brasileiras em matéria de
IDH, o Índice de Desenvolvimento Humano, atrás apenas de Macapá. Belém também
está incluída entre as 10 cidades brasileiras com os mais precários índices de
saneamento básico. Segundo o IBGE, o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, em um levantamento feito com base no
censo de 2010, pelo menos um terço da população da cidade não sabe o que é ter
rede de esgoto em casa. A capital paraense lidera o ranking de cidades
brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes que não dispõem de redes de
esgoto e que mais acumula lixo pelas ruas. Juntamente com Manaus, é também a
cidade brasileira com menor percentual de arborização urbana. Em 44,5% das
residências de Belém há um esgoto a céu aberto passando na porta.
Em Belém, convém lembrar,
5.700 crianças de até cinco anos de idade começaram o ano sem vagas em creches
em 2016, conforme projeções da própria Semec, a Secretaria Municipal de
Educação. Em termos de saúde pública, o incêndio do Pronto-Socorro Municipal da
travessa 14 de Março é emblemático do descaso oficial, apesar das cobranças e
advertências prévias do Ministério Público Federal e do Sindicato dos Médicos
do Pará, solene e criminosamente ignoradas pelo prefeito. Disso resultou Belém
passar a dispor apenas, por um longo período, do PSM do Guamá, no qual a
superlotação e as precárias condições de funcionamento levaram a cenas
degradantes, com pacientes sendo atendidos na calçada. No quesito saúde
pública, o município segue o padrão de sucateamento do estado: ainda em janeiro
do ano passado, a Sespa, a Secretaria de Estado de Saúde Pública, reconheceu um
déficit de seis mil leitos hospitalares. O sucateamento da segurança pública,
de resto, ilustra a degradação imposta à capital paraense. No ranking das
capitais mais violentas do Brasil, Belém figura em sétimo lugar, superada
apenas por Fortaleza, Maceió, São Luís, Natal, João Pessoa e Teresina. Belém
também figura no ranking das 50 cidades mais violentas do mundo.
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