No debate desta sexta-feira, na TV Liberal,
moderado com discrição e eficiência pela jornalista Zileide Silva, da TV Globo, Edmilson
Rodrigues driblou a recorrente dificuldade em manter a serenidade no calor do
contraditório, revelando o decoro que traduz o respeito ao eleitor, exatamente
o que faltou ao seu adversário. O habitual carisma de Zenaldo acabou sepultado
pelo desdém com o qual invariavelmente tratou os questionamentos com os quais
se defrontou, na visível tentativa de menosprezar o candidato do PSOL, o que
teve o efeito de um bumerangue. Dessa postura emergiu um candidato que exalou a
empáfia de quem aposta na força do poder de dissimulação e vê o grosso do
eleitorado, e mais particularmente o eleitorado carente, como a dócil massa de
manobra, sempre suscetível ao assistencialismo eleitoreiro. Dessa vez, mais do
que nunca, o discurso da paz, do diálogo, foi traído pela agressividade, sinônimo de descontrole, traduzido nas mãos trêmulas, que por vezes não conseguiu disfarçar.
O desfecho do debate, com as considerações finais dos candidatos, resumido pelo G1, é ilustrativo do que tem a dizer cada um dos postulantes a um novo mandato como prefeito de Belém. O prefeito Zenaldo Coutinho concentrou-se em promessas, por falta, obviamente, do que mostrar em matéria de realizações. "Sobre os projetos nós temos muito a fazer na nossa cidade, embora tenhamos avançado", justificou-se, ao renovar suas promessas. O ex-prefeito Edmilson Rodrigues foi cirúrgico e, por isso, mais convincente. "Muito obrigado Rede Globo, a TV Liberal, obrigado candidato, obrigado Zileide e obrigado aos que assistem e me deram a oportunidade de expressar nossas ideias e defender um programa de governo que vai mudar Belém e garantir uma cidade mais justa, mais digna, mais alegre. Uma cidade mais feliz. Se você acha que está tudo bem, essa cidade fantasiosa que aparece na TV, então você já tem candidato. Mas se você se incomoda com o sofrimento de quem vai a uma unidade de saúde e não tem médico e remédio, se incomoda com ver crianças na rua, 12.500 crianças fora da escola, dinheiros garantidos, nenhuma creche construída, endividamento do município e nenhuma obra de macrodrenagem concluída. Se você acha que a violência não existe em Belém, porque as pessoas dizem para mim, todas que eu encontro ou sofreram ou conhecem alguém que sofreu, inclusive de homicídios de familiares, parentes, amigos", fulminou, para então arrematar: "Se a gente, no entanto, sonha com uma cidade, segura, participativa, culturalmente forte, saudável, com postos 24 horas, com hospital materno-infantil, com pronto-socorro no Benguí igual, pouquinho maior, de oque o Guamá, com centros educacionais unificados para o que eu já coloquei emendas como parlamentar, para construir o primeiro no próximo ano. Se você sonha com as crianças dentro da escola, se sonha ver crianças dando segurança a suas mães que vão trabalhar porque seus filhos estão numa creche, seja creche construída por nós, seja mediante convênio com igrejas, como fizemos com igreja quadrangular, com igreja católica e tantas entidades não governamentais quando eu fui prefeito, dando dignidade e segurança as famílias. Tudo isso é possível. Desfralde nossa bandeira, consiga mais um voto, participe dessa onda de mudança!."
O desfecho do debate, com as considerações finais dos candidatos, resumido pelo G1, é ilustrativo do que tem a dizer cada um dos postulantes a um novo mandato como prefeito de Belém. O prefeito Zenaldo Coutinho concentrou-se em promessas, por falta, obviamente, do que mostrar em matéria de realizações. "Sobre os projetos nós temos muito a fazer na nossa cidade, embora tenhamos avançado", justificou-se, ao renovar suas promessas. O ex-prefeito Edmilson Rodrigues foi cirúrgico e, por isso, mais convincente. "Muito obrigado Rede Globo, a TV Liberal, obrigado candidato, obrigado Zileide e obrigado aos que assistem e me deram a oportunidade de expressar nossas ideias e defender um programa de governo que vai mudar Belém e garantir uma cidade mais justa, mais digna, mais alegre. Uma cidade mais feliz. Se você acha que está tudo bem, essa cidade fantasiosa que aparece na TV, então você já tem candidato. Mas se você se incomoda com o sofrimento de quem vai a uma unidade de saúde e não tem médico e remédio, se incomoda com ver crianças na rua, 12.500 crianças fora da escola, dinheiros garantidos, nenhuma creche construída, endividamento do município e nenhuma obra de macrodrenagem concluída. Se você acha que a violência não existe em Belém, porque as pessoas dizem para mim, todas que eu encontro ou sofreram ou conhecem alguém que sofreu, inclusive de homicídios de familiares, parentes, amigos", fulminou, para então arrematar: "Se a gente, no entanto, sonha com uma cidade, segura, participativa, culturalmente forte, saudável, com postos 24 horas, com hospital materno-infantil, com pronto-socorro no Benguí igual, pouquinho maior, de oque o Guamá, com centros educacionais unificados para o que eu já coloquei emendas como parlamentar, para construir o primeiro no próximo ano. Se você sonha com as crianças dentro da escola, se sonha ver crianças dando segurança a suas mães que vão trabalhar porque seus filhos estão numa creche, seja creche construída por nós, seja mediante convênio com igrejas, como fizemos com igreja quadrangular, com igreja católica e tantas entidades não governamentais quando eu fui prefeito, dando dignidade e segurança as famílias. Tudo isso é possível. Desfralde nossa bandeira, consiga mais um voto, participe dessa onda de mudança!."
Resta saber, é verdade, qual a repercussão
do debate em uma disputa marcada pelo equilíbrio entre os dois candidatos, que,
segundo os números mais confiáveis, protagonizam um empate técnico. Números de
acordo com os quais o desfecho da eleição está nas mãos do contingente de
indecisos de baixa renda.
Um comentário :
Edmilson não só arrasou com o Zenaldo como pagou mico em tentar ser o último à falar.
Espero que os humildes usados pela elite para ganhar eleições tenham juízo e mudem. Se ficar igual ou pior temos a oportunidade de mudar novamente em 2020.
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