No seu
questionamento, o internauta anônimo é às vezes contundente, ainda que se
utilize, inegavelmente, de uma veemência amparada em fatos. Ele critica
acidamente a institucionalização dos “policiais maçanetas”, como são
jocosamente tratados os PMs absorvidos em funções burocráticas, alguns dos
quais entregues a tarefas menores, como abrir e fechar portas para as
autoridades às quais foram cedidos. Tal como costuma ocorrer no Tribunal de
Justiça, no Ministério Público Estadual, nos tribunais de Contas do Estado e
dos Municípios e na Assembleia Legislativa.
Citando
especificamente o Ministério Público Estadual, o internauta é categórico. “Essa
despesa com a segurança dos prédios e de servidores, o MP não tem em seu
orçamento e nem precisa. Basta pedir ao governador, que vem aumentando o quantitativo
de policiais naquele Parquet”, ironiza. E observa que se trata de um absurdo
inominável, porque institucionaliza o desvio de função. “Não venha o MP dizer
que os policiais militares que estão lá não estão em flagrante desvio de função,
porque, segundo a Constituição Federal de 1988, à Policia Militar cabe a
policia ostensiva e a preservação da ordem pública. No entanto, o que se vê é
uma policia ostensiva e bastante expressiva, cuidando da segurança e
preservação dos prédios do MP, ostensividade que falta à segurança pública dos
paraenses, que pagam os salários desses policiais de gabinete, ‘policiais
maçanetas’, guardiões de chaves de cadeado e de controles de portões
eletrônicos’, que atuam abrindo e fechando portas de gabinetes e de carros dos
membros do Parquet e de cadeados das portas e até do portão da garagem do MP!”
“A economia de
recursos públicos que o governador quer fazer, acabando com a vigilância armada
nos órgãos e entidades do Poder Executivo, o MP já fez há muito tempo, quando
substituiu a empresa terceirizada responsável pela segurança de seus prédios,
por policiais militares custeados pela sociedade que morre nas mãos dos
bandidos, enquanto a PM, cujos salários são pagos pela sociedade, protege os
prédios, os carros e até a chave da porta de acesso ao prédio e os controles de
portões eletrônicos, na casa dos ‘fiscais da lei’, além, óbvio, de proteger os
fiscais da lei”, acentua o internauta anônimo em sua crítica. “Existem municípios
que precisariam de pelo menos seis PMs para garantir a segurança pública de
todos os munícipes e não tem sequer um PM, porque não há contingente
suficiente. Segundo a ONU, deve haver um policial militar para cada 450
habitantes, no entanto, no MP existem 200 policiais militares para apenas e
tão-somente, pouco mais de 300 membros”, arremata, em tom indignado.
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