Sem que isso
possa obnubilar-me sobre seus inegáveis méritos profissionais e pessoais, ou sobre a
inquestionável contribuição de sua candidatura a reitor, surpreende-me o e-mail
do professor João Weyl pelo tom dúbio, que sugere uma acintosa concessão ao
corporativismo e tisna a imagem de candidato destemido. Pior, muito pior, no
e-mail, é sugerir, subliminarmente, que eu possa ter incorrido em um erro
crasso, na esteira de ilações indevidas.
O professor João
Weyl sabe muito bem quem foi a fonte da notícia, que até aqui mereceu minha
mais irrestrita confiança. E porque sabe muito bem quem foi a fonte do Blog do Barata,
sabe também que, como de hábito, traduzi fielmente o relato feito, sobre o qual
nada tenho a retificar, diga-se.
Sobre o sentido
do recurso à Justiça, o esclarecimento do professor João Weyl opta por uma
versão edulcorada, que destoa abissalmente do relato a mim feito, cobrando
claramente que sejam asseguradas as condições capazes de garantir a lisura do
pleito, o que está expresso até no título da postagem. Tanto assim que o relato
embutiu a crítica à falta do fornecimento da relação dos
eleitores por urna, em plena véspera da
eleição para reitor da UFPA.
A respeito da
opinião do professor João Weyl sobre a postura da presidente da comissão
eleitoral, que ele diz comportar-se “com absoluta lisura e de
forma exemplar”, evidentemente contradita o inequívoco sentido da queixa sobre
a omissão seletiva da professora Jane Beltrão quanto a interpelação sobre a suspeita
pesquisa de intenção de voto divulgada pela campanha do professor Emmanuel
Tourinho. “A comissão [eleitoral] não reage”, chegou a verbalizar a fonte da
notícia, ao queixar-se da falta de retorno à interpelação feita pela chapa do
professor João Weyl, embora detendo-se da interpelação feita por Tourinho ao professor Edson Ortiz, conforme a reclamação verbalizada sob a garantia do anonimato.
As suspeitas sobre a
suposta falta de isenção de Jane Beltrão não foram suscitadas pelo Blog do Barata,
mas por fontes de chapas distintas, inclusive quanto ao mapa de crenças dos
seus candidatos. O blog apenas reproduziu uma versão que varre os bastidores,
assinalando que são recorrentes as queixas nesse sentido, ainda que
manifestadas em off, presumivelmente
para não ferir suscetibilidades e comprometer relações pessoais e/ou
profissionais.
De resto, sobre a notícia
veiculada na postagem que deu causa ao e-mail do professor João Weyl, nada
tenho a retificar. O que faço não por soberba, mas na convicção pétrea de não ter incorrido em nenhum equívoco, com o respaldo de 43 anos de
jornalismo sem amargar maiores tropeços em termos de fidelidade aos fatos ocorridos
e aos relatos oferecidos. Nem mesmo nas vezes nas quais fui condenado no rastro
de sentenças graciosas, proferidas por canalhas togados, as denúncias feitas
jamais foram desmentidas.
Nesse episódio, se
alguém mentiu, ou distorceu o sentido da informação fornecida, certamente não fui eu.
2 comentários :
Pegou mal hein... da próxima vez, vê se vocês combinam melhor essa fonte aí. Poxa Weyl.
Weyl não consegue ser coerente como fonte imagina como reitor. Vergonha.
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