sábado, 25 de junho de 2016

UFPA – Candidatos não descartam em recorrer à Justiça diante das suspeitas de manipulação da lista de votantes

João Weyl cobra enfaticamente transparência na eleição para reitor...
...da UFPA, a exemplo de Ortiz, que polariza a disputa com Tourinho.

As suspeitas de manipulação da listagem dos votantes, particularmente entre os estudantes, podem levar pelo menos dois dos candidatos a reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, a recorreram à Justiça, para garantir a transparência do pleito. Tanto o professor Edson Ortiz, ex-pró-reitor de Administração, como o professor João Weyl, ex-vice-reitor pró-tempore da Unifesspa, a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, cobram maior transparência na condução do processo eleitoral. Ambos não descartam a possibilidade de judicialização da disputa, diante das suspeitas de manipulação para favorecer o professor Emmanuel Tourinho, ex-pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, inclusive com inusitadas omissões na lista de estudantes habilitados a votar. Tourinho é o candidato chapa-branca, cuja campanha é turbinada com a inocultável utilização das máquina administrativa, na esteira do apoio do ex-reitor Carlos Maneschy, que escancaradamente coordena a própria sucessão, e de Horácio Schneider, o vice-reitor transmutado em reitor, para cumprir um mandato-tampão. Ele tem o apoio do PMDB, via Maneschy – pré-candidato a prefeito de Belém pelo partido, com o aval do senador Jader Barbalho, o morubixaba da legenda no Pará -, e do PT, representado pelo senador Paulo Rocha, assim como do PC do B, através da União da Juventude Socialista, e do Levante da Juventude, um movimento com origens nos setores mais radicais das esquerdas, agora acusado de sucumbir ao fisiologismo.

“A universidade nos deve esclarecimentos”, observa, por exemplo, Weyl, cobrando explicações da comissão eleitoral sobre o sistema de controle da informação. “A comissão eleitoral teve tempo de sobra para dirimir dúvidas que ainda perduram na reta final da campanha”, reforça Ortiz. Há ainda relatos de uma irada manifestação de indignação da professora Vera Jacob, candidata identificada com o PSol e setores mais à esquerda da universidade, ao se deparar com uma foto, que teria sido feita recentemente, do vice de Tourinho, professor Gilmar Silva, de notórios vínculos com o PT, abraçado com um integrante da comissão eleitoral. Para além da ausência de transparência na condução do processo eleitoral, certamente contribuem para essa atmosfera de suspeição as recorrentes denúncias de escandalosa utilização da máquina administrativa, com relatos de pressão e até intimidação pelo voto em Tourinho, reforçadas pelo imbróglio de contornos circenses da nomeação de Maneschy como assessor do atual reitor, tornada sem efeito 24 horas depois, diante da repercussão negativa da lambança, atribuída a “um equívoco” da atual administração.

5 comentários :

Anônimo disse...

Essa cunhada do ex-reitor Seixas Lourenço não me ilude, não! Tô de olho aberto pra ela. Vi no dabate que ela procura dar uma "mãozinha" pro E.T. quando ele precisa.
Esse negócio de abrir um monte de sessão eleitoral até em local onde só tem uns 10 alunos do Parfor tá fedendo a armação do ET e seu vice. Eles fizeram até reuniões escondidas em Belém com os coordenadores do Parfor, ajudados pelo coordenador do Programa e do assessor de educação a distância. Porque tanto interesse nos alunos do Parfor?
- São fáceis de ser manobrados, não tem comprometimento com os destinos da UFPA, entraram pra Universidade selecionados pelas Prefeituras dos municípios e não há controle de nada que acontece nessa dita graduação desse pessoal. Dizem até que eles não estão recebendo instrução completa por falta de tempo.
Tudo são indícios de que algo não muito legal está sendo articulado nesse terceiro andar da Reitoria.

Anônimo disse...

Gente, essa UFPA está ficando uma vergonha. Ainda bem que estudo numa universidade privada. Já deu pra sacar que esse Mansechy, esse Emanuel e essa senhora que apareceu agora na comissão eleitoral formam uma verdadeira quadrilha.

Anônimo disse...

A UFPA está se igualando ao que há de pior na vida política brasileira. Lamento muito ver um reitor perder a compostura e querer ser nomeado assessor do seu substituto só pra ganhar um trocadinho pra sua campanha. Lamento muito ver esse Tourinho, até agora um pesquisador aparentemente sério, fraudando pesquisa e ameaçando funcionário que não vota nele. Lamento muito ver gente do PT apoiando essas duas figuras. Lamento muito a sombra do Jáder Barbalho manipulando o PT e a UFPA. Sou aluno, no segundo ano do curso de história, e não devo nada a ninguém. Não tenho filiação partidária, mas voto com a esquerda. Já votei no PT e no Psol. Estou com Lula e com Dilma. Percebo a imensa conspiração das elites brasileiras. Percebo como essa conspiração acaba animando gente da UFPA a fazer o que estão fazendo agora só para manter o poder. Percebo como os meus professores, no curso de história, fazem parte dessa engrenagem. Percebo como o ideal de uma universidade pública não vale nada para essas pessoas. Percebo como todos eles apressaram essas disputas para fugir do debate. Percebo o cinismo em cada fala. Percebo a contradição em cada fala. Percebo que campanhas caras apenas significam receio do debate. Percebo que tudo é golpe porque golpe é o que ocorre quando se cerceia o debate. Sou aluno, tenho 19 anos e estou vendo merda na UFPA. Sou aluno de história e estou vendo a UFPA perder o bonde da história. Pior: estou vendo a UFPA se cobrir de merda. Não voto Tourinho, não voto Ortiz, não voto Erik, porque todos três são candidatos dessa situação que esta aí. Não voto Vera, porque no fundo ela é uma reacionária populista. Meu voto é João Weyl. Meu voto é João Weyl porque ele faz uma campanha limpa. Meu voto é João Weyl porque ele que discutir a UFPA de verdade.

Anônimo disse...

A Comissão Eleitoral, notoriamente, está ao serviço da chama ET/Gilmar. Estas eleições deveriam ser canceladas, em nome da moral do serviço público, e um novo processo deveria ter lugar em novembro de 2016, que é a data certa para que ele ocorra. Um processo sem pesquisa falsa, sem cartaz bonitinho e sem constrangimento de eleitores. Um processo centrado na discussão da universidade.

Anônimo disse...

O Ministério público devia acompanhar as campanhas do ET e do Ortiz. Tem muita coisa errada nelas.