“Só
Dói Quando Eu Rio”: revide ao deboche dos poderosos de plantão, a atração teatral deste mês , no Teatro Cuíra. (FOTO LEANDRO LIMA) |
“Um
texto que tem o escracho como ponto fundamental. O objetivo é fazer rir e, rindo,
fazer pensar.” Assim o diretor e elenco do espetáculo definem “Só Dói Quando Eu
Rio”, que o Grupo Cuíra do Pará, em parceria com o Coletivo TartaRuga,
apresenta neste mês de julho. O espetáculo tem estréia prevista para esta
quarta-feira, 9, às 20 horas, e ficará em cartaz todas as terças e quartas-feiras deste mês, no mesmo horário, no Teatro Cuíra, na travessa 1º de Março com a rua Riachuelo, a uma quadra da
avenida Presidente Vargas, na altura da Praça da República. Os preços dos ingressos não poderiam ser mais acessíveis: R$ 20,00, a inteira, R$ 10,00, a meia.
“A
fábula criada coletivamente tem influência de Dias Gomes em ‘O Bem Amado’, com
a fictícia cidade de Sucupira como pano de fundo para apresentar acontecimentos
surreais”, acrescentam Cláudio Melo, diretor, que também atua como ator, e os demais atores. “Belém chegou a um
ponto de acontecimentos tão fantásticos, que só mesmo o deboche para tentar
jogar alguma luz no que estamos vivendo”, assinala, por sua vez, Cláudio Melo,
diretor e ator do espetáculo. A peça escracha com personagens da política, das
artes e da cidade, antecipam diretor e elenco.
Resgate - “Só Dói Quando Eu Rio” resgata
o gênero do besteirol, uma tendência surgida na década de 80 do século passado, em diversas
linguagens artísticas, caracterizada por uma forma debochada de humor, crítica
social e política. “Somos vítimas o tempo todo do deboche que os políticos
paraenses fazem com a gente. O que estamos fazendo agora, nada mais é do que
devolver a piada”, reforça o ator Jeferson Cecim.
Uma
das inovações na estrutura do espetáculo fica por conta do repertório,
sublinham diretor e atores. O grupo promete que a cada terça e quarta-feiras o
público presenciará um espetáculo totalmente diferente. Para essa temporada até
mesmo o prédio do teatro Cuíra sofrerá modificações. “Já na chegada queremos
deixar o público no clima do espetáculo. Então, até mesma a bilheteria mudará a
sua forma de vender ingressos. Venderemos até cervejinhas. O hall, de repente,
pode virar espaço cênico. Tudo poderá acontecer com esse elenco”, explica,
rindo, a produtora Zê Charone.
“A
referência está ligada a outra surpresa do espetáculo. Não há um texto escrito.
Tudo é improvisado. Até mesmo a maneira de fazer a cena e o local onde
acontecerá será decidido pelos atores na hora em que o público estiver presente”,
antecipam ainda diretor e atores do espetáculo. “Temos um elenco de atores
tarimbados. Todos eles têm mais de vinte anos de profissão. Então resolvemos
tirar proveito disso. Decidimos fazer um espetáculo de estrutura livre, onde a
bagagem dos atores se sobressaia”, arremata Cláudio Melo.
SERVIÇO
“Só Dói Quando Eu Rio”
Autor
- Criação
Coletiva.
Direção
– Cláudio
Melo.
Assistente
de Direção –
Ronildo Carvalho.
Customização
de Figurinos e Bonecos – Jefferson Cecim.
Iluminação
–
Ronaldo Rosa e Leandro Lima.
Operação
de Sonoplastia e Teclados – Leoci Medeiros.
Produção
–
Zê Charone.
Realização
–
Grupo Cuíra e Coletivo TartaRuga.
Elenco
- Cláudio
Melo, Paulo Vasconcelos, Adriano Barroso, Jeferson Cecim, Ronaldo Rosa, Leoci
Medeiros, Astrea Lucena e Ronalda Salgado.
Local
–
Teatro Cuíra, na travessa 1º de Março, com a rua Riachuelo, a uma quadra da
avenida Presidente Vargas, na altura da Praça da República.
Dias e horário
– Todas as terças e quartas-feiras de julho, sempre às 20
horas.
Ingressos
– R$ 20,00, a inteira; e R$ 10,00, a meia.
Um comentário :
Vale a pena, uma ótima opção!
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