O
sucateamento da segurança pública, que está na origem do drama dos moradores da
rua João Balbi, no perímetro entre a travessa 14 de Março e a avenida
Generalíssimo Deodoro, também está presente nas áreas da educação, da saúde e
do saneamento básico. O que nem por isso parece intimidar o governador Simão
Jatene (PSDB), o popular Simão Preguiça,
que postula a reeleição, a despeito das inocultáveis manifestações de indignação
popular. Como, por exemplo, as vaias que amargou, na aula inaugural da UEPA, a
Universidade do Estado do Pará, em 17 de fevereiro deste ano, quando, irritado,
foi obrigado a abandonar o seu recorrente mise-em-scène,
na esteira do qual costuma se atribuir méritos que só a propaganda enganosa
oficial reconhece.
Mas
nada mais eloquente da farsa governamental que o imbróglio protagonizado por Jatene
em Santarém, em 28 de novembro do ano passado, quando inaugurava reformas de
fancaria na escola Rio Tapajós. Bastaram os singelos questionamentos de três
jovens estudantes de nível médio, sobre a precariedade dos serviços feitos,
para tirar do prumo o governador, como mostra o vídeo disponibilizado na
postagem subsequente, veiculado primeiramente no blog do deputado estadual
Parsifal Pontes, do PMDB. O mais expressivo, no episódio, foi que as três
jovens estudantes, todas adolescentes, mantiveram o decoro que faltou a Jatene.
Destemperado, abdicou do seu habitual tom professoral, do qual se vale ao
tentar vender, sobretudo para plateias dóceis, a imagem de empreendedor.
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