Entraves
burocráticos ameaçam a vida de uma menina de apenas quatro anos, cujo pai,
atualmente desempregado, depende do SUS, o Sistema Único de Saúde, para
viabilizar a cirurgia cardíaca complementar da filha, em São Paulo. Ano passado,
diante da morosidade do SUS e após aguardar por uma solução para o problema por
dois anos, o pai da criança, então empregado, valeu-se de um plano de saúde
para viabilizar a cirurgia cardíaca da qual necessitava a filha, feita, enfim,
no Instituto Zerbini. A criança, porém, necessita de uma cirurgia complementar,
por recomendação expressa dos médicos que atenderam-na no Instituto Zerbini,
mas que, hoje, o pai da pequena paciente não tem como bancar.
No
Hospital das Clínicas, do qual depende o encaminhamento da criança para o
Instituto Zerbini, via SUS, o máximo que os pais da pequena paciente obtiveram
foi a explicação de que existem casos mais graves que o da filha. Uma
justificativa execrável, emblemática da ignominiosa indiferença pela vida
humana por parte dos responsáveis pela saúde pública no Pará. A preservação da
vida humana não comporta prioridades, quando depende, apenas e tão somente, de
um mínimo de eficiência e sensibilidade dos responsáveis pela administração da
saúde pública, até porque esta é financiada por todos nós, contribuintes.
Nenhum comentário :
Postar um comentário