Para
os amantes do chamado esporte bretão que não se contentam com a simples troca
de guarda na comissão técnica da seleção, defendendo mudanças estruturais no
futebol brasileiro, é indispensável a leitura de “Dossiê 50”, do jornalista
Geneton Moraes Neto. O livro, lançado pela Maquinária Editora, resgata os
bastidores do maracanazo, termo
cunhado para designar a inesperada e traumática derrota do Brasil para o
Uruguai, por 2 a 1, na final do Mundial de 1950, em pleno Maracanã, na época o maior
estádio do mundo, construido na esteira da realização da primeira Copa do Mundo
disputada no Brasil.
Os
depoimentos dos jogadores brasileiros que participaram daquela decisão são
reveladores das mazelas que desde aquela época perseguem o futebol brasileiro.
Mazelas acentuadas pela mercantilização do futebol, levada ao paroxismo,
ensejando frequentes conflitos de interesses. Estigmatizados pelo tropeço, os
jogadores que amargaram aquela fatídica derrota diante do Uruguai, certamente
estão redimidos, diante do desastroso fracasso da nova família Scolari, perante
um Mineirão aparvalhado pela goleada de 7 a 1 imposta pela seleção alemã.
Mas “Dossiê
50” é muito mais do que sugere a modéstia de Geneton Moraes Neto, assinala Mino
Carta, jornalista que comandou as equipes que criaram as revistas Veja, Quatro Rodas, IstoÉ e CartaCapital. “É aula de jornalismo, mas
também subsídio indispensável à História”, arremata Mino Carta, na contracapa do livro.
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