Se
tudo isso ocorre em um perímetro de uma área considerada nobre de Belém, não é
difícil concluir a atmosfera de insegurança nos bairros da periferia, nos quais
vivem, previsivelmente acuados, porque à mercê da criminalidade, os segmentos
de menor poder aquisitivo da população. Este é o Pará real, que a propaganda
enganosa, financiada com recursos do erário, escamoteia escandalosamente.
Trata-se
de uma realidade cuja crueldade não comporta os panos quentes das paixões eleitorais.
Somos todos contribuintes, bancamos o custo da máquina administrativa - seja
ela federal, estadual ou municipal –, e por isso temos o direito de exigir um
retorno dos inquilinos do poder, aos quais sustentamos, diante das demandas
mais emergenciais. Demandas que incluem setores vitais – educação, saúde,
saneamento básico e segurança pública.
Tudo
bem que é preciso conciliar o socialmente justo com o financeiramente possível. Mas esse
argumento não pode servir de álibi para o imobilismo do qual deriva o sucateamento
dos serviços essenciais, que ao fim e ao cabo maltrata a todos nós, do andar de
baixo daquele habitado pelos poderosos de plantão e seus cúmplices, com diferenças
de grau, mas não de nível.
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