Segue, abaixo, a transcrição da matéria assinada pelo jornalista Rodrigo Vizeu, sob o título “Jader sofre revés, mas consolida poder político no Pará e planos para 2010”.
Revés
Jader sofre revés, mas consolida poder político no Pará e planos para 2010
Rodrigo Vizeu
BRASÍLIA - O deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA) sofreu um revés com a derrota de seu primo José Priante (PMDB) na disputa da prefeitura de Belém para o atual prefeito Duciomar Costa (PTB), mas manteve o papel de protagonista na política paraense. O ex-presidente do Senado e cacique peemedebista conseguiu com que Priante saltasse do terceiro lugar para uma disputa de segundo turno, deixando para trás a ex-vice-governadora Valéria Pires Franco (DEM), apoiada pelo PSDB, e Mário Cardoso, candidato do PT da governadora Ana Júlia Carepa. Ao final, Priante teve 40,40% dos votos, contra 59,60% de Duciomar.
Além disso, lembra o cientista político Roberto Corrêa, da Universidade Federal do Pará (UFPA), Jader fez com que o PMDB levasse 38 dos 143 municípios do estado, entre eles o segundo maior, Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Na cidade, foi reeleito o filho de Jader, Helder Barbalho. Já o PT somou 27 prefeituras. O PSDB, que conseguiu manter Jader afastado do poder estadual por 12 anos, de 1995 a 2006, só fez 13 prefeitos. O desempenho dá fôlego para o peemedebista tentar voltar ao Senado em 2010, de onde renunciou após denúncias de corrupção. O cacique faria então de Helder o candidato à sucessão de Ana Júlia.
A governadora petista, por sua vez, preferiu a neutralidade no segundo turno de Belém, apesar do apoio oficial do PT a Priante. A decisão irritou o PMDB de Jader, que foi crucial para a eleição de Ana Júlia há dois anos. Mesmo assim, a petista insistiu em não tomar posição, já que a vitória de Duciomar em Belém, calcada em obras de pavimentação pela cidade e na popularidade na periferia, representa um suspiro para que a governadora não seja tão refém do aliado peemedebista.
Roberto Corrêa lembra que a estratégia de Duciomar na capital foi apostar na forte rejeição de Jader nas áreas urbanas. A última vez que Jader elegeu um aliado em Belém foi em 1992.
- No segundo turno, o Jader foi escolhido pelos marqueteiros do Duciomar como espantalho para atrapalhar a corrida do Priante. Os carros tinham adesivos relacionando os dois - afirmou.
Jader Barbalho foi governador do Pará de 1983 a 1987 e de 1991 a 1994. Em seguida, cumpriu mandato de senador de 1995 a 2001, quando deixou a presidência da Casa e o mandato para evitar a cassação após denúncias de desvios na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Em 2003, voltou ao Congresso com a maior votação do Pará, desta vez como deputado, feito repetido nas eleições de 2006.
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Jader sofre revés, mas consolida poder político no Pará e planos para 2010
Rodrigo Vizeu
BRASÍLIA - O deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA) sofreu um revés com a derrota de seu primo José Priante (PMDB) na disputa da prefeitura de Belém para o atual prefeito Duciomar Costa (PTB), mas manteve o papel de protagonista na política paraense. O ex-presidente do Senado e cacique peemedebista conseguiu com que Priante saltasse do terceiro lugar para uma disputa de segundo turno, deixando para trás a ex-vice-governadora Valéria Pires Franco (DEM), apoiada pelo PSDB, e Mário Cardoso, candidato do PT da governadora Ana Júlia Carepa. Ao final, Priante teve 40,40% dos votos, contra 59,60% de Duciomar.
Além disso, lembra o cientista político Roberto Corrêa, da Universidade Federal do Pará (UFPA), Jader fez com que o PMDB levasse 38 dos 143 municípios do estado, entre eles o segundo maior, Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Na cidade, foi reeleito o filho de Jader, Helder Barbalho. Já o PT somou 27 prefeituras. O PSDB, que conseguiu manter Jader afastado do poder estadual por 12 anos, de 1995 a 2006, só fez 13 prefeitos. O desempenho dá fôlego para o peemedebista tentar voltar ao Senado em 2010, de onde renunciou após denúncias de corrupção. O cacique faria então de Helder o candidato à sucessão de Ana Júlia.
A governadora petista, por sua vez, preferiu a neutralidade no segundo turno de Belém, apesar do apoio oficial do PT a Priante. A decisão irritou o PMDB de Jader, que foi crucial para a eleição de Ana Júlia há dois anos. Mesmo assim, a petista insistiu em não tomar posição, já que a vitória de Duciomar em Belém, calcada em obras de pavimentação pela cidade e na popularidade na periferia, representa um suspiro para que a governadora não seja tão refém do aliado peemedebista.
Roberto Corrêa lembra que a estratégia de Duciomar na capital foi apostar na forte rejeição de Jader nas áreas urbanas. A última vez que Jader elegeu um aliado em Belém foi em 1992.
- No segundo turno, o Jader foi escolhido pelos marqueteiros do Duciomar como espantalho para atrapalhar a corrida do Priante. Os carros tinham adesivos relacionando os dois - afirmou.
Jader Barbalho foi governador do Pará de 1983 a 1987 e de 1991 a 1994. Em seguida, cumpriu mandato de senador de 1995 a 2001, quando deixou a presidência da Casa e o mandato para evitar a cassação após denúncias de desvios na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Em 2003, voltou ao Congresso com a maior votação do Pará, desta vez como deputado, feito repetido nas eleições de 2006.
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