Professor Manoel Ovídio Franco Carvalho, vítima da intolerância que nem mesmo o general Ernesto Geisel, na ditadura, admitiu. |
Durante os anos de chumbo, o deputado Ulysses Guimarães, na época
presidente nacional do PMDB e que comandou a resistência democrática contra a
ditadura militar, foi anticandidato ao Palácio do Planalto contra o general
Ernesto Geisel. Os dois se odiavam. Já presidente, Geisel foi comparado pelo doutor Ulysses
ao sanguinário ditador de Uganda, Idi Amin Dada. A despeito do ódio mútuo e do
seu perfil autocrático, Geisel conteve os rasgos de intolerância da caserna e
limitou-se a processar o doutor Ulysses, que foi absolvido pelo Supremo
Tribunal Federal. Ao assim fazer, o general-presidente represou a marcha da
insensatez dos porões do regime dos generais, alimentada pelo ignominioso
desprezo às liberdades democráticas, cujo pressuposto basilar é a liberdade de
manifestação.
A lembrança vem a propósito da nota de
repúdio do Conselho de Representantes do Sintepp, o
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará, exigindo a
retratação de um associado, por ter feito uma crítica supostamente “leviana” contra
a diretoria da entidade, em uma assembleia geral da categoria. Na nota, que de forma sub-reptícia pavimenta o álibi para a expulsão, é exigida uma
retratação pública do professor Manoel Ovídio Franco Carvalho, diretor geral da
sub-sede de Ananindeua do sindicato, eleito com 40% dos votos, que teria
acusado os dirigentes do Sintepp de privilegiariam a campanha eleitoral, em
detrimento da mobilização dos professores, negligenciando a luta pelas reivindicações salariais
da categoria. Ou seja, os dirigentes do sindicato reagem com uma intolerância,
com uma truculência, que nem mesmo o general Geisel permitiu-se, por estar comprometido com a "distensão lenta, gradual e segura". Deles não se
pode dizer, sequer, que se igualam, na prática, aos que supostamente combatem no discurso. Em verdade,
revelam-se muitos piores. Constituem a vanguarda do atraso e se servem da
democracia como álibi para contra ela conspirar. São, na realidade, cúmplices retroativos da ditadura militar, reeditando o que de pior ela produziu, com o agravante de
fazê-lo em pleno estado democrático de direito.
11 comentários :
Esses diretores do Sintepp gostam é de dinheiro fácil (mamatas) e boas festas no sindicato, de resto é perseguição aos lutadores sociais.
Quanto ódio! Gostaria que toda esta raiva, fosse transferida para o governo jatene, o nosso verdadeiro inimigo.
Que vergonha esse de PSOLISTAS e PSUTISTAS, que falta de princípios. Esses partidos que comandam esses sindicatos são absolutamente corruptos de fato e de direito. Não temos dúvidas da corrupção moral que os atinge. Ratos nojentos, abomináveis voltem para os porões de onde jamais deveriam ter saído por conta do fedor que exalam.
Só queria entender se isso tbm não seria uma disputa interna entre eles. Não tenho dúvida que estão privilégiando as campanhas eleitorais. Mas quem acusa tem que provar. Gostaria que postasse aqui a carta do Sintepp pedindo a retratacao do professor. Assim cessaria minha dúvidas senão seria uma briga de correlações de forças...
Desde muito jovem meu irmão luta pelas causas pró aos trabalhadores da educação, por isso acredito que tudo que estão fazendo contra ele é simplesmente um jogo sujo como em qualquer lugar aonde existe a politicagem.
Anônimo de 19 de setembro das 16:02 deixa de ser leso ou pelegos. Está publicado aqui mesmo no blog a nota de repúdio na íntegra. Vai lá e lê. Não te faz de coitado defendendo uma direção corrupta do sindicato que agora persegue trabalhador nos fóruns da entidade. Acorda Mafalda!!!
Infelizmente esse suposto sindicato que diz representar os professores é formado de um bando vadios que nunca deu, não dá e jamais dará aula. Esse bando é formado com base nos princípios da anarquia, da preguiça e do saque as nossas contribuições, que existem obrigadas por uma lei que jamais foi colocada em assembleia para votação. Fora suas ratazanas nojentas, hienas da nosso suor, do nosso trabalho. Larguem desse negócio de eleição e vão trabalhar seus vadios.
Sindicalistas,não, oportunistas! Bando de aproveitadores dos associados. Querem mais poder para mamar muito mais nas tetas.
Usam o sindicado para defender seus próprios interesses. Querem mordomia e privilégios. Professores que vivem de sinecuras e trambiques.
Ao anônimo de 20 de setembro de 2016 08:27. A sua ignorância é de causar susto!
A propósito, você é filiado?
Marquinho
Eu, como sindicalizada, espero que a pessoa que fez este texto, bem como os que estão fazendo comentários(levianos), ao menos estivessem na assembleia citada. O professor Ovídio, fez uma acusação leviana, dizendo que os dirigentes do sindicatos estavam usando o dinheiro e a estrutura do sindicato para suas campanhas. Eu concordo que ele tenha que se retratar, isso é o mínimo que ele deve fazer depois da acusação.
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