O que explica um instituto de pequeno
porte, com previsíveis limitações de caixa, conseguir bancar, por conta
própria, uma sucessão de pesquisas eleitorais? Como um instituto regional
consegue fazer uma pesquisa eleitoral ouvindo dois mil entrevistados, a um
custo declarado de minguados R$ 3 mil? Pode-se conferir credibilidade a essas
pesquisas, ou os institutos servem de laranjas para clientes empenhados em
manipular o eleitorado?
Essas são perguntas que não querem calar,
diante da colossal profusão de sondagens eleitorais feitas por conta própria
por institutos de pesquisas locais, registradas no TRE, o Tribunal Regional
Eleitoral do Pará, admitem os próprios profissionais da área, abrigados no off, temendo se indispor com colegas de
ofício. Protegidos pelo anonimato, eles admitem que são pertinentes os
questionamentos sobre a credibilidade de boa parte das pesquisas feitas por
conta própria pelos institutos locais, seja pela sucessão delas, que sugere uma
disponibilidade de caixa inusitada para o porte das empresas, seja pelos custos
declarados, frequentemente aquém dos gastos habitualmente exigidos. “É
inacreditável que isso passe desapercebido pela Justiça Eleitoral”, observa uma
das fontes do Blog
do Barata.
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