Edmilson Rodrigues, do PSOL: desafio de novo mandato. |
Em relação a Edmilson Rodrigues, o desafio
é saber o que a experiência presumivelmente acumulada no exercício do poder e
pela sua passagem pela Câmara Federal agregaram positivamente ao seu mapa de
crenças, originalmente contaminado por um autoritarismo presunçoso, que no
passado foi capaz de fazê-lo tomar críticas como agravos imperdoáveis. A
vaidade intelectual, nota-se logo, perdura incólume, traduzida no tom
professoral, próprio de quem não fala, mas sentencia, na presunção de uma
suposta relevância que dispensa o reconhecimento dos eventuais interlocutores.
Trata-se de um traço da personalidade do candidato disfarçado pela aparente
urbanidade no trato pessoal, que nem sempre revelou no plano político, sobretudo
quando se viu investido da autoridade de prefeito.
Se superar sua postura imperial, no
exercício do poder, Edmilson Rodrigues muito ajudará a si próprio,
primeiramente, e por extensão a Belém. Caso novamente eleito para a Prefeitura
de Belém, ele vai necessitar sobrepor realizações a retórica, até aqui sua
maior arma, inclusive em seus dois mandatos como prefeito, entre 1997 e 2004,
quando, em um surto megalômano, pretendeu desconhecer o legado histórico do
intendente Antônio Lemos. As demandas da população são tantas e tamanhas que
propaganda enganosa nenhuma será capaz de escamoteá-las, a despeito da fé
devotada no estelionato eleitoral pelos marqueteiros de grandes contas e nenhum
escrúpulo.
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