Convém dizer que não faço
a mínima ideia de quem seja o professor Manoel Ovídio Franco Carvalho. Desconheço,
por isso, seus antecedentes e muito possivelmente não compartilho, pelo que me
é dado a depreender, o seu mapa de crenças. Mas, a priori, por questão de
princípio e atendo-me estritamente aos fatos, a decisão do Conselho de Representantes
do Sintepp, pela sua gravidade, necessita do aval de uma assembleia geral da
categoria, a instância máxima do sindicato, precedida por uma prévia mobilização
dos professores, capaz de permitir a ampla defesa do acusado. Sem isso, como
sinalizam os próprios termos da nota oficial do Conselho de Representantes, o
repúdio e a retratação exigida soam a uma vendeta, a vingança tramada com a ânsia
inescrupulosa de quem busca a retaliação pura e simples, jamais a reparação a
uma eventual injustiça, ocorrida na esteira de uma suposta incontinência
verbal.
Convém não esquecer uma
lição basilar, sem a qual costuma-se confundir o voto que legitima a vitória
eleitoral como certificado de propriedade, o que parece ser o erro crasso no
qual incorre a atual direção do Sintepp. Qual seja: quem discorda, quem debate,
quem esclarece, não oferece nenhum perigo; o perigo vem sempre de quem
concorda, de quem se acomoda, de quem é subserviente por cálculo, vocação, formação e interesse,
porque seu silêncio vale ouro...
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