O deputado Éder Mauro, do PSD, e Carlos
Maneschy, do PMDB, ignoraram o inicialmente acordado depois que lhes foram
remetidas as respectivas pautas e desistiram de falar ao Blog do Barata. Remetidas as pautas
das entrevistas, as jornalistas Claudiane Santiago, assessora de Éder Mauro, e
Cleo Soares, assessora de Maneschy, não retornaram as ligações do blog, dentro
do figurino da fidelidade servil.
A PAUTA DE ÉDER MAURO
Considerando
que o senhor cumpriu apenas metade do seu mandato parlamentar, o que o motivou
a sair candidato a prefeito, além do previsível estímulo de ter sido eleito
como o deputado federal mais votado nas eleições de 2014?
Resposta -
Embora
tenha optado pela candidatura própria, na disputa pela Prefeitura de Belém, o
seu partido integra a coligação pela qual se elegeu o governador tucano Simão
Jatene. Diante disso, pergunta-se: apesar do discurso de tom crítico, sua
candidatura não seria, ao fim e ao cabo, uma espécie de reserva de contingência
para o PSDB, na eventualidade de naufragar o projeto de reeleição do prefeito
Zenaldo Coutinho?
Resposta -
O
fato da sua esposa ser vice na chapa do coronel Neil, candidato do PSD à
Prefeitura de Ananindeua, significa que está em curso um projeto político-familiar?
Resposta -
Aliás,
a candidatura de sua esposa suscitou a suspeita de burla à Justiça Eleitoral,
já que soa inusitado um casal ter domicílios eleitorais distintos. O que o
senhor tem dizer a respeito dessa suspeita?
Resposta -
Por
curiosidade, ainda que o tema possa soar periférico: porque sua esposa, cujo
nome é Alessandra Souza Pereira, apresenta-se, como candidata a vice, como
Alessandra Sá?
Resposta -
O
senhor é réu em um processo criminal, no qual é acusado pelo Ministério Público de, quando delegado, ter forjado um flagrante e
torturado pessoas em abordagem policial no Pará, além de ter ameaçado uma menor
de idade e o pai. O senhor também é acusado de, juntamente com outros cinco
policiais, ter torturado, ameaçado e extorquido uma senhora, a pedido do então
prefeito de Santa Izabel do Pará Mário Kato, do PMDB. Quais as suas versões,
diante das graves acusações que lhe são feitas, e qual, na sua avaliação, pode
ser a eventual repercussão dessas suspeitas nessa reta final de campanha?
Resposta -
A
segurança pública tem sido o mote da sua candidatura a prefeito de Belém. O que
o senhor pretende fazer de prático, para conter a escalada da violência em
nossa cidade, e quais seus planos concretos, efetivamente exequíveis, em outras
áreas igualmente vitais, como saúde, educação, saneamento e transportes
coletivos?
Resposta -
Como
o senhor pretende implementar suas propostas, diante da escassez de recursos,
com a arrecadação municipal previsivelmente em queda, devido a conjuntura
recessiva, em um município que muito depende do repasse de recursos da União e
do estado, com o agravante de ter amargado três sucessivas administrações
ruinosas?
Resposta -
Pesquisas
eleitorais, sabe-se, são radiografias de um momento. Mas, ainda assim, como sua
avaliação sobre a mais recente pesquisa do Ibope, segundo a qual seu principal
adversário, até o momento, o deputado federal Edmilson Rodrigues, caiu apenas
um ponto percentual, enquanto o senhor caiu quatro e o prefeito Zenaldo
Coutinho cresceu nove pontos percentuais?
Resposta -
Ainda
que isso soe, hoje, a uma possibilidade remota, na eventualidade de não chegar
ao segundo turno, o senhor se manteria equidistante da disputa, ou estaria
inclinado a apoiar algum dos candidatos?
Resposta -
A PAUTA DE CARLOS MANESCHY
O
senhor exibe um respeitável currículo acadêmico, que culminou com sua eleição e
nomeação para reitor da UFPA. O que o levou, aos 60 anos, presumivelmente
realizado profissionalmente, a enveredar pela política e sair candidato a
prefeito de Belém, embora com chances ínfimas de vitória?
Resposta -
Em
sua propaganda eleitoral, o senhor jacta-se de ser ficha limpa e poder exibir
um passado limpo. Não lhe constrange sair candidato por um partido que no Pará
é comandado por alguém como o senador Jader Barbalho, cujo nome é associado a
recorrentes denúncias de corrupção e cuja súbita evolução patrimonial justifica
as suspeitas que aderiram ao nome dele?
Resposta -
O
senhor exalta sua experiência como educador e administrador, cujo ápice foi
chegar a reitor da UFPA e gerir, como sua própria propaganda eleitoral
sublinha, o terceiro maior orçamento do estado. Mas ao deixar a Fadesp, a
fundação estava inadimplente no SIAF, o Sistema
Integrado de Administração Financeira, sem poder movimentar novos recursos, por
causa de um recurso do Fundo Nacional de Saúde utilizado indevidamente. Em sua
gestão como reitor, embora a pós-graduação tenha atingido patamares próximos da
excelência, na graduação, em 82 cursos observados, mais de 80% dos
cursos da UFPA exibiam nota abaixo de 3, numa escala de 1 a 5, segundo os
números do Inep, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
Também em sua administração como reitor, perdurou o sucateamento do Hospital
Universitário João de Barros Barreto. Isso posto, fica a interrogação: como o
senhor justifica esses tropeços administrativos e o que se pode esperar do
senhor, como administrador, se eventualmente eleito prefeito de Belém?
Resposta -
Nas
eleições vendem-se sonhos, mas no exercício do poder exige-se resultados. Como
candidato a prefeito, o senhor exibe propostas ousadas, algumas das quais soam
mirabolantes, diante da escassez de recursos e da extensão dos graves problemas
acumulados por Belém nos últimos 12 anos. O senhor realmente acredita nas
propostas com as quais acena para o eleitorado, ou se trata do proselitismo
próprio dos candidatos que, sem chances reais de vitória, buscam apenas marcar
posição, ganhar visibilidade e se cacifar para próximos embates eleitorais?
Resposta -
Se
eventualmente eleito, como o senhor pretende implementar suas propostas, diante
da escassez de recursos, com a arrecadação municipal previsivelmente em queda,
devido a conjuntura recessiva, em um município que muito depende do repasse de
recursos da União e do estado, com o agravante de ter amargado três sucessivas
administrações ruinosas?
Resposta -
Quais
suas propostas de gestão mais imediatas, diante das demandas mais prementes em
áreas vitais, tais como educação, saúde, segurança, saneamento e transporte
público?
Resposta -
Belém,
há muito, é uma cidade precariamente iluminada, sobretudo na periferia. Ao
mesmo tempo, o volume dos recursos arrecadados com a taxa de iluminação e sua
destinação tornou-se uma caixa-preta. Se eleito, o que o senhor pretende fazer
a respeito?
Resposta -
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