sexta-feira, 10 de junho de 2016

UFPA – O atual cenário da disputa



O crescimento das candidaturas dos professores Edson Ortiz, ex-pró-reitor de Administração, e João Weyl, ex-vice-reitor pró-tempore da Unifesspa, na reta final de campanha, representaria uma real ameaça ao favoritismo atribuído ao professor Emmanuel Tourinho, ex-pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação. Ainda que o calendário eleitoral - ao abreviar os períodos de maturação que sucedem-se aos debates – conspire contra os candidatos de oposição. O curto período da campanha inviabiliza, na prática, até os próprios debates, que em tese permitiriam um melhor cotejo das propostas dos candidatos, observam fontes da UFPA. Há um debate marcado pela comissão eleitoral para o próximo dia 27, a dois dias da eleição, prevista para o dia 29. Os debates em campus do interior, inicialmente programados para os dias 14 e 21, são possibilidades incertas, sobre as quais não se houve falar, o que permite entrever que sejam letras mortas. No âmbito do campus do Guamá, em Belém, há a perspectiva do debate a ser promovido no próximo dia 15 pelo DCE, o Diretório Central dos Estudantes, que na verdade pretende, na contramão do bom senso, realizar em um mesmo dia dois debates – às 10h e às 17h. Trata-se obviamente de um contrassenso, porque algo absurdamente exaustivo para os candidatos, acabando por prejudicar aquele mínimo de profundidade ensejado pelo confronto de ideias e propostas, quando feito em condições normais.

Seja como for, até porque emergem na contramão do status quo, as candidaturas de Ortiz e Weyl ganham fôlego em um momento decisivo da campanha. Ortyz vem cacifado pela teia de relações tecidas em quase 40 anos de vida acadêmica e pela experiência como pró-reitor de Administração, o que também lhe impõe, é verdade, algum desgaste, porque ele não deixa de se confundir com as mazelas legadas pela administração do ex-reitor Carlos Maneschy, a qual serviu por longos sete anos. Weyl não deixa de representar o novo, porque não se confunde com a administração de Maneschy e exibe uma agenda propositiva, distante do discurso incendiário, no limite da irracionalidade, de uma Vera Jacob, capaz de sensibilizar os radicais e os nefelibatas, suscetíveis ao maniqueísmo do sectarismo ideológico, sem conexão com o mundo real. Ortiz e Weyl têm ainda a seu favor uma afabilidade, no trato pessoal, que lhes favorece eleitoralmente, realçada por se contrapor ao temperamento introspectivo de Tourinho, habitualmente algo cerimonioso e professoral com seus interlocutores, o que sugere uma personalidade desprovida de um mínimo de carisma. Essa leveza de Ortiz e Weyl repete-se em Erick Pedreira, com a diferença visceral do candidato soar algo inodoro, talvez porque aparentemente empenhado mais em marcar posição e ganhar visibilidade, mirando provavelmente em disputas futuras.

Um comentário :

Anônimo disse...

Amigo Barata.....Me causa estranheza a referência dispensada ao Candidato Erick Pedreira....Engana-se quem o julga como Marcador de Presença.....Tive Oportunidade de Tê-lo Como orientador quando da defesa de minha Tese de doutorado.....Pessoa Da mais alta Competência Com Ascendência na Disputa Eleitoral....Lhe Faço um Apelo, como autor do blog,e envolvido no processo Eleitoral da UFPA..Tente se Fazer presente nos Debates que serão promovidos na instituição....Após,relate ao ao Blog ,seu Juizo De Valor ...Faça Isso ,Sem Temor e Sem vínculos que o comprometam com qualquer dos Candidatos....Vou Aguardar sua manifestação...assim poderei comprovar a imparcialidade de seus Posicionamentos.....Agradeço pelo Espaço e Confio nos seus Julgamentos...Boa Noite !