Se teve baixa adesão entre os contratados,
a greve de advertência dos professores da Funbosque, a Fundação Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, nesta quinta-feira,
3, teve o apoio maciço dos concursados. A paralisação
ocorreu na esteira da reivindicação do pagamento do piso salarial nacional da
categoria, ignorado pelo prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), e em protesto contra
o sucateamento da instituição, pela atual administração municipal. Além da
adesão à paralisação nacional da educação, a ocorrer entre os dias 15 a 17
deste mês, os professores também decidiram cobrar do prefeito Zenaldo Coutinho a
nomeação de um profissional da educação como presidente da Funbosque, em lugar da
advogada Carol Rezende Alves, nomeada interinamente e cuja gestão é acidamente
criticada pelo corpo docente.
“Nas unidades pedagógicas das ilhas houve aulas, pois
os contratados foram coagidos a dar aulas normalmente e, como nas ilhas eles
são maioria, acabou enfraquecendo a paralisação por lá”, relata um dos
professores, ao fazer uma avaliação da greve. Mas concursados e contratados se
uniram na exigência de eleição direta para as coordenações pedagógicas da
Escola Bosque. “Uma dessas coordenações é a geral, ocupada pela Roberta Hage. Que
ela saia e abra espaço para a eleição. Coisa que ela não quer, pois pretende se
perpetuar no cargo”, acrescenta outro professor. De resto, os professores decidiram
ainda entrar com ações na Justiça para garantir o pagamento do reajuste e do
retroativo do piso nacional da categoria, além do pagamento das horas in itinere, o tempo gasto a disposição do empregador, previsto em lei.
A Semec, a Secretaria Municipal de Educação, insiste em ignorar o tempo
consumido com os deslocamentos, de ida e volta, até as unidades pedagógicas na
região das ilhas, feitos de barco, o que exige a presença dos professores em
Icoaraci às 7h15, pontualmente.
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