Nelson Medrado (à esq.): cobrando apuração das denúncias sobre o TCE. |
Por iniciativa do coordenador do Núcleo de
Combate a Improbidade Administrativa e a Corrupção,
o procurador de Justiça Nelson Medrado, com base no noticiário do Blog do Barata
o MPE, o Ministério Público Estadual, deverá apurar o escândalo de corrupção no
TCE, o Tribunal de Contas do Estado do Pará, deflagrado com a denúncia de venda
de nomeação para cargo comissionado. A
informação é do próprio Medrado, que, em e-mail enviado nesta última
quarta-feira, 2, comunicou ao Blog do Barata que ainda na sexta-feira passada,
26, acionou, mediante o ofício nº 081/2016, a
coordenação das Promotorias de Defesa do Patrimônio Público e
da Moralidade Administrativa do MPE, “solicitando as providências inerentes as
atribuições daquelas promotorias”.
Um profissional
de competência, probidade e experiência reconhecidas, Medrado ganhou
notoriedade pública quando, como promotor de Justiça, investigou, com comovente
destemor e implacável rigor, as falcatruas sistêmicas que medram com vigor na
Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará. Alçado a procurador de Justiça por
antiguidade – em uma promoção que postergou até onde pôde, por temer
burocratizar-se -, apesar de pessoalmente probo, ele hoje é visto com reservas
por setores do MPE, devido a amizade pessoal com o procurador-geral de Justiça,
Marcos Antônio Ferreira das Neves. Também conhecido como Napoleão de Hospício, por seu mandonismo, Neves é protagonista de
uma turbulenta administração, pontuada por denúncias de corrupção e tráfico de
influência, da qual resulta, segundo seus críticos, um rigor seletivo por parte
do MPE. Como exemplo desse rigor seletivo costuma ser citada a falta de
providências do MPE em relação ao PCCR da Alepa, o
Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração da Assembleia Legislativa do Pará,
inocultavelmente inconstitucional e assim considerado em parecer do procurador
de Justiça Domingos Sávio Alves de Campos, conforme notícia veiculada, na época, pelo Blog do Barata. A condescendência para
com a Alepa é atribuído à necessidade do procurador-geral de Justiça garantir o
aval dos deputados para assegurar a aprovação dos projetos que asseguram
vantagens e privilégios aos membros do MPE, na esteira dos quais Neves obtém o
apoio da maioria dos procuradores e promotores de Justiça.
A iniciativa do
procurador de Justiça Nelson Medrado soa fatalmente destemida, diante das
circunstâncias. A filha do procurador-geral de Justiça, Marcos Antônio Ferreira
das Neves, Mariana Silva Neves, ocupa um cargo comissionado no TCE, lotada no
gabinete da vice-presidente do tribunal, conselheira Lourdes Lima. À nomeação
da filha de Neves é associado o imobilismo do MPE diante das recorrentes
denúncias de falcatruas, incluindo nepotismo e nepotismo cruzado, no TCE.
3 comentários :
Barata, a esperança tomou o mesmo caminho da vergonha, foi perdida. Diversas denúncias contra o tribunal de contas foram protocoladas no ministério público e nada aconteceu, nenhuma ação de improbidade foi ajuizada. Amanhã outra denúncia será anunciada e esta da venda de cargo comissionado será esquecida. O ministério público do estado perdeu a credibilidade quando se fala de tce porque a troca de cargos (nepotismo cruzado entre mp e tce), como no caso da filha do procurador geral, o imobiliza. Isso é fato! Agora, se o ministério público federal entrar em campo na área criminal, como disse o dr. Medrado em seu e-mail, a coisa muda de lado, sai da impunidade para a preocupação por parte dos conselheiros, principalmente o omisso Luiz Cunha que ainda devolveu a servidora para a ALEPA com "vivas".
Anônimo 12:02, você se confundiu. A promotoria para onde o Dr. Medrado mandou a denuncia do blog sobre a venda de DAS no TCE, não é o Ministério Público Federal, e sim o Ministério Público Estadual.
Esse é o meu ídolo. Esse é homem honesto, probo e com força moral para fazer alguma em prol da sociedade que anda muito desamparada.
Parabéns Dr. Medrado. Não esperávamos do senhor, outra atitude que não fosse essa de mandar apurar. Vamos aguardar torcendo para que os promotores da improbidade façam alguma coisa e agora com as provas que o Barata escancarou, ficou mais fácil ainda processar esses vampiros do dinheiro público.
Postar um comentário