Pacientes em sessões de hemodiálise, muitos sob sacrifícios adicionais. |
O sucateamento das instalações e precárias
condições de trabalho, somados a indiferença dos médicos plantonistas acabam
por sobrecarregar os enfermeiros e técnicos de enfermagem, conforme a queixa
recorrente destes. Agora, pior, muito pior, é o drama dos pacientes,
principalmente aqueles que residem fora de Belém e obrigados a extenuantes
deslocamentos até a capital, também de acordo com os relatos feitos em off.
Há casos, dizem, de pacientes que são
compelidos a enfrentar viagens de até cinco horas até o Centro de Hemodiálise,
para sessões de hemodiálise, que se estendem por quatro horas, sucedidas por
mais cinco horas de viagens de volta ao seu destino, em um total de 14
desgastantes horas. A esses pacientes é oferecido apenas “um esquálido lanche”,
sonegado, porém, aos acompanhantes, acrescentam as denúncias. “Nos casos de
pacientes visivelmente pobres, os acompanhantes, igualmente pobres, ou ficam
com fome, ou tratam de mitigá-la com lanches vendidos por ambulantes”, descreve
o eventual acompanhante de um paciente.
As denúncias também enfatizam, embora sem
nominá-los, tudo isso ainda se soma a cruel desonestidade de alguns prefeitos,
que não repassam a pacientes de outros municípios a ajuda de custo do TFD,
Tratamento Fora do Domicílio.
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