O estopim do escândalo no qual submergiu o
TCE foi um inusitado expediente, protocolado no
dia 3 de fevereiro último e endereçado ao atual presidente do tribunal,
conselheiro Luis Cunha, no qual uma servidora comissionada, Suely Miralha
Bastos, após ser exonerada, relata ter obtido o cargo ocupado por interferência de uma prestigiada
servidora da corte de contas, Mônica Bernadete Sampaio da Silva, sob a
condição de destinar a esta metade de seus vencimentos, incluindo 13º salário,
abonos e um terço das férias. Cedida pela Alepa, a Assembleia Legislativa do
Pará, Mônica Bernadete Sampaio da Silva aportou no tribunal, embolsando uma
remuneração mensal de R$ 32.107,41 30 mil, como assessora do
conselheiro Luis Cunha, um ex-deputado de desempenho parlamentar pífio e
notabilizado pelo fisiologismo. Escancarada a falcatrua, ela foi devolvida à
Alepa, acompanhada de um ofício contendo caudalosos elogios do presidente do
tribunal ao seu desempenho funcional.
No expediente enviado a
Luís Cunha, denunciando a falcatrua, Suely
Miralha Bastos relata que, ao ser nomeada, em 9 fevereiro de 2015, foi
previamente avisada que seria exonerada em janeiro de 2016, para ser
substituída por “um parente consanguíneo” da assessora do presidente do
tribunal. Ao ser exonerada, Suely Miralha Bastos foi substituída no
cargo por Yasmin Sampaio Costa, que seria, conforme as
versões correntes, filha ou sobrinha de Mônica Bernadete Sampaio da Silva, a assessora de Luis Cunha.
Yasmin Sampaio Costa foi
nomeada para o cargo em comissão de Assistente
de Direção NM-02, a partir de 1 de fevereiro de 2016, de acordo com a portaria
nº 30.618, de 21 de janeiro de 2016. Mas foi exonerada logo depois, através da
portaria nº 30.695, de 4 de fevereiro de 2016. A exoneração ocorreu um dia
depois que, em expediente protocolado em 3 de fevereiro de 2016, Suely Miralha
Bastos a servidora defenestrada, levar ao conhecimento do presidente do TCE, a
falcatrua envolvendo Mônica Bernadete Sampaio da Silva, a assessora de Luís
Cunha.
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