MÍDIAS ALTERNATIVAS – Pesquisa inclui o blog

        Mídias Alternativas na Amazônia. Esta é a denominação que leva o projeto de pesquisa desenvolvido na UFPA, sob a coordenação da professora Célia Trindade Amorim, que é também doutora e leciona na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Pará. O projeto tem por objetivo basilar mapear as mídias que emergem na região, à margem da grande imprensa e sem as amarras que atrelam esta aos inquilinos do poder, abrangendo um período que se estende do golpe militar de 1º de abril de 1964 aos nossos dias, mirando na publicação do primeiro Mapa de Mídias Alternativas na Amazônia. A primeira fase do projeto inclui a garimpagem de impressos, como jornais, revistas e boletins, mas já avança na prospecção na internet, na esteira da qual inclui o Blog do Barata.

        A inclusão do Blog do Barata na pesquisa justificou a entrevista feita comigo por Lidyane Albim, 30, formada em turismo pela UFPA e atualmente cursando o terceiro semestre de jornalismo na própria Universidade Federal do Pará. Juntamente com Ana Lúcia Oliveira, ela é bolsista do projeto Mídias Alternativas na Amazônia. Na entrevista, Lidyane Albim indaga, dentre outras coisas, sobre o porquê da minha opção pela imprensa alternativa e por quanto tempo o blog deverá permanecer sob a censura prévia judicial. São perguntas que permitem contextualizar a conjuntura sob a qual surgiu o Blog do Barata, com ênfase para a falta de respeito aos leitores por parte da grande imprensa do Pará, e a esclarecer as circunstâncias que ensejam as graciosas restrições impostas pela banda podre do Judiciário. São interditos proibitórios que se constituem em escandalosas aberrações, porque formulados a priori, caracterizando assim a clara determinação em cercear o direito à informação, assegurado na própria Constituição.