Sabemos
todos que a desfaçatez da escumalha togada abrigada no TJ Pará, o Tribunal de
Justiça do Estado, não conhece limites. Mas no episódio que resultou na prisão
do motorista de ônibus Jorge Luiz Silva Fernandes, 40,
envolvido em um acidente de trânsito que resultou na morte de um ancião e
deixou três feridos, a iniquidade da máfia togada, decididamente, foi levada ao
paroxismo. Jorge Luiz Silva Fernandes foi preso, acusado de ter provocado o
acidente, indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e só
hoje seria libertado, após ter o seu o pedido de
liberdade provisória concedida pelo juiz titular da Vara de Inquéritos
Policiais de Belém, Pedro Sotero. De resto, teve sua carteira de habilitação
cancelada. Na prática isso significa que, embora ainda vá a julgamento, é
declarado antecipadamente culpado. Não merece, como consagra o ordenamento
jurídico democrático a todo réu, o benefício da dúvida.
Inusitadamente,
Ana Paula Freitas Torres é tratada como vítima. O que fatalmente soa hilário.
Afinal, foi ela que, possivelmente ensandecida, invadiu a faixa reservada aos
coletivos com seu carro, freiou bruscamente por três vezes, culminando por ter
seu veículo atingido pelo ônibus. Com a colisão, seu carro subiu a calçada e
atropelou o idoso João Nascimento de Souza, 77 anos, que morreu na hora, e o
filho dele, Valter Nascimento, encaminhado com ferimentos graves para o
Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência. Depois de tanta imprudência,
ela permanece livre leve e solta. Impune, resumidamente, a despeito das imagens
que registram o acidente evidenciarem que ela está longe de caber no figurino
de vítima.
Relembrando:
o acidente ocorreu na avenida Almirante Barroso, na esquina da travessa
Perebebuí, no Marco, no último dia 9. Jorge Luiz conduzia um ônibus da linha
Jibóia Branca e, segundo a denúncia, envolveu-se em uma discussão com Ana Paula
Freitas Torres, que dirigia um veículo particular. Imagens
cedidas pela empresa Viação Forte, concessionária da linha Jibóia Branca,
registram os momentos imediatamente anteriores ao acidente. O vídeo mostra que
um carro preto, exatamente o veículo dirigido por Ana Paula, passa pela
direita, entra na faixa do coletivo e freia. A motorista segue mais um pouco e
freia novamente. Na terceira vez, acontece a colisão. Nesta última freada, Ana
Paula ligou o pisca-pisca, de alerta.
Face ao que mostra o vídeo, perdura a pergunta que não quer e
nem pode calar: quem blinda Ana Paula Freitas Torres e, por via de conseqüência,
patrocina a ignomínia da iniqüidade?
2 comentários :
Essa imprensa paraense é uma piada. Incrível como escondem as informacoes da sociedade. Inicialmente, a imprensa nao divulgou o nome da motorista. Nem se sabe realmente se o nome da assassina é mesmo Ana Paula Torres. Ha duas semanas uma mulher se jogou do apartamento do Cesar Neves, presdiente da Unimed Belem, ex-coordenador do Cirio, e nada foi divulgado. Em julho, uma lancha explodiu com varias jornalistas da Liberal na orla de Belem, tambem nada foi divulgado.
Anônimo, das 18:45, só é noticiado o que eles desejam, se fosse um funcionário público "comum" ,não teria o mesmo tratamento e proteção, é obvio que pelas filmagens e falas das pessoas que viram o episódio e divulgado nos jornais, houve um atrito entre os motoristas, então eu penso onde "um não quer dois não brigam", e o resultado da falta de bom senso, foi a morte do ciclista e ferimentos graves no filho ,então se houveram culpados foram os dois motoristas, portanto a lei caberia em agir para os dois, essa é a indignação atual do povo brasileiro, a Justiça só se faz para o lado "fraco". Isso um dia vai ter que mudar!!!
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