Sob as pompas e circunstâncias que lhes são tão caras, como é próprio daqueles que não convalescem de suas origens sociais humildes, assistimos a ressurreição de Manoel Santino Nascimento Júnior. Trata-se de um ex-procurador geral de Justiça, que retorna ao cargo interinamente, como decano do colégio de procuradores, diante do imbróglio no qual foi transformada a sucessão do ex-procurador geral de Justiça Antonio Eduardo Barleta de Almeida. Formado pela mesma espelunca que graciosamente tornou advogado o ex-prefeito de Belém Duciomar Costa (PTB), o nefasto Dudu, Manoel Santino Nascimento Júnior ganhou visibilidade e ascendeu profissional e socialmente como áulico da procuradora de Justiça aposentada Marília Maia Crespo. Como procuradora geral, a despeito do seu personalismo, Marilia Maia Crespo conferiu relevância ao MPE, o Ministério Público Estadual, ao comandar pessoalmente um poderoso lobby, junto a Assembleia Legislativa, a quando da revisão da Constituição do Pará.
O ardil para impedir, ou pelo menos postergar, a nomeação de Marco Antônio Ferreira das Neves (foto, à dir.), como o novo procurador geral de Justiça, foi uma suposta irregularidade, supostamente configurada com o voto de um procurador de Justiça pretensamente impedido de votar. Na votação da lista a ser enviada ao governador, para nomeação do novo procurador geral de Justiça – escolha que historicamente recai no procurador mais votado -, Marco Antônio Ferreira das Neves impôs uma derrota acachapante a Ubiragilda Silva Pimentel, a quem venceu por 193 votos, contra 105.
5 comentários :
O cômico é o slogan da Procuradora adversária “Por um MP democrático”, quando na realidade, após a derrota esmagadora que sofreu, ingressou com um recurso sem respaldo algum, somente para manter este déspota a frente da instituição que deveria ser fiscalizadora mas, com a atual gestão fica difícil fiscalizar qualquer coisa diante de tantos conchavos políticos a que ele está preso.
A sociedade paraense se pergunta o que aconteceu com a voz dos integrantes do MPE que se calam diante de tamanha ofensa a democracia?
Em seu discurso de posse,Manoel Santino com voz empostada e grande ênfase disse que nada existia no seu passado que fosse motivo de vergonha.Das duas uma,ou sofre de amnésia ou seu conceito de moralidade diverge muito do senso comum.
Ninguém se espante se depois de acabada a confusão que hoje está ocorrendo no MP o Jatene escolher a candidata que perdeu a eleição por quase 100 votos de diferença.
Duvido muito que ele deixe de aproveitar a oportunidade para ter na PGJ uma fantoche do Manoel Santino.
Concordo com o anônimo das 20:48.De uma só tacada o governador pode controlar MP e TJE.
Numa coisa ele tem razão: vergonha não é para qualquer um. Só os homens e mulheres de caráter reconhecem os seus erros, pedem desculpas e ficam envergonhados sim.
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