Em Belém, pelo menos, decididamente ruiu a mística de se ter os shoppings como ilhas de segurança, capazes de nos blindar contra a escalada da criminalidade.
O assalto a uma joalheria no Pátio Belém, que deu origem a um tiroteio, milagrosamente sem vítimas, na noite do último dia 3 de março, um domingo, e o mais recente princípio de incêndio registrado no Doca Boulevard, no final da manhã da última quinta-feira, 7 de março, expõem o descaso de ambos os shoppings com a segurança dos seus freqüentadores.
No caso do Pátio Belém, o tiroteio ocorrido evidencia o despreparo da segurança do shopping, que optou por priorizar o resgate das jóias roubadas em detrimento da integridade física dos freqüentadores.
Igualmente grave é a indiferença da administração do Doca Boulevard diante da inépcia da segurança, revelada nos dois princípios de incêndio ocorridos no shopping. O primeiro deles ocorreu na noite de 26 de janeiro, um sábado, e o segundo no último dia 7, quinta-feira. Em ambos os princípios de incêndio a segurança do Doca Boulevard não se preocupou em viabilizar uma evacuação minimamente ordenada, em uma indiferença que quinta-feira, 7 de março, não poupou sequer um grupo de crianças portadoras de autismo. Na noite de 26 de janeiro a segurança fez pior, ao obstaculizar a retirada de quem buscou abrigo no estacionamento do shopping.
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