Pela coragem de amar sem peias e a generosidade que as tornam únicas, na capacidade de sempre estender o braço que ampara, oferecer o colo que aconchega e a mão que afaga, além de exibir o pródigo coração pronto para perdoar, porque movido pelo amor incondicional, com início e sem fim, nossas mulheres merecem, em verdade, ser reverenciadas diariamente. Oito de março, sob essa perspectiva, é apenas um marco formal, para nos lembrar daquelas que nos trazem ao mundo, como mães, e nos dão forças para enfrentá-lo, quando companheiras em tempo integral.
Por isso a imposição de estarmos ao lado delas no avanço das conquistas que movem a roda da história. Avanços que extrapolam a liberação da sexualidade, liberando-as das amarras dos preconceitos, na esteira da pílula anticoncepcional. Não temos mais mulheres à nossa sombra, mas ao nosso lado, e cuja coragem nos permite não tomar como impossível aquilo que é, apenas aparentemente, improvável. Nós, homens, somos todos beneficiários de cada uma do vasto leque de conquistas femininas. Até porque os avanços que elas experimentaram sinaliza que, em momentos de mudanças, mais relevante que o ritmo delas é a direção para onde sopram os ventos da modernidade. Mais que isso, muito mais que isso, convém lembrar, sempre, da advertência eternizada pela saudosa Clarice Lispector, de acordo com a qual a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena.
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