SOB CENSURA, POR DETERMINAÇÃO DOS JUIZES TÂNIA BATISTELO, JOSÉ CORIOLANO DA SILVEIRA, LUIZ GUSTAVO VIOLA CARDOSO, ANA PATRICIA NUNES ALVES FERNANDES, LUANA SANTALICES, ANA LÚCIA BENTES LYNCH, CARMEN CARVALHO, ANA SELMA DA SILVA TIMÓTEO E BETANIA DE FIGUEIREDO PESSOA BATISTA - E-mail: augustoebarata@gmail.com
quinta-feira, 30 de junho de 2016
BLOG – No dia da eleição do reitor da UFPA, um novo recorde, com um total de 3.925 acessos registrados
Nesta última quarta-feira, 29, o Blog do Barata superou seu próprio recorde, ao registrar um total de
3.925 acessos, ultrapassando a marca de 3.889 acessos, verificada na
terça-feira, 28. A exemplo de terça-feira, nesta quarta-feira a postagem mais acessada foi também UFPA - Segundo denúncia,Gilmar Silva, vice de Tourinho, foi responsabilizado por dano ao erário.
Como nos últimos dias, o destaque foi a
eleição do novo reitor da UFPA, vencida pelo professor Emmanuel Tourinho, do
qual é vice o professor Gilmar Pereira da Silva. Tourinho e Silva venceram em
todas as categorias, segundo revela a edição desta quinta-feira, 30, do Diário do Pará, o jornal do grupo de comunicação
da família do senador Jader Barbalho, o morubixaba do PMDB no Pará.
Tourinho, o reitor eleito, teve sua
candidatura patrocinada pelo ex-reitor Carlos Maneschy e pelo atual reitor,
Horácio Schneider, com o apoio do PMDB, PT, PC
do B e do Levante da Juventude, uma facção com origem em setores mais sectários
da esquerda, acusada de aderir ao toma-lá-dá-cá fisiológico. Maneschy, o
patrono político de Tourinho, é o candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, com
o aval do senador Jader Barbalho, cujo nome é associado a recorrentes denúncias
de corrupção.
UFPA – Weil e Lírio lançam manifesto exortando à luta pela universidade e cumprimentando Tourinho
![]() |
Weyl (à esq.) e Lírio: exortação à luta e cumprimento aos vencedores. |
A chapa que teve como candidatos a reitor e
vice-reitor os professores João Weyl e Armando Lírio, respectivamente, divulgou um
manifesto no qual, além de agradecer os votos dos seus eleitores, exorta à luta
por novas ideias e propostas para a UFPA, a Universidade Federal do Pará. “Chegamos ao final desta campanha com o sentimento do
dever cumprido e com a certeza de que nossa candidatura foi exitosa. Percebemos
o quanto conseguimos pautar novos debates nesta disputa e como conseguimos
agregar ideias e pessoas dispostas a construir uma universidade mais cidadã e
democrática. A gente sabe que a UFPA já não é mais a mesma”, assinala o
manifesto. A chapa de Weyl e Lírio
chegou à recorrer à Justiça, solicitando a suspensão da
eleição para reitor da UFPA, diante de alegado desrespeito ao regimento
eleitoral e cobrando informações “essenciais para garantir a lisura do
certame”.
Elegantes, Weyl e Lírio cumprimentam os
vencedores da eleição para reitor, na qual a chapa de ambos acabou em quarto
lugar, surpreendentemente superada pela professora Vera Jacob, terceira
colocada. “Parabenizamos o professor Emmanuel
Tourinho, reitor, e o professor Gilmar Pereira, vice-reitor, pela vitória
e desejamos êxito na sua gestão. Esperamos poder contribuir com ela por meio de
uma oposição crítica, responsável e que deseja, antes de tudo, que nossa UFPA
exerça plenamente sua função pública e social”, destacam.
“Nossa
candidatura foi construída coletivamente e em torno de um projeto que coloca a
UFPA no centro da vida social paraense. Aceitamos a missão de representar nosso
grupo e de defender nossas ideias com grande entusiasmo. O desafio muito nos
honrou e esperamos ter estado à altura da expectativa das que caminharam junto
conosco e das que nos deram seu voto. Agradecemos também a todas que, mesmo sem
ter escolhido nossa proposta, a complementaram com diálogo e mesmo com críticas”,
frisam Weyl e Lírio no manifesto, que concluem com uma profissão de fé em suas
propostas: ”Nossa luta apenas começou, porque somos a terceira margem do rio e
escolhemos ter voz.”
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Augusto Barata
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UFPA – O manifesto
Em seguida, a transcrição, na íntegra, do
manifesto dos professores João Weyl e Armando Lírio:
Amigos e amigas,
Chegamos ao final desta campanha
com o sentimento do dever cumprido e com a certeza de que nossa candidatura foi
exitosa. Percebemos o quanto conseguimos pautar novos debates nesta disputa e
como conseguimos agregar ideias e pessoas dispostas a construir uma
universidade mais cidadã e democrática. A gente sabe que a UFPA já não é mais a
mesma.
A experiência de construir uma
candidatura de forma coletiva, dialogando com franqueza e conhecendo as
dificuldades, os problemas e os sonhos da nossa comunidade acadêmica foi de uma
riqueza indescritível. Todo o nosso grupo aprendeu muito com essa campanha.
Conhecemos a fundo a UFPA e sabemos ter contribuído para o surgimento de novas
ideias e propostas.
Nossa candidatura foi construída
coletivamente e em torno de um projeto que coloca a UFPA no centro da vida
social paraense. Aceitamos a missão de representar nosso grupo e de defender
nossas ideias com grande entusiasmo. O desafio muito nos honrou e esperamos ter
estado à altura da expectativa das que caminharam junto conosco e das que nos
deram seu voto. Agradecemos também a todas que, mesmo sem ter escolhido nossa
proposta, a complementaram com diálogo e mesmo com críticas e a todas os que
nos enviaram pensamentos positivos e nos dirigiram mensagens de incentivo.
Ao mesmo tempo nos desculpamos por
não termos podido estar presentes, da maneira como gostaríamos, em todos os
campi e espaços da universidade. O tempo exíguo e as limitações de recursos nos
impediram de fazer uma campanha mais ampla e com maior quantidade de rodas de
diálogo.
Parabenizamos o professor Emmanuel
Tourinho, reitor, e o professor Gilmar Pereira, vice-reitor, pela vitória
e desejamos êxito na sua gestão. Esperamos poder contribuir com ela por meio de
uma oposição crítica, responsável e que deseja, antes de tudo, que nossa UFPA
exerça plenamente sua função pública e social.
Seguiremos refletindo e lutando
por uma universidade mais democrática, mais cidadã e mais participativa nos
debates e na vida da Amazônia. Por isso, convidamos todos que caminharam
conosco a seguirmos juntos na nossa construção.
Essa caminhada não teria sido
possível sem o apoio de tantas pessoas queridas. Familiares se envolveram,
colegas colaboraram e novos e antigos amigos se juntaram a esse sonho. Nossa
campanha aglutinou seres humanos tão diversos e maravilhosos que a riqueza
desses meses de convívio certamente ficará para sempre em nossos corações. O
afeto nos moveu e esse afeto que agora queremos devolver, mesmo que uma só
palavra não dê conta de expressar o nosso sentimento. A todos e a todas,
gratidão!
Nossa luta apenas começou, porque
somos a terceira margem do rio e escolhemos ter voz.
Chapa
João Weyl e Armando Lirio
UFPA – O agradecimento de Weyl
Registro o agradecimento do professor João
Weyl pela cobertura do Blog do Barata sobre a eleição para reitor da
UFPA, feito por e-mail no qual enviou a planilha com os números parciais da
apuração paralela.
quarta-feira, 29 de junho de 2016
UFPA – Mesmo sofrendo um revés na reitoria, Emmanuel Tourinho amplia vantagem e Edson Ortiz admite a derrota
![]() |
Tourinho: vitória consolidada antes mesmo do término da apuração. |
A despeito do revés que amargou na própria
reitoria, o professor Emmanuel Tourinho, o candidato chapa-branca a reitor da
UFPA, ampliou sua vantagem de modo irreversível e o professor Edson Ortiz, seu
principal adversário, acaba de admitir a derrota. “Fiz o que deveria fazer,
mas, infelizmente, tenho que admitir a derrota, em respeito à comunidade
universitária”, declarou Ortiz, elegantemente, já às 11 horas da noite desta
quarta-feira. “Agradeço, sinceramente sensibilizado, a confiança dos que
votaram em mim”, acrescentou o ex-reitor de Administração, que desafiou a
máquina administrativa, posta a serviço de Tourinho, o candidato patrocinado
pelo ex-reitor Carlos Maneschy e pelo atual reitor, Horácio Schneider, que ainda teve o
apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da Juventude, uma facção com origem em
setores mais sectários da esquerda, acusada de aderir ao toma-lá-dá-cá
fisiológico.
A despeito do significado
político, a vitória por 199 votos a 195 obtida por Ortiz na reitoria, até pela sua
minguada diferença, foi insuficiente para compensar a vantagem aberta por Tourinho
no Hospital Universitário Barros Barreto. “Não há possibilidade de reversão.
Tenho que reconhecer a derrota”, declarou Ortiz, ao admitir a vitória de
Tourinho.
Com a apuração ainda em
andamento, as projeções sinalizam que, sepultando as expectativas desenhadas na
reta final da campanha, Vera Jacob deverá ficar em terceiro lugar, superando
João Weyl. Essas projeções foram confirmadas pelo próprio Weyl, cuja
coordenação de campanha optou por fazer uma apuração paralela, que, a exemplo
da oficial, coloca Erick Pedreira como o último colocado na disputa pela
reitoria da UFPA.
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Augusto Barata
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UFPA - A votação no Itec
No Itec, o Instituto de Tecnologia, entre os
docentes Ortiz obteve 103 votos; Tourinho, 56; Weyl, 25; Erick, 17; Vera, dois.
Entre os técnicos, Ortiz obteve 50 votos; Vera, 17; Erick, 14; Tourinho, três.
Entre os alunos de pós-graduação, Erick teve 56 votos; Ortiz, 41; Weyl, 31;
Vera, sete; Tourinho, quatro.
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Augusto Barata
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UFPA – Os números de Salinas e Parauapebas
Contabilizados os votos de Salinas, entre
os docentes Ortiz teve três votos, contra dois de Tourinho e dois de Weyl.
Entre os técnicos, Ortiz somou 12 votos, contra quatro de Tourinho e dois de
Weyl. Entre os discentes, Tourinho somou 16 votos, contra seis de Weyl e três
de Ortiz. Os votos em separado são três – um entre os docentes e dois entre os
técnicos.
Em Parauapebas, apurados os votos entre os
discentes, Ortiz teve 12 votos; Tourinho, seis; Vera Jacob, também seis; e
Weyl, dois.
UFPA – A apuração dos votos em separado
A pretexto de precaver-se da possibilidade
de um mesmo eleitor votar em várias seções, foi decidido que os votos em
separado serão apurados pela própria comissão eleitoral.
UFPA – No ICSA, uma única urna e fila de eleitores
Estripulias da organização da eleição para
reitor da UFPA: como no ICSA, o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, foi
instalada apenas uma urna, apesar do grande números de eleitores, registra-se uma
monumental fila de votantes.
UFPA – Denúncia de voto de cabresto em Abaetetuba
Segundo denúncia feita ao Blog do Barata,
pelo menos em Abaetetuba a campanha de Emmanuel Tourinho, o candidato
chapa-branca a reitor da UFPA, teria disponibilizado ônibus para transportar
alunos do Parfor, o Plano Nacional de Formação Docentes.
O Parfor é destinado a professores em exercício das
escolas públicas estaduais e municipais sem a qualificação exigida pela Lei de
Diretrizes e Base da Educação Nacional, representando um contingente
estimado em cerca de cinco mil alunos na UFPA. Esse segmento é considerado uma reserva
de mercado eleitoral de Tourinho, porque a ele tem acesso privilegiado a
administração superior da universidade, além dos prefeitos dos municípios pelos quais
se espalham.
A
candidatura de Tourinho, recorde-se, é patrocinada pelo ex-reitor Carlos
Maneschy, candidato a prefeito de Belém pelo PMDB, com o aval do senador Jader
Barbalho, o morubixaba do partido no Pará, com uma vasta experiência em
tranquinagens eleitorais.
UFPA – A (comovente) elegância de Ortiz
Como elegância tornou-se utensílio de
museu, o comovente gesto merece registro.
Nesta quarta-feira, 29, fui alcançado por
um telefonema do professor Edson Ortiz, a quem sequer conheço pessoalmente, no
qual ele agradeceu o espaço aberto pelo Blog do Barata para
a eleição para reitor da UFPA e, em particular, à sua candidatura.
“Não sou movido pela vaidade, mas por
princípios”, salientou Ortiz, ex-pró-reitor de Administração. “Meus compromissos são com a instituição”,
acrescentou.
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Augusto Barata
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UFPA – Tourinho e Ortiz polarizam disputa para reitor, em eleição pontuada por denúncias de irregularidades
![]() |
Emmanuel Tourinho, o candidato com o escancarado apoio da reitoria,... |
![]() |
...polariza a disputa com Edson Ortiz, que desafia a máquina administrativa. |
Em uma eleição pontuada por recorrentes
denúncias de irregularidades, a UFPA, a Universidade Federal do Pará, elege
nesta quarta-feira, 29, seu novo reitor, em disputa polarizada por dois
candidatos originários da atual administração – Emmanuel Tourinho, ex-pró-reitor
de Pesquisa e Pós-Graduação, e Edson Ortiz, ex-pró-reitor de Administração. Beneficiada
pela escandalosa utilização da máquina administrativa, a candidatura de
Tourinho é patrocinada pelo ex-reitor Carlos Maneschy, que renunciou ao cargo
para sair candidato a prefeito de Belém pelo PMDB - antecipando a sucessão, com o aval do Consun, o Conselho Universitário -, e pelo atual reitor, Horácio
Schneider, e tem o apoio do PMDB, PT, PC
do B e do Levante da Juventude, uma facção com origem em setores mais sectários
da esquerda, agora acusada de aderir ao toma-lá-dá-cá fisiológico. Ortiz, cuja
candidatura, sem tintura político-partidária, foi pérfida e solenemente
ignorada por Maneschy, desponta como o único candidato com possibilidades
concretas de derrotar Tourinho, cacifado por 38 anos de vida acadêmica e um
temperamento respeitoso, mas afável, com a vantagem adicional de ser
considerável imbatível entre os técnicos da universidade.
No entorno de Tourinho e Ortiz desfilam os
demais candidatos - João Weyl, Vera Jacob e Erick Pedreira. Weyl, cuja
candidatura se apresenta como apartidária, a despeito dele ser um militante
histórico do PT, disputa o terceiro lugar com Vera Jacob, turbinado por um discurso
de intransigente defesa da transparência administrativa e do diálogo político na
condução da UFPA. Vera Jacob é identificada com o PSol e tradicional porta-voz
dos setores mais sectários da esquerda e de segmentos corporativos, como a
Adufpa, a Associação dos Docentes da UFPA, o Sindifes, o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições
Federais de Ensino Superior no Estado do Pará, e o Sintepp, o Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Pará, cuja diretoria é alvo de denúncias de corrupção. Erick Pedreira costuma ter sua
candidatura associada ao PSDB e, em particular, ao prefeito Zenaldo Coutinho,
em cuja gestão foi presidente do Ipamb, o Instituto de Previdência e
Assistência do Município de Belém.
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Augusto Barata
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UFPA – Triunfalismo de Tourinho e otimismo de Ortiz
Na campanha de Emmanuel Tourinho, pelo menos
para consumo externo, o tom é de triunfalismo, de inocultável menosprezo aos adversários
em geral e a Edson Ortiz, em particular. Ortiz, a despeito de elegante e
parcimonioso nas críticas, é o alvo predileto dos golpes, às vezes abaixo da
linha da cintura, desfechados pela campanha de Tourinho.
Mais realistas, as projeções da campanha de
Ortiz, embora otimistas, apontam para uma polarização com Tourinho, permeada
por uma “disputa acirrada” entre os docentes e uma expressiva vantagem do
candidato de oposição entre os técnicos, mas reconhecem uma indefinição entre
os alunos. Na avaliação feita pela campanha de Ortiz, entre os discentes destaca-se
o contingente de alunos do Parfor, o Plano
Nacional de Formação Docentes, aos quais tem acesso privilegiado a
administração superior da universidade, engajada na campanha de Tourinho. O
Parfor é destinado a professores em exercício das
escolas públicas estaduais e municipais sem a qualificação exigida pela Lei de
Diretrizes e Base da Educação Nacional, habitualmente dispersos pelo interior e
mais suscetíveis às pressões dos inquilinos do poder.
De acordo com as
estimativas confiáveis, o universo de votantes da UFPA, na eleição para reitor
– feita pelo voto proporcional - ,inclui cerca de 2.500 docentes,
aproximadamente 2.300 técnicos e mais de 40 mil estudantes, entre os quais é
colossal o percentual de abstenção. Nas últimas eleições, por exemplo,
exerceram o direito de voto em torno de 12 mil estudantes. Por isso, sobretudo em
uma disputa polarizada, previsivelmente ganha grande relevância o voto dos alunos
do Parfor, um contingente estimado em mais de cinco mil discentes.
Na campanha de João Weyl, a avaliação
reconhece a polarização entre Tourinho e Ortiz, sinalizando uma suposta
vantagem do candidato da reitoria, em função da utilização da máquina administrativa
e da omissão da comissão eleitoral. A sincera pretensão da candidatura de Weyl,
segundo sua própria campanha, seria emergir como uma espécie de terceira via,
credenciada pelo terceiro lugar na disputa pela reitoria, com algo em torno de
30% dos votos. “Nossa briga é pelo terceiro lugar”, admite, com todas as letras,
fonte de campanha.
Seja como for, o clima da disputa sinaliza
para uma eleição polarizada. O triunfalismo da campanha de Tourinho,
anabolizada pela utilização da máquina administrativa, é traído pelo tom abrasivo
reservado a Ortiz e por lances burlescos, como a divulgação do simulacro de
pesquisa de intenção de intenção de voto, conferindo-lhe ampla vantagem, ardil
próprio de candidato inseguro sobre seu cacife eleitoral.
UFPA – Juiz indefere liminar e mantém eleição
![]() |
Armando Lírio e João Weyl: liminar indeferida pelo juiz Rafael Bussolari. |
O juiz federal Rafael Bussolari, indeferiu
o pedido de liminar da chapa do professor João Weyl, solicitando a suspenção da
eleição para reitor da UFPA, diante de alegado desrespeito ao regimento
eleitoral. No elenco de irregularidades mencionadas, o mandado de segurança impetrado
cita que não foram apresentados pela comissão eleitoral, “mesmo após prévio
requerimento administrativo”, informações “essenciais para garantir a lisura do
certame”. Dentre essas informações figuram as listas de eleitores por seção (professores,
técnicos administrativos e estudantes), relação nominal dos presidentes e mesários
de cada uma das seções eleitorais e relação dos locais nos quais seriam
instaladas cada uma das 87 seções eleitorais. Na leitura da assessoria jurídica
da chapa de Weyl, pelo regimento eleitoral a comissão eleitoral, presidida pela
professora Jane Beltrão, teria a obrigação de fornecer essas informações até
sete dias antes da eleição, isto é, até o último dia 22, o que não ocorreu pelo
menos até a segunda-feira, 27.
Na sua decisão, o juiz federal Rafael
Bussolari observa que o edital eleitoral realmente determina que as mesas
receptoras dos votos serão divulgadas sete dias antes do dia da votação. Mas ressalva
que a resolução 746/2016, em seus artigos 3º e 4°, define que cada seção
eleitoral corresponderá a uma mesa receptora de votos e que as seções eleitorais
funcionarão em prédios das unidades universitárias e/ou em locais a serem
definidos pela comissão eleitoral. “Note-se, portanto, que não há no edital ou
no regimento eleitoral prazo específico para divulgação nominal dos membros de
cada mesa receptora, como exigem os impetrantes em sua inicial”, sublinha o
magistrado.
O juiz federal Rafael Bussolari também observa
que no edital regulamentador e no regimento eleitoral também não se visualiza a
exigência de apresentação de listas de eleitores por seção, mas tão somente que
estes se enquadrem na categoria de professores, técnicos administrativos e
estudantes. “Desta feita, entendo que o mero fato de não haver especificado
previamente o nome dos componentes de cada mesa eleitoral ou listagem nominal
de candidatos por seção eleitoral não afastaria a possibilidade de ser
realizado o controle e fiscalização por parte de todos os interessados, sendo
inclusive franqueado aos candidatos o cadastramento e habilitação de fiscais
com livre acesso a todos os locais de votação para a devida sindicância”,
assinala também o magistrado.
“Não há que se pensar na suspensão de um
certame da magnitude da escolha de nomes que futuramente ocuparão a vaga do
Reitor de uma universidade federal tão somente pela pretensa ausência de nomes
que impossibilitariam fiscalização do processo eleitoral”, acrescenta o juiz
federal Rafael Bussolari. “Não se está diante da negativa de acesso às
informações pela comissão eleitoral, mesmo porque os nomes dos componentes das
mesas diretoras e das pessoas que registraram seus votos naqueles locais
ficarão à disposição de todos os candidatos para a devida fiscalização na data
de sua realização, não exigindo o edita l ou o regimento eleitoral prazo mínimo
para tanto.”
“Certo é que a concessão de medida tão
extrema se mostraria mais gravosa do que oportunizar à própria comissão
eleitoral a apuração de eventuais falha s apontadas pelos eleitores e
candidatos interessados durante o recebimento e apuração dos votos, bem como
pelo próprio Poder Judiciário em momento posterior, na análise de tal questão”,
arremata o magistrado, ao indeferir o pedido de liminar.
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Augusto Barata
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12:40
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terça-feira, 28 de junho de 2016
BLOG – Com 3.889 acessos, mais um novo recorde, novamente com destaque para a eleição na UFPA
Depois da marca
de 3.221 acessos, alcançada segunda-feira, 27, o Blog do Barata
superou seu próprio recorde, ao registrar 3.889 acessos nesta terça-feira, 28,
quando novamente o destaque do dia foi a eleição para reitor da UFPA.
A postagem mais acessada
nesta terça-feira, 28, foi UFPA - Segundo denúncia, Gilmar Silva, vice de Tourinho, foi responsabilizado por dano ao erário.
UFPA – Weyl oferece versão sobre recurso à Justiça e poupa Jane Beltrão das suspeitas suscitadas ao blog
A propósito da
postagem UFPA – Weyl recorre à Justiça e pede que sejam asseguradas medidas garantindo a lisura da eleição, o
professor João Weyl, um dos candidatos a reitor, enviou ao Blog do Barata um e-mail com sua
versão sobre o suposto sentido do recurso à Justiça, impetrado pela sua chapa. No
mesmo e-mail, ele faz a ressalva de que “o trabalho da professora
Jane [Beltrão] na condução da comissão eleitoral tem sido conduzido com
absoluta lisura e de forma exemplar”, poupando-a das suspeitas suscitadas ao blog por fonte da sua própria campanha.
Em seguida, a
transcrição, na íntegra, do e-mail enviado pelo professor João Weyl:
Prezado Barata,
Agradeço divulgação da nota sobre entrada na Justiça para garantir eleição ampla na UFPA.
Nós responsabilizamos os erros relativos a
listagem/locais e inconsistência com ausência de nomes de eleitores a gestão da UFPA que não tem garantido uma
auditoria nos sistemas de informação/base de dados e ao açodamento para realização das eleições.
Portanto é isso que estamos pedindo à Justiça, que
a UFPA oportunize condições para trabalho da comissão eleitoral que garanta um pleito.
Com relação interpretação sobre presidente da
comissão eleitoral conforme consta no seu blog, eu ressalto que, na minha
opinião, muito embora a professora só tenha lido no debate de ontem notas
referentes interpelação entre os dois candidatos, Ortiz e Emanuel, e não tenha
refletido sobre nossa ação com relação pesquisa eleitoral sem critério,
divulgada pela chapa Emanuel e Gilmar, eu considero que o trabalho da
professora Jane na condução da comissão eleitoral em sido conduzido com
absoluta lisura e de forma exemplar.
Cordialmente
João Weyl
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Augusto Barata
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UFPA – A minha resposta
Sem que isso
possa obnubilar-me sobre seus inegáveis méritos profissionais e pessoais, ou sobre a
inquestionável contribuição de sua candidatura a reitor, surpreende-me o e-mail
do professor João Weyl pelo tom dúbio, que sugere uma acintosa concessão ao
corporativismo e tisna a imagem de candidato destemido. Pior, muito pior, no
e-mail, é sugerir, subliminarmente, que eu possa ter incorrido em um erro
crasso, na esteira de ilações indevidas.
O professor João
Weyl sabe muito bem quem foi a fonte da notícia, que até aqui mereceu minha
mais irrestrita confiança. E porque sabe muito bem quem foi a fonte do Blog do Barata,
sabe também que, como de hábito, traduzi fielmente o relato feito, sobre o qual
nada tenho a retificar, diga-se.
Sobre o sentido
do recurso à Justiça, o esclarecimento do professor João Weyl opta por uma
versão edulcorada, que destoa abissalmente do relato a mim feito, cobrando
claramente que sejam asseguradas as condições capazes de garantir a lisura do
pleito, o que está expresso até no título da postagem. Tanto assim que o relato
embutiu a crítica à falta do fornecimento da relação dos
eleitores por urna, em plena véspera da
eleição para reitor da UFPA.
A respeito da
opinião do professor João Weyl sobre a postura da presidente da comissão
eleitoral, que ele diz comportar-se “com absoluta lisura e de
forma exemplar”, evidentemente contradita o inequívoco sentido da queixa sobre
a omissão seletiva da professora Jane Beltrão quanto a interpelação sobre a suspeita
pesquisa de intenção de voto divulgada pela campanha do professor Emmanuel
Tourinho. “A comissão [eleitoral] não reage”, chegou a verbalizar a fonte da
notícia, ao queixar-se da falta de retorno à interpelação feita pela chapa do
professor João Weyl, embora detendo-se da interpelação feita por Tourinho ao professor Edson Ortiz, conforme a reclamação verbalizada sob a garantia do anonimato.
As suspeitas sobre a
suposta falta de isenção de Jane Beltrão não foram suscitadas pelo Blog do Barata,
mas por fontes de chapas distintas, inclusive quanto ao mapa de crenças dos
seus candidatos. O blog apenas reproduziu uma versão que varre os bastidores,
assinalando que são recorrentes as queixas nesse sentido, ainda que
manifestadas em off, presumivelmente
para não ferir suscetibilidades e comprometer relações pessoais e/ou
profissionais.
De resto, sobre a notícia
veiculada na postagem que deu causa ao e-mail do professor João Weyl, nada
tenho a retificar. O que faço não por soberba, mas na convicção pétrea de não ter incorrido em nenhum equívoco, com o respaldo de 43 anos de
jornalismo sem amargar maiores tropeços em termos de fidelidade aos fatos ocorridos
e aos relatos oferecidos. Nem mesmo nas vezes nas quais fui condenado no rastro
de sentenças graciosas, proferidas por canalhas togados, as denúncias feitas
jamais foram desmentidas.
Nesse episódio, se
alguém mentiu, ou distorceu o sentido da informação fornecida, certamente não fui eu.
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Augusto Barata
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UFPA – Weyl recorre à Justiça e pede que sejam asseguradas medidas garantindo lisura da eleição
A coordenação da
campanha do professor João Weyl decidiu, ainda na manhã desta terça-feira,
28, recorrer à Justiça, solicitando que sejam asseguradas as medidas capazes de
garantir a lisura da eleição para reitor da UFPA, a Universidade Federal do
Pará, prevista para quarta-feira, 29. O recurso à Justiça deverá ser protocolado ainda hoje e surge na esteira
das recorrentes denúncias que colocam sob suspeita a isenção da comissão
eleitoral, que nos bastidores é abertamente acusada de favorecer Emmanuel
Tourinho, o candidato do ex-reitor Carlos Maneschy e do atual reitor, Horácio Schneider, e que tem o apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da
Juventude, um movimento com origem nos setores mais sectário da esquerda, mas aderiu ao toma-lá-dá-cá da chapa oficial.
“Na véspera da eleição não
se sabe, por exemplo, a relação dos eleitores por urna e nem quais os mesários das seções
eleitorais, coisas que já deveriam estar definidas, para garantir um tratamento
equânime a todos os candidatos”, desabafa uma fonte da campanha de Weyl. A
coordenação da campanha de Weyl tece ácidas críticas à postura da presidente da
comissão eleitoral, Jane Beltrão, citando como ilustrativo de um tratamento
tendencioso a ausência de retorno sobre a interpelação feita sobre a pesquisa
de intenção de votos, de parca credibilidade, divulgada pela campanha de
Tourinho, o candidato chapa-branca. A propósito, é mencionado que, a quando do derradeiro
debate entre os candidatos, na segunda-feira, Jane Beltrão deteve-se na leitura
de uma interpelação feita por Tourinho a Edson Ortiz, cuja candidatura polariza
a disputa com o candidato da reitoria, ignorando, porém, a interpelação sobre a pesquisa tida como fraudulenta.
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Augusto Barata
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BLOG – No rastro da eleição para reitor da UFPA, um novo recorde nesta segunda-feira, com 3.221 acessos
Nesta
segunda-feira, 27, o Blog do Barata alcançou
um novo recorde, ao registrar 3.221 acessos, na esteira da cobertura sobre os
bastidores da eleição para reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará.
A sucessão da
UFPA só abriu espaço, nesta segunda-feira, para o imbróglio do juiz Flávio
Sanches Leão, que mandou para a prisão - quando tinha a opção de abrandar a pena - um trabalhador, pai de família, já regenerado, por um crime de roubo
cometido há 18 anos atrás e já prescrito pela nova redação dada à lei que disciplina a matéria.
OAB – Ordem abre debate sobre drama da população de Belém à mercê de alagamentos e inundações
O drama da
população de Belém à mercê de alagamentos e inundações será tema de debate na
reunião do conselho seccional da OAB/Pará, a Ordem dos Advogados do Brasil-Secção
Pará, prevista para a tarde desta terça-feira, 28, a partir das 15h30, na sede
da entidade, na travessa Padre Prudêncio, nº 93, na Praça Barão do Rio Branco,
esquina do Largo da Trindade.
Na pauta da
reunião figura a discussão sobre as obras por concluir ou sem a devida
conservação e manutenção técnica dos vários projetos de macrodrenagem das
bacias hidrográficas de Belém e da Região Metropolitana de Belém.
A iniciativa tem
o apoio do CPU, Comitê Urbano Popular, FMPBU, a Frente dos Moradores Prejudicados
da Bacia do Uma, e BLB/PA, Movimento de Luta nos Bairros, vilas e Favelas.
LAMBANÇA – Zenaldo Coutinho volta a Cotijuba, agora para inaugurar pousada travestida de creche escolar
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Zenaldo Coutinho: lambança no estilo de Odorico Paraguaçu. |
Na ávida busca
pela reeleição, a despeito de fazer uma administração pífia, ou talvez por
isso, Zenaldo Coutinho decidiu incorporar o figurino de Odorico Paraguaçu, o
fictício prefeito da imaginária Sucupira, que brotaram da irreverente
criatividade do dramaturgo Dias Gomes.
Nesta
terça-feira, 28, o prefeito tucano de Belém retorna à ilha de Cotijuba, agora
para uma nova lambança, não muito distinta da que protagonizou semanas atrás,
ao inaugurar uma ponte de madeira, construída pelos moradores, mas cujas obras
foram atribuídas à prefeitura.
Dessa vez Zenaldo
vai inaugurar uma pousada, travestida de creche, alugada pela prefeitura. “Só fizeram pintar a pousada e transformar os
quartos em salas de aula”, relata uma fonte do Blog do Barata.
As professoras
contratadas para atuar na creche foram encarregada de maquiar os quartos, para deixa-los
parecidos com salas de aula.
“Simplesmente
patético!”, resume a fonte do blog.
UFPA – Amparado em provas documentais, blog mantém denúncias sobre Gilmar Silva e Doriedson Rodrigues
Amparado em
provas documentais, o Blog do Barata mantém
a denúncia envolvendo os professores Gilmar Pereira da Silva e Doriedson
do Socorro Rodrigues, responsabilizados por dano ao erário, na esteira do
pagamento ilegal de diárias, quando eram, respectivamente, coordenador e
vice-coordenador do campus de Cametá da UFPA, a Universidade Federal do Pará. Gilmar Pereira da Silva é o candidato a vice na chapa de Emmanuel
Tourinho, o candidato chapa-branca a reitor, patrocinado pelo ex-reitor Carlos
Maneschy e pelo atual reitor, Horácio
Schneider, com o apoio do PMDB, PT, PC do B e do Levante da
Juventude, um movimento com origem nos setores mais sectário da esquerda, mas
que aderiu ao toma-lá-dá-cá da chapa oficial.
Por ter feito a
denúncia amparado em provas documentais, o Blog do Barata aguarda a manifestação formal dos
protagonistas do imbróglio, para retomar o tema. Por isso, recusa-se a
polemizar, com anônimos ou não, ou obscuros prepostos, e recusa-se também a publicar desmentidos sem que estejam sustentados por provas, sobretudo anônimos, inclusive aqueles com as digitais dos áulicos de aluguel, cuja contestação à denúncia
não vem acompanhada de provas capazes de contraditá-la.
Sobre o tour
eleitoral de Doriedson do Socorro Rodrigues, subsidiado pela universidade,
a foto da sua presença no lançamento da chapa de Tourinho fala por si. É a prova
inconteste da desídia de quem prestou-se ao beija-mão quando deveria estar em
Mocajuba, dando as aulas pelas quais embolsou quase R$ 5 mil em diárias, exatamente para
ministrá-las.
É só.
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Augusto Barata
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02:26
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UFPA - Sucessão ainda pode acabar na Justiça
As circunstâncias sob as quais foi antecipada a sucessão do ex-reitor Carlos Maneschy, a partir da leitura casuística dos dispositivos legais, ainda pode fazer desembocar na Justiça a eleição para reitor da UFPA.
Essa está longe de ser uma possibilidade descartada.
UFPA – Sem ter estado comprometido com a atual gestão, Weyl despontou como destaque no debate
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Tourinho (à esq.) e Ortiz (centro), sob amarras, ao contrário de João Weyl (à dir.), que acabou como o destaque do derradeiro debate. |
Sem ter estado
comprometido com a atual gestão, mas com a consistência e serenidade que faltam
a Vera Jacob, João Weyl acabou despontando como o destaque do último debate
entre os candidatos a reitor da UFPA, a Universidade Federal do Pará, segundo
fontes do Blog
do Barata. Realizado na tarde desta segunda-feira, o debate, que
começou por volta das 15h50, atraiu para o auditório do centro de convenções
eleitores e claques dos candidatos, estendendo-se por quase três horas, sendo
descrito como “acalorado, porém civilizado”. O debate ainda embutiu uma peculiaridade,
ao chegar ao interior, ainda que em extensão presumivelmente limitada, ao ser transmitido
pela rádio web.
Favorecido pelo
sorteio, Weyl teve a vantagem de abrir e encerrar o debate, mas acima de tudo
revelou-se mais conectado com a discussão. No relato dos que acompanharam o
debate, contra Edson Ortiz - que surge como o principal adversário de Emmanuel
Tourinho, o candidato da reitoria – conspira ter participado da atual
administração, o que o torna parcimonioso nas críticas sobre as notórias
mazelas da UFPA. O mesmo problema que engessa Erick Pedreira, a despeito dos
supostos laivos de independência, que parecem mais destinados para consumo
externo. Tourinho, até por força do status de candidato chapa-branca, exibe um
discurso de compromisso com a excelência, que lhe permite tergiversar sobre
graves problemas da universidade, embora no debate desta segunda-feira tenha se
permitido deter-se um pouco mais sobre as vbisíveis deficiências da graduação.
Nesse cenário, restam
como candidatos independentes João Weyl e Vera Jacob. Mas Vera Jacob tem contra
si ser compelida a manter um discurso abrasivo, ao gosto do eleitorado mais
sectário, o que termina por fazer dela a candidata dos guetos da esquerda
radical. Embora à esquerda do espectro ideológico, Weyl revela-se mais
sintonizado com a realidade concreta, com uma postura serena, ilustrada por uma
agenda propositiva, ainda que sem escamotear as críticas a fazer. Assim, por
exemplo, quando foi discorrer sobre compromissos de gestão, a exemplo dos
demais candidatos, foi capaz de realçar a tímida relação da UFPA com o governo
estadual, as prefeituras e a própria iniciativa privada, o que inibe a captação
de recursos.
Postado por
Augusto Barata
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02:09
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UFPA – Os candidatos a reitor e seus vices
EDSON ORTIZ
MATOS – VICE: MAURO DE AMORIM
ACATAUASSU NUNES.
EDSON
ORTIZ - Engenheiro eletricista
formado pela UFPA e professor adjunto do curso de engenharia elétrica do
Instituto de Tecnologia desde 1978. Ele ostenta os títulos de mestre e doutor
em engenharia elétrica, obtidos, respectivamente, pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro, em 1980, e pela UFPA, já em 2016.
MAURO
ACATAUASSU NUNES - Graduado em odontologia e também
em saneamento ambiental, pela UFPA, é professor associado II do Instituto de
Ciências da Saúde. É mestre pela Universidade Federal de Pelotas em cirurgia e
traumatologia buco maxilo facial e doutor em odontologia pelo Centro de
Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic.
EMANUEL ZAGURY
TOURINHO – VICE: GILMAR PEREIRA DA SILVA.
EMANUEL
TOURINHO - Graduado em psicologia pela
UFPA, na qual ingressou como docente, mediante concurso público, em 1985,
atuando como professor titular no curso de pós-graduação em teoria e pesquisa
do comportamento, coordenando ainda o grupo
de pesquisa em análise do comportamento: pesquisa conceitual, básica e aplicada.
É mestre em psicologia social, pela PUC de São Paulo, e doutor em psicologia
experimental, pela USP, títulos obtidos em 1988 e 1994, respectivamente. Membro (2013-2016) e coordenador (2014-2016) do
Comitê Assessor da Área de Psicologia do CNPq, o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnólogico. Exerceu as funções de pró-reitor de
Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA de julho de 2009 a fevereiro de 2016.
GILMAR
SILVA - Graduou-se em 1992 em pedagogia
pela UFPA, da qual professor associado II, com mestrado e doutorado em educação
pela UFRN, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, títulos obtidos,
respectivamente, em 2002 e 2005.
ERICK NELO PEDREIRA – VICE: HITO BRAGA DE MORAES.
ERICK
PEDREIRA - Professor adjunto da
Faculdade de Odontologia da UFPA, pela qual graduou-se em 1997, tem mestrado em
diagnóstico bucal pela USP e doutorado em patologia bucal pela Faculdade de
Odontologia de Bauru, da USP, títulos obtidos em 2001 e 2007, respectivamente.
Foi pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFPA na
gestão de Carlos Maneschy. Foi presidente do Ipamb, o Instituto de Previdência
e Assistência de Belém, na administração do prefeito tucano Zenaldo Coutinho.
HITO BRAGA - Graduou-se em 1985 em engenharia civil pela UFPA, da qual é professor associado 4 e onde atualmente é diretor do curso de graduação em engenharia
naval. Tem mestrado e doutorado em engenharia oceânica pela UFRJ, obtidos em
1991 e 2002, respectivamente.
JOÃO
CRISÓSTOMO WEYL ALBUQUERQUE COSTA – VICE: ARMANDO LÍRIO DE SOUZA.
JOÃO WEYL - É engenheiro eletrônico, formado pela UFPA, da qual é docente
desde 1994, atuando atualmente como professor
associado, na Faculdade de Engenharia da Computação do Instituto de Tecnologia, credenciado
por um currículos que inclui mestrado e doutorado em engenharia elétrica - telecomunicações,
pela PUC-RJ, em 1989, e doutorado, pela Unicamp, em 1994. Ex-vice-reitor pró-tempore da Unifesspa,
a Universidade
Federal do Sul e Sudeste do Pará, de agosto 2013 a fevereiro de 2016, ele foi
também secretário-adjunto da Secdet, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento,
Ciência e Tecnologia, de janeiro de 2007 a dezembro de 2010, durante o governo
Ana Júlia Carepa. Na administração da ex-governadora petista participou da
criação da Secdet e da implantação do Navegapará, um programa de integração do
estado com redes ópticas e acesso banda larga em redes sem fio e do sistema de
parques de ciência e tecnologia.
ARMANDO
LÍRIO - É graduado em ciências econômicas
pela UFPA, na qual é professor adjunto da Faculdade de Ciências Econômicas, da
qual foi diretor. Tem mestrado em planejamento do desenvolvimento, pela própria
UFPA, e doutorado em desenvolvimento rural pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
VERA LÚCIA
JACOB CHAVES – VICE: SANDRA HELENA RIBEIRO CRUZ.
VERA JACOB – Graduada em Ciências Sociais e em Pedagogia pela
Universidade Federal do Pará, em cursos concluídos em 1977 e 1989. Tem mestrado
em educação e políticas públicas pela UFPA (1996), doutorado em educação:
conhecimento e inclusão social pela Universidade Federal de Minas Gerais
(2005), pós-doutorado em educação pela Universidade de Lisboa (2011) e em
políticas públicas e formação humana pela Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (2011). É professora da UFPA desde 1989,
lecionando no curso de graduação em pedagogia e no programa de pós-graduação em
educação, no qual é a atual vice-coordenadora.
SANDRA
HELENA CRUZ - Graduada em Serviço Social e mestra em planejamento do desenvolvimento
pela UFPA (1994), com doutorado em ciências socioambientais pelo Núcleo de
Altos Estudos Amazônicos da UFPA (2012). É docente associada I da Faculdade de
Serviço Social da UFPA, da qual é a atual coordenadora.
UFPA – “Nossa chapa foi a primeira a provocar um grande debate na universidade”, sublinha João Weyl
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João Weyl: "Nossa candidatura cresceu muito nas últimas semanas." |
“Nós estamos bastantes
otimistas, pois nossa candidatura cresceu muito nas últimas três semanas. As
pessoas começam a se dar conta de que as chapas oriundas da atual gestão não
conseguem atender às demandas da comunidade universitária. Temos trabalhado
muito para fazer uma campanha ética, honesta, transparente e coletiva. Além
disso, a gente avalia que já sai vitorioso dessa disputa. Há tempos a UFPA não
se discutia. Nossa chapa foi a primeira em anos a provocar um grande debate na
universidade.”
Esta é a avaliação feita pelo professor
João Weyl sobre a sua campanha, na reta final da eleição para reitor da UFPA,
em entrevista ao Blog do Barata. Embora balizado por matizes ideológicos de
esquerda, ele conduz uma campanha à margem das amarras político-partidárias, o
que explica estar a uma distância abissal do PT, a despeito de ser um militante
histórico do partido, que sustenta a candidatura de Emmanuel Tourinho, o
candidato da reitoria. “Fomos os primeiros a pautar, como oposição
programática, a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. Fomos
os primeiros a denunciar o alarmante estado do ensino de graduação - e hoje,
outros candidatos resolveram surfar nessa linha, mas não fizeram, tiveram sete
anos para isso e não priorizam os estudantes”, acentua. Weyl deplora
enfaticamente o vale-tudo eleitoral. “É muito ruim para a universidade que em
seu ambiente se replique o pior da política partidária”, adverte. Mas arremata
a a entrevista com uma profissão de fé: “A gente tem muito otimismo e acredita
que a universidade não será mais a mesma depois dessa eleição. O debate das
questões vai continuar na pauta. Contudo, a gente também acredita que não se
poderá mais gerir a UFPA de modo pouco transparente.”
Nesta
resta final de campanha, como o senhor avalia suas chances e quais as eventuais
contribuições da sua candidatura ao processo eleitoral?
Nós estamos
bastantes otimistas, pois nossa candidatura cresceu muito nas últimas três
semanas. As pessoas começam a se dar conta de que as chapas oriundas da atual
gestão não conseguem atender às demandas da comunidade universitária. Temos
trabalhado muito para fazer uma campanha ética, honesta, transparente e
coletiva. Além disso, a gente avalia que já sai vitorioso dessa disputa.
Há tempos a UFPA não se discutia. Nossa chapa foi a primeira em anos a provocar
um grande debate na universidade. Se fores avaliar, nessa disputa antecipada
pelo próprio ex-reitor, fomos os primeiros a pautar, como oposição
programática, a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade. Fomos
os primeiros a denunciar o alarmante estado do ensino de graduação - e hoje,
outros candidatos resolveram surfar nessa linha, mas não fizeram, tiveram sete
anos para isso e não priorizam os estudantes. Desde o início a gente tem falado
dos problemas e apresentado saídas para eles. Fizemos "Rodas de
Conversa" com as unidades no campus do Guamá, nos campi do interior e em
unidades que estão fora da cidade universitária, como o Hospital Barros
Barreto. Além disso, também conversamos com diversos movimentos sociais. Diante
disso, nós temos clareza de como a gestão da UFPA deixou de ouvir sua
comunidade, negligenciou a participação nos grandes debates que importam para o
futuro da região e perdeu o foco na democracia.
Quais as
reflexões que sugerem a atmosfera sob a qual se dá a atual disputa pela
reitoria da UFPA?
Lamentavelmente
a gente percebe com tristeza e preocupação como algumas campanhas têm se
conduzido a disputa. Além da visível ostentação da propaganda e uso da máquina,
temos presenciado o uso de artifícios fraudulentos e escusos em certas condutas
como coação e pressão sobre servidores, uso de dados confidenciais (e-mails
institucionais, por exemplo) e a "pesquisa eleitoral" claramente
duvidosa. Ou seja, o debate está sendo suplantado pela ganância pela
permanência no poder. É muito ruim para a universidade que em seu ambiente se
replique o pior da política partidária. As candidaturas da gestão - porque tem
três chapas que saíram da atual administração - não representam nenhuma
mudança, não apresentam alternativas viáveis para os desafios que a
universidade apresenta hoje. É mesmo muito triste que o debate não avance e
disputa se restrinja à troca de favores e à pressão sobre pessoas
Como fica
a UFPA, como instituição, ao cabo desse processo eleitoral, considerando as
circunstâncias sob as quais ele se deu, com recorrentes denúncias de uso da
máquina administrativa, abuso de poder econômico e coerção de eleitores?
A gente tem
muito otimismo e acredita que a universidade não será mais a mesma depois dessa
eleição. O debate das questões vai continuar na pauta. Contudo, a gente também
acredita que não se poderá mais gerir a UFPA de modo pouco transparente, sem
participação e de modo clientelista. Temos esperança de que as irregularidades
sejam devidamente apuradas pela Justiça, pois não podemos deixar que os desvios
fiquem impunes.
segunda-feira, 27 de junho de 2016
(IN)JUSTIÇA – Com 272 assinaturas, abaixo-assinado pede por trabalhador que juiz mandou para a prisão
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O abaixo-assinado com o apelo ao juiz Flávio Sanches Leão em favor do abrandamento da pena imposta ao auxiliar de cozinha já regenerado. |
Com 272 assinaturas, um abaixo-assinado
articulado por amigos e vizinhos pede o abrandamento da pena de Luciano Pinto Teixeira, 42, casado, com uma filha
de 13 anos, que ganha a vida como auxiliar de cozinha, atividade que exerce há
18 anos e da qual tira o sustento da família. Por determinação do juiz da 7ª
Vara Criminal de Belém, Flávio Sanches Leão, ele foi preso no último dia 14 para
cumprir sentença de 26 de maio de 2010, pela qual foi condenado a prisão por
cinco anos e quatro meses, por crime de roubo, cometido há 18 anos atrás. Ao
ser preso – o que ocorreu quando faltava um mês e seis dias para a sua pena ser
prescrita - o auxiliar de cozinha já estava comprovadamente regenerado e plenamente
reintegrado ao convívio social, sem reincidir na delinquência, na qual
submergiu na juventude, entre os 23 e 24 anos.
Familiares, amigos, vizinhos e colegas de
trabalho de Luciano Pinto Teixeira, além do próprio
patrão, são enfáticos em declarar que o auxiliar de cozinha se antecipou por
conta própria ao objetivo da pena, que é regenerar e ressocializar o condenado.
“Pelas circunstâncias, o cumprimento da pena poderia ser abrandado”, afirma um
dos advogados ouvidos pelo Blog do Barata. Pela lei
11596, de 2007, de acordo com a qual o prazo prescricional pode ser contado até
o acórdão, o crime estaria prescrito há 15 anos, acrescentam advogados
consultados a respeito. O juiz Flávio Sanches
Leão alega que apenas cumpriu a legislação, mas omite a nova redação
dada à lei 7209, de 1984, pela lei 11596, de 2007, segundo a qual o crime
estaria prescrito há 15 anos.
A propósito do episódio, fontes do Blog do Barata ainda observam que o STJ,
Superior Tribunal de Justiça, concedeu habeas corpus, de nº 2427779PA,
publicado em 2013, com base na nova redação determinada pela lei 11596, de
2007, ignorada pelo magistrado no caso de Luciano
Pinto Teixeira. Por isso o entendimento de que o magistrado poderia ter
abrandado a pena, ao analisar o caso concreto, considerando a plena
ressocialização do auxiliar de cozinha, que já se encontra recolhido no
presídio de Americano. Deprimido, Luciano Pinto Teixeira fala em suicídio,
relatam, apreensivos, seus familiares.
UFPA – Último debate entre os candidatos a reitor está confirmado para esta segunda-feira, às 15h30
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Em sentido horário, Edson Ortiz, Emmanuel Tourinho, Erick Pedreira, João Weyl e Vera Jacob, os candidatos: debate final da campanha. |
Está confirmado para esta segunda-feira,
27, o último debate entre os candidatos a reitor da UFPA, a Universidade Federal
do Pará, a ser realizado no centro de convenções Benedito Nunes, a partir das
15h30. Do debate participarão os cinco candidatos a reitor – os professores
Emmanuel Tourinho, Edson Ortiz, João Weyl, Erick Pedreira e Vera Jacob. A
eleição está prevista para quarta-feira, 29.
Na reta final da campanha, a disputa está polarizada
entre Emmanuel Tourinho, ex-pró-reitor de Pesquisa e pós-graduação, e Edson
Ortiz, ex-pró-reitor de Administração. Na reta final da campanha, Tourinho e
Ortiz são acossados pelo professor João Weyl, ex-vice-reitor pró-tempore da Unifesspa, a Universidade
Federal do Sul e Sudeste do Pará, cuja candidatura exibe indícios de
crescimento.
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