Reduto histórico da deletéria promiscuidade entre o público e o privado, mais do que nunca o TCE, o Tribunal de Contas do Estado do Pará, é refém do patrimonialismo, desafiando não só o decoro, mas também, e sobretudo, a lei que ele próprio deveria fazer cumprir. Nada mais ilustrativo, nesse sentido, que o tribunal hoje abrigar um total de 602 servidores, dos quais 222 efetivos e 248 temporários, segundo revela o relatório de servidores ativos, de 12 de junho de 2012, que figura no site da transparência do TCE. A preponderância de temporários sobre efetivos sugere o mais escandaloso empreguismo, turbinado pelo tráfico de influência e pelo nepotismo, direto e/ou cruzado, levado ao paroxismo pelo atual presidente do tribunal, o ex-deputado Cipriano Sabino (foto, no centro, entre Luiz Cunha, à esq., e Ivan Cunha), cujas recorrentes lambanças fizeram dele o Cipriano Sabido, em alusão ao seu inescrupuloso mandonismo.
Fonte fidedigna, obviamente em off, para proteger-se de eventuais retaliações, revela a versão que varre intramuros o TJ Pará, de acordo com a qual Sabino teria colocado à disposição, do Tribunal de Justiça do Estado, um expressivo elenco de cargos comissionados e temporário, reservados para nomes indicados por desembargadores e juízes. Ao mesmo tempo, acrescenta a versão citada, o TCE tem contratado servidores temporários com vínculos de parentesco com políticos. Além da contratação, pela administração direta e indireta do governo do Estado, de parentes de conselheiros do tribunal. “Caracteriza-se, assim, a promíscua relação entre o órgão fiscalizador e os fiscalizados”, acentua a mesma fonte do blog.
7 comentários :
Jornalista Barata,
No TCM a situação só se diferencia do TCE com relação à existência de temporários em cargo efetivo.
Não há no TCM temporários, mas um excesso de servidores comissionados, muito além do que fixa a lei de cargos e carreira da instituição. Isso é improbidade administrativa.
90% desses comissionados fazem a função de analista de controle externo, área fim do tribunal. Há também 30 servidores contratados através de uma empresa pertencente ao sr. Ricardo Sousa, genro do governador Jatene e chefe de gabinete da presidência do TCM, e que também atuam na área-fim.
Tudo isso a despeito de haver concursados esperando para serem chamados e por existirem 60 cargos de analista de controle externo sem estarem ocupados, apesar do último concurso de 2009.
Também já se viu servidores comissionados serem aposentados no TCM por conta do absurdo prejulgado n. 16 do TCE.
Há dezenas de comissionados que não estão exercendo função de chefia, coordenação e assessoramento, como ainda é possível segundo a constituição, mas sim atividade nas controladorias, que deveria ser de servidor efetivo após aprovação em concurso.
O problema é que há no TCM um irmão do procurador Nelson Medrado que é comissionado e pelo jeito freia a ação do seu honesto e competente membro do mp.
Apelar a quem, Barata?
Vê se faz a mesma pesquisa do TCE no TCM
Acho que é verdade pois a filha da presidente Raimunda Noronha vai lá de vez em quando levar um atestadozinho médico para justificar suas fatlas. Essa menina parece que tem impaludismo, como falta voti. A mãe dela bem que poderia dar uns purgantes para ela tipo "Tiro Seguro", "Óleo de Ricino" ou até um "Flroatil" que resolvem problemas intestinais
Os filhos do Corregedor Ivan Parede de Igreja estão lotados na ALEPA em troca de falta de rigor na análise das contas do Pioneiro. Foi ele quem aprovou as contas da Ana Júlica
Dr. Arnaldo Azevedo e Nélson Medrado neles, ainda que tudo fique engavetado no judiciário, pelo menos a sociedade vai saber quem são esses bandidos que falam em moralidade, impessoalidade, e posam nas colunas sociais da imprensa podre e vendida do Pará.
O Ministério Público não é composto apenas pelos Drs.Nélson Medrado e Arnaldo Azevedo.Acontece que a maioria deles não tem coragem de dar a cara a tapa.Se um terço dos promotores de justiça tivessem peito pra enfrentar essa bandidagem como Medrado e Arnaldo,certamente a coisa iria melhorar muito.
Já estou até meio receoso com integridade física desses dois ilustres paraenses, essa quadrilha de ladrões é perigosa.
Emm 2010, o então presidente nacional da OAB, propôs criar uma entidade federal para fiscalizar e controlar os Tribunais de Contas (na época o dos Municípios ainda denominavam-se Conselhos - aqui no Pará, um ônus perfeitamente descartável) que, segundo entendia, são useiros e vezeiros na prática de nepotismo e descontrole na concessão de benefícios ilegais aos seus servidores e,em especial, aos próprios conselheiros. Ainda, no entendimento daquele dirigente da Ordem, eles são "uma espécie de caixa preta" e "passam a ser moeda de troca entre governantes e políticos em fim de carreira." Acrescente-se, que não só políticos em fim de carreira, há deles que, mesmo no primeiro mandato, já pleiteiam semhlhantes sinecuras.
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