Jader Barbalho enfrenta a declarada e implacável oposição dos Maiorana, a família que é proprietária de um dos dois maiores grupos de comunicação do Estado, as ORM, Organizações Romulo Maiorana, que inclui a TV Liberal, afiliada da TV Globo, e O Liberal, o segundo maior jornal em vendagem no Pará. Além de adversários políticos, os Maiorana e os Barbalhos também são concorrentes diretos. O senador do PMDB é proprietário do outro maior grupo de comunicação do Estado, a Rede Brasil Amazônia de Comunicação, que inclui rádios AM e FM, líderes em audiência, a TV RBA, afiliada da Band, e o Diário do Pará, jornal que superou, em vendagem seu concorrente direto, O Liberal, dos Maiorana, compelido a desfiliar-se do IVC, o Instituto Verificador de Circulação, diante das evidências de fraude nas pesquisas segundo as quais supostamente seria líder absoluto do mercado.
A consolidação e expansão da Rede Brasil Amazônia de Comunicação fez recrudescer a animosidade entre os Barbalho e os Maiorana. Estes, valendo-se sobretudo de O Liberal, fustigam incessantemente Jader Barbalho, explorando o estigma de corrupto que se confunde com o nome do senador peemedebista. Jader, em revide, não perde a oportunidade de revelar, via Diário do Pará, as suspeitas de falcatruas, inclusive no âmbito da Sudam, envolvendo os irmãos Romulo Maiorana Júnior, o Rominho (foto), e Ronaldo Maiorana, respectivamente, presidente executivo e diretor editor corporativo de O Liberal. Nos momentos de exacerbação da disputa - política e/ou empresarial – entre Jader e os Maiorana, o Diário do Pará não esquece de relembrar o passado nada lisonjeiro do patriarca dos Maiorana, o empresário e jornalista Romulo Maiorana, e da viúva deste, Lucidéa Batista Maiorana, a dona Déa. Antes de tornar-se um bem-sucedido empresário da comunicação, Romulo Maiorana teve seu nome associado ao contrabando, mesmo depois de despontar como um lojista de sucesso, com a cadeia de lojas RM Modas. Dona Déa, antes de tornar-se esposa, mãe e avó amorosa e dedicada, foi uma dama da noite, corolário de uma origem humilde, apesar de ser sobrinha do ex-interventor e ex-governador do Pará Joaquim de Magalhães Cardoso Barata.
Autoritário e truculento, mas populista, Magalhães Barata, o ilustre tio de dona Déa Maiorana, entrou para a história como o maior líder político do Estado e dele derivou o baratismo, a vertente política só sepultada com o golpe militar de 1964. O baratismo, convém recordar, foi alimentado pelo contrabando e pelo jogo do bicho, apesar da honestidade pessoal do seu inspirador, que morreu pobre, a despeito de todo o poder que deteve. Eleito senador em 1945, com a redemocratização do Brasil, que sucedeu o discricionário Estado Novo, Magalhães Barata disputou e perdeu, para o general Alexandre Zacharias de Assumpção, a eleição para o governo em 1950. Cinco anos depois, disputou novamente o governo, dessa vez contra Epílogo de Campos, e venceu por uma diferença de 1743 votos, após oito meses de batalha judicial. Estava no exercício do seu mandato como governador, eleito pelo voto direto, quando morreu, em 1959, vítima de leucemia.
3 comentários :
BARATA,
Como ficou aquela situação de Santarém, de que o Jarde era sócio, com um contrato de gaveta de uma concessão de TV afiliada a Rede Globo.
Essa situação caiu no esquecimento?
Como foi mesmo o caso?
Barata, conta a teus leitores o desenrolar dessa caso. Houve intervenção do Ministério Público?
Como está agora a situação, engavetaram, morreu e está sepultada?
Esses maioranas são outros canalhas que vivem corroendo o dinheiro do povo. Voltaram a alugar o jatinho pro simão preguiça pescar. Tomara que dessa vez ele enfie o anzol no olho prá ver se diminui as patifarias desse desgoverno.
Não Conheço o Pará, mas pelo que sei esses maioranas não valem nada. Perseguidores, opressores e PARASITAS!
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