A Funcefet era peça principal no esquema da quadrilha e, mesmo sem o credenciamento do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia - obrigatórios para receber verbas da educação -, foi beneficiada nos últimos quatro anos com mais de R$ 79 milhões em verbas federais. Vários parentes do reitor do IFPA receberam o dinheiro repassado à Funcefet. De acordo com testemunha privilegiada, dinheiro desviado serviu para a compra de carros, motos, sítios no interior do Pará, apartamentos em Belém e em São Paulo. Relatos comprovados por documentos revelam que a quadrilha financiava a escola de samba Bole-Bole, do bairro do Guamá.
A CGU constatou ainda o desvio de R$ 1,2 milhão destinados à execução de obras, compra de mobiliário e veículos. Para justificar os gastos de verba, liberada extraordinariamente pelo Ministério da Educação, a Funcefet emitiu notas fiscais falsas. As investigações revelam que os acusados desviaram dinheiro também de vários programas do MEC, como da Universidade Aberta do Brasil e do Brasil Escolarizado, que destinam bolsas para estudantes e professores. Parte das bolsas foram desviadas para parentes dos acusados e para servidores do próprio IFPA, pagos para realizarem funções pelas quais já recebem salários da União.
Nenhum comentário :
Postar um comentário