segunda-feira, 4 de junho de 2012

CENSURA – A decisão, ponto a ponto

        Seguem abaixo passagens da decisão da juíza Marisa Belini de Oliveira, que responde pela 10ª Vara do Juizado Especial Cívil, no contencioso que travo com Karla Assef Santiago, conciliadora lotada na 7ª Vara do Juizado Especial Cívil de Belém. Em revide a crítica que lhe fiz, Karla Assef Santiago move uma ação judicial contra mim, por suposto dano moral, postulando uma indenização equivalente a 40 salários mínimos, o que corresponde, atualmente, a R$ 24.880,00. Além disso, a conciliadora também postula a censura ao Blog do Barata e, graciosamente, quer eu fique proibido de fazer qualquer referência a ela. Para além de seu surto autoritário, a conciliadora elenca um vasto leque de reivindicações.

        CENSURA – O blog e a nova lambança togada “Quanto ao post (...) extraio que em seu texto, no que toca ao nome da autora, o reclamado se limitou a narrar os fatos do presente processo, apresentando seu descontentamento quanto ao pleito da reclamante, bem como sua discordância quanto à decisão judicial exarada no evento 6, o que, seguindo-se padrões legais atinentes ao direito de informação sem decair a níveis de escárnio, não representa atitude ilícita, mas sim exercício de direito constitucional de informação.”

        CENSURA – As evidências da litigância de má-fé e CENSURA – Entre o cinismo e o escárnio “Não houve descumprimento da determinação judicial; extrapolação da liberdade de imprensa ou do direito de critica, tendo o reclamadoatido seu comportamento a parâmetros cidadãos, ainda que declarando claramente sua discordância, exercendo seu mister profissional.”

        CENSURA – O legítimo direito de crítica “O requerido reproduziu quase que integralmente o texto o qual fora determinada a retirada do ar, logo descumprindo – ainda que de forma camuflada – a decisão antecipatória exarada no evento 6, agindo em contrariedade ao que determina o art. 14, incisos II e V do Código de Processo Cívil, pelo que declaro descumprindo a decisão interlocutória que declaro descumprida a decisão interlocutória do Juízo (evento 6), penalidade que será apurada na sentença, em sua liquidação.”

        CENSURA – O blog e a nova lambança togada “Ocorre que no mencionado post, o reclamado utilizou a imagem da autora sem seu consentimento – ao que tudo indica – o que se apresenta em descompasso com o art. 5º, inciso X, da Constituição Federal, c/c arts 11, 12 e 20 do Código Civil, pelo que o pedido da reclamante para que, liminarmente, tal imagem seja desvinculada, encontra amparo legal para ser deferido com fulcro no art. 273, §7º, do Código de Processo Cívil, eis que não há perigo de irreversibilidade do provimento.”

        A DECISÃO DA JUÍZA – “Ante o exposto, com fulcro no art. 273, §7, do Código de Processo Cívil, defiro em parte o pedido de liminar, na forma de medida cautelar, e determino que o reclamado, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, contados da intimação da presente decisão, retire do ar o post de seu blog, datado de 18/05/2012, cujo título é CENSURA – O legítimo direito de crítica, (...) bem como retire a imagem da autora do post de seu blog, datado de 18/05/2012, sob o título CENSURA – O blog e a nova lambança togada, (...) abstendo-se de realizar novas inclusões da imagem da reclamante em seu blog, sem autorização expressa.”

2 comentários :

Anônimo disse...

Isso é uma verdadeira palhaçada. Vamos começar a nos mobilizar com abaixo assinado ao CNJ, que a ditadura já acabou há muito tempo. Porque que eles não perseguem essa cambada de políticos safados que desviam milhões do erário público?

Anônimo disse...

Alò CNJ, Dra. Eliana Calmon, pelo amor de Deus, não esqueçam do Pará. Estamos sendo roubados e injustiçados todos os dias. SOCORROOOOOOOOOOO.