segunda-feira, 18 de junho de 2012

JB – Corrupção, uma suspeita recorrente

A mais longeva liderança política da história do Pará, Jader Barbalho (foto) tem sua biografia tisnada pelas previsíveis suspeitas de corrupção. Suspeitas inevitáveis para quem, como é o seu caso, jamais teve a carteira profissional assinada e, sendo unicamente político, tornou-se um homem rico, cujo patrimônio inclui um dos dois maiores grupos de comunicação do Pará. Ele fez carreira política no MDB, o Movimento Democrático Brasileiro, legenda que surgiu na esteira do bipartidarismo imposto pelo golpe militar de 1964, do qual é sucedâneo o PMDB, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro. O MDB, como o PMDB, abrigou a oposição à ditadura militar, formalmente sepultada com a eleição, em 1985, do ex-presidente Tancredo Neves, que derrotou no colégio eleitoral (outra imposição do regime dos generais) o ex-governador de São Paulo Paulo Maluf, do PDS, o Partido Social Democrático, candidato da ditadura militar.

Vítima de uma diverticulite, Tancredo morreu, após uma sucessão de cirurgias, sem assumir a presidência, sendo empossado seu vice, o hoje senador José Sarney (PMDB/AP), uma das lideranças reveladas pelo golpe militar de 1964, que tornou-se o virtual donatário do Maranhão. Diante das evidências da falência do regime militar, Sarney migrou para a oposição, tornando-se candidato a vice-presidente, na chapa de Tancredo Neves, que migrara do PP, o Partido Popular, de centro-direita, para o PMDB. A adesão de Sarney consolidou a Aliança Democrática, que juntou, à oposição democrática ao regime dos generais, a dissidência do PDS, que sucedeu a Arena, a Aliança Renovadora Nacional, como partido de sustentação parlamentar da ditadura militar. A eleição de Tancredo coroou a redemocratização, com a emergência da Nova República, com a qual Jader Barbalho foi catapultado para o cenário nacional.

No rastro da distensão política, deflagrada pelo ex-presidente Ernesto Geisel - um general de perfil autocrático, mas que se opunha à linha dura do regime militar -, firmou-se a estrela de Jader Barbalho, eleito governador do Pará, em 1982, nas primeiras eleições diretas para o governo estadual, após o golpe militar de 1964, realizadas sob o governo do general João Baptista Figueiredo, o último presidente da ditadura militar. Sempre pelo voto direto, Jader foi vereador de Belém, deputado estadual, deputado federal, governador do Pará por dois mandatos (1983-1987 e 1991-1994) e senador, em um currículo que ainda inclui passagens como ministro da Reforma e do Desenvolvimento Agrário e da Previdência Social, no governo José Sarney. Seu primeiro mandato como senador, para o qual foi eleito em 1994, acabou abreviado pela renúncia, para evitar a cassação, em conseqüência das denúncias de seu envolvimento em desvios de recursos do Banpará, o Banco do Estado do Pará, e da Sudam, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia. Sua desdita política ocorreu após tornar-se presidente do Senado, em desafio ao até então temível senador Antônio Carlos Magalhães, na época o cacique da Bahia e respeitado aliado do Palácio do Planalto, a quem impôs um humilhante silêncio, da tribuna, na célebre admoestação pública, sentenciando ao desafeto: “Calado, caladinho!!!”. Depois de ser compelido a renunciar da presidência do Senado e abdicar do próprio mandato, Jader, sem imunidade parlamentar, chegou a ser preso e algemado pela Polícia Federal, mas elegeu-se posteriormente deputado federal, com a maior votação proporcional. Subsequentemente, ressurgiu com todo vigor, politicamente, como principal articulador da vitória da petista Ana Júlia Carepa para o governo do Pará, em 2006, derrotando o ex-governador tucano Almir Gabriel, que o elegera seu inimigo preferencial, após tê-lo, no passado recente, como patrono político. Desde então, o morubixaba do PMDB paraense usufrui dos dividendos de quem é o fiel da balança eleitoral, sem o ônus de ter que cevar alguma outra alternativa, capaz de rivalizar com sua liderança – no partido e no próprio Pará. Em 2010 Jader elegeu-se novamente senador, para um mandato que só assumiu um ano depois da data prevista para a posse, após o STF, o Supremo Tribunal Federal, decidir que a Lei da Ficha Limpa só poderia ser aplicada no pleito subseqüente.





8 comentários :

Anônimo disse...

assim como ele não consegue explicar sua riquesa, tambem é dificil orestes quercia explicar a sua e jose sarney, pois estes tres construiram o mesmo patrimonio.

Anônimo disse...

É uma viúva do JB, mesmo, "suspeita" recorrente! Égua, se fosse uma estagiária, uma conciliadora...agora como se trata de um "democrata", fica todo melífluo, tergiverso! Cala a boca, barata!

Anônimo disse...

O Agnelo Queiroz está sendo compelido a comprovar o seu "patrimônio", por que não se faz o mesmo com o "Jarder"? Ele nunca trabalhou, como ostenta uma fortuna deste tamanho.

Anônimo disse...

Essa fortuna foi construída por esse sujeito por apenas dois motivos. A sua inteligência criminosa e a falta de escolas pelo Pará afora.... Do contrario estaria provavelmente praticando assaltos, roubo a bancos dentre outros crimes. Que não precisa de voto....

Anônimo disse...

qual a diferença entre o JADER e O ZENALDO COUTINHO. NENHUMA. OS DOIS NUNCA TRABALHARAM, SEMPRE VIVERAM AS CUSTAS DE DINHEIRO DE MANDATO POPULAR COM UMA DIFERENÇA: O JADER É MUITO MAIS INTELIGENTE POIS É RICO.

Anônimo disse...

E pensar que já votei nesse vagabundo ladrão me dá vontade de vomitar. Um dia tua hora vai chegar. Vai pesar contra ti, que o dinheiro que tu roubaste, é uma das causas de centenas de pobres verem seus familiares em portas de hospitais, entre outras tantas.

Anônimo disse...

E os processo continuam engavetados. Anos e anos, alguns já prescreveram. Mas tudo culpa das leis, que permitem recursos, de mais de 11, 12 anos. Só não existem esses recursos prá pobres. Eita judiciário.

Anônimo disse...

Engraçado estes Tucanos e demais incompetentes, que se arvoram a políticos honestos .
Se fizerem apenas uma ação de abrir gavetas do judiciário e movimentar processos , todos caem parece aquilo que tem na cabeça destes tucanos.
Jader e o Color foram os políticos mais investigados e acusados neste pais e não provaram nada , pelo contrário , deveriam indeniza -los pelo tempo perdido e danos morais.
O problema e a inveja de incompetentes.