A mais longeva liderança política da história do Pará, Jader Barbalho (foto) tem sua biografia tisnada pelas previsíveis suspeitas de corrupção. Suspeitas inevitáveis para quem, como é o seu caso, jamais teve a carteira profissional assinada e, sendo unicamente político, tornou-se um homem rico, cujo patrimônio inclui um dos dois maiores grupos de comunicação do Pará. Ele fez carreira política no MDB, o Movimento Democrático Brasileiro, legenda que surgiu na esteira do bipartidarismo imposto pelo golpe militar de 1964, do qual é sucedâneo o PMDB, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro. O MDB, como o PMDB, abrigou a oposição à ditadura militar, formalmente sepultada com a eleição, em 1985, do ex-presidente Tancredo Neves, que derrotou no colégio eleitoral (outra imposição do regime dos generais) o ex-governador de São Paulo Paulo Maluf, do PDS, o Partido Social Democrático, candidato da ditadura militar.
Vítima de uma diverticulite, Tancredo morreu, após uma sucessão de cirurgias, sem assumir a presidência, sendo empossado seu vice, o hoje senador José Sarney (PMDB/AP), uma das lideranças reveladas pelo golpe militar de 1964, que tornou-se o virtual donatário do Maranhão. Diante das evidências da falência do regime militar, Sarney migrou para a oposição, tornando-se candidato a vice-presidente, na chapa de Tancredo Neves, que migrara do PP, o Partido Popular, de centro-direita, para o PMDB. A adesão de Sarney consolidou a Aliança Democrática, que juntou, à oposição democrática ao regime dos generais, a dissidência do PDS, que sucedeu a Arena, a Aliança Renovadora Nacional, como partido de sustentação parlamentar da ditadura militar. A eleição de Tancredo coroou a redemocratização, com a emergência da Nova República, com a qual Jader Barbalho foi catapultado para o cenário nacional.
No rastro da distensão política, deflagrada pelo ex-presidente Ernesto Geisel - um general de perfil autocrático, mas que se opunha à linha dura do regime militar -, firmou-se a estrela de Jader Barbalho, eleito governador do Pará, em 1982, nas primeiras eleições diretas para o governo estadual, após o golpe militar de 1964, realizadas sob o governo do general João Baptista Figueiredo, o último presidente da ditadura militar. Sempre pelo voto direto, Jader foi vereador de Belém, deputado estadual, deputado federal, governador do Pará por dois mandatos (1983-1987 e 1991-1994) e senador, em um currículo que ainda inclui passagens como ministro da Reforma e do Desenvolvimento Agrário e da Previdência Social, no governo José Sarney. Seu primeiro mandato como senador, para o qual foi eleito em 1994, acabou abreviado pela renúncia, para evitar a cassação, em conseqüência das denúncias de seu envolvimento em desvios de recursos do Banpará, o Banco do Estado do Pará, e da Sudam, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia. Sua desdita política ocorreu após tornar-se presidente do Senado, em desafio ao até então temível senador Antônio Carlos Magalhães, na época o cacique da Bahia e respeitado aliado do Palácio do Planalto, a quem impôs um humilhante silêncio, da tribuna, na célebre admoestação pública, sentenciando ao desafeto: “Calado, caladinho!!!”. Depois de ser compelido a renunciar da presidência do Senado e abdicar do próprio mandato, Jader, sem imunidade parlamentar, chegou a ser preso e algemado pela Polícia Federal, mas elegeu-se posteriormente deputado federal, com a maior votação proporcional. Subsequentemente, ressurgiu com todo vigor, politicamente, como principal articulador da vitória da petista Ana Júlia Carepa para o governo do Pará, em 2006, derrotando o ex-governador tucano Almir Gabriel, que o elegera seu inimigo preferencial, após tê-lo, no passado recente, como patrono político. Desde então, o morubixaba do PMDB paraense usufrui dos dividendos de quem é o fiel da balança eleitoral, sem o ônus de ter que cevar alguma outra alternativa, capaz de rivalizar com sua liderança – no partido e no próprio Pará. Em 2010 Jader elegeu-se novamente senador, para um mandato que só assumiu um ano depois da data prevista para a posse, após o STF, o Supremo Tribunal Federal, decidir que a Lei da Ficha Limpa só poderia ser aplicada no pleito subseqüente.
8 comentários :
assim como ele não consegue explicar sua riquesa, tambem é dificil orestes quercia explicar a sua e jose sarney, pois estes tres construiram o mesmo patrimonio.
É uma viúva do JB, mesmo, "suspeita" recorrente! Égua, se fosse uma estagiária, uma conciliadora...agora como se trata de um "democrata", fica todo melífluo, tergiverso! Cala a boca, barata!
O Agnelo Queiroz está sendo compelido a comprovar o seu "patrimônio", por que não se faz o mesmo com o "Jarder"? Ele nunca trabalhou, como ostenta uma fortuna deste tamanho.
Essa fortuna foi construída por esse sujeito por apenas dois motivos. A sua inteligência criminosa e a falta de escolas pelo Pará afora.... Do contrario estaria provavelmente praticando assaltos, roubo a bancos dentre outros crimes. Que não precisa de voto....
qual a diferença entre o JADER e O ZENALDO COUTINHO. NENHUMA. OS DOIS NUNCA TRABALHARAM, SEMPRE VIVERAM AS CUSTAS DE DINHEIRO DE MANDATO POPULAR COM UMA DIFERENÇA: O JADER É MUITO MAIS INTELIGENTE POIS É RICO.
E pensar que já votei nesse vagabundo ladrão me dá vontade de vomitar. Um dia tua hora vai chegar. Vai pesar contra ti, que o dinheiro que tu roubaste, é uma das causas de centenas de pobres verem seus familiares em portas de hospitais, entre outras tantas.
E os processo continuam engavetados. Anos e anos, alguns já prescreveram. Mas tudo culpa das leis, que permitem recursos, de mais de 11, 12 anos. Só não existem esses recursos prá pobres. Eita judiciário.
Engraçado estes Tucanos e demais incompetentes, que se arvoram a políticos honestos .
Se fizerem apenas uma ação de abrir gavetas do judiciário e movimentar processos , todos caem parece aquilo que tem na cabeça destes tucanos.
Jader e o Color foram os políticos mais investigados e acusados neste pais e não provaram nada , pelo contrário , deveriam indeniza -los pelo tempo perdido e danos morais.
O problema e a inveja de incompetentes.
Postar um comentário