sexta-feira, 3 de junho de 2016

UFPA – As pautas ignoradas por Pedreira e Vera Jacob



Abaixo, as pautas ignoradas por Erick Pedreira e Vera Jacob, os dois candidatos a reitor que optaram por não conceder entrevista ao Blog do Barata. A candidatura de Erick Pedreira é associada a setores do PSDB, e mais particularmente ao prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, cuja equipe ele já integrou, como presidente do Ipamb, o Instituto de Previdência e Assistência do Município de Belém. A candidatura de Vera Jacob identifica-se com o PSol, e mais especificamente com a APS, Ação Popular Socialista, uma das tendências abrigadas na legenda e no epicentro das denúncias de corrupção no Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará. Ela também tem o apoio de setores da Adufpa, a Associação dos Docentes da UFPA, do Sindifes, o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Pará, e do Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará. As indagações grafadas em vermelho são aquelas feitas especificamente aos dois candidatos.

A PAUTA DE ERICK PEDREIRA

·         Como o senhor avalia qualitativamente a UFPA, hoje, e quais suas propostas para dinamizar a instituição e melhorar a qualidade do ensino, em um cenário de grave crise econômica, com seus naturais reflexos nos orçamentos das instituições de ensino superior públicas?

·         Como qualquer universidade federal, obviamente a UFPA tem suas mazelas, que contra ela conspiram. Quais as principais dessas mazelas e como, a curto ou médio prazo, aplacá-las, de modo a garantir aquele mínimo de excelência que se espera de uma academia?

·         Na esteira do Reuni, os campus da UFPA transformaram-se em canteiros de obras, multiplicando suas unidades físicas, mas sem a contrapartida de concursos públicos capazes de atender a previsível demanda por mais pessoal de apoio técnico e professores. Se eleito reitor, como o senhor pretende administrar esse descompasso?

·         Se eleito, quais as medidas que o senhor contempla para contornar o descompasso hoje existente, em matéria de nível, entre a graduação, que pela avaliação do ENAD está abaixo da média nacional, e a pós-graduação, que pela avaliação da Capes atinge níveis de excelência? O porquê disso, na sua opinião, é o que fazer, de imediato, para superar essa discrepância?

·         Qual a sua postura em relação ao Prouni, diante das críticas, de vastos setores acadêmicos, de que o programa acaba por privar a universidade pública de maiores recursos, para beneficiar, com isenções fiscais, os barões da educação?

·         Elencando em ordem decrescente, quais serão as prioridades mais imediatas de sua administração, se eleito reitor da UFPA?

·         Como o senhor se posiciona diante do governo Michel Temer, e mais particularmente sobre os limites de gastos proposto pelo novo presidente, com óbvios reflexos na educação?

·         Sua candidatura é associada ao PSDB e, mais particularmente, ao atual prefeito de Belém, o tucano Zenaldo Coutinho, de cuja equipe o senhor já teria feito parte. Fala-se inclusive na injeção de recursos de setores do PSDB na sua candidatura. Essa versão procede?

·         O que o estimula a sair candidato a reitor e como o senhor avalia suas chances, nessa disputa tão acirrada?

·         Fala-se, nos bastidores, de uma atmosfera de velada caça às bruxas para intimidar quem se oponha ao candidato ungido pelo ex-reitor Carlos Maneschy. Essa versão procede ou trata-se de lengalenga próprio de campanha eleitoral?

·         A UFPA acaba por refletir a sociedade na qual está inserida, o que talvez explique ter sido contaminada pelos vícios da política partidária, nela presentes no rastro da redemocratização do país e visíveis nas disputas registradas a cada troca de guarda. O que pode ser capaz de promover, no âmbito da universidade, uma faxina ética capaz de sobrepor a excelência a conveniências eleitoreiras, varrer a impunidade determinada pelo corporativismo e privilegiar o contraditório?

A PAUTA DE VERA JACOB

·         Como a senhora avalia qualitativamente a UFPA, hoje, e quais suas propostas para dinamizar a instituição e melhorar a qualidade do ensino, em um cenário de grave crise econômica, com seus naturais reflexos nos orçamentos das instituições de ensino superior públicas?

·         Como qualquer universidade federal, obviamente a UFPA tem suas mazelas, que contra ela conspiram. Quais as principais dessas mazelas e como, a curto ou médio prazo, aplacá-las, de modo a garantir aquele mínimo de excelência que se espera de uma academia?

·         Na esteira do Reuni, os campus da UFPA transformaram-se em canteiros de obras, multiplicando suas unidades físicas, mas sem a contrapartida de concursos públicos capazes de atender a previsível demanda por mais pessoal de apoio técnico e professores. Se eleita reitora, como a senhora pretende administrar esse descompasso?

·         Se eleita, quais as medidas que a senhora contempla para contornar o descompasso hoje existente, em matéria de nível, entre a graduação, que pela avaliação do ENAD está abaixo da média nacional, e a pós-graduação, que pela avaliação da Capes atinge níveis de excelência? O porquê disso, na sua opinião, é o que fazer, de imediato, para superar essa discrepância?

·         Qual a sua postura em relação ao Prouni, diante das críticas, de vastos setores acadêmicos, de que o programa acaba por privar a universidade pública de maiores recursos, para beneficiar, com isenções fiscais, os barões da educação?

·         Elencando em ordem decrescente, quais serão as prioridades mais imediatas de sua administração, se eleita reitora da UFPA?

·         Como a senhora se posiciona diante do governo Michel Temer, e mais particularmente sobre os limites de gastos proposto pelo novo presidente, com óbvios reflexos na educação?

·         Sua candidatura é associada a setores do PSol e, mais particularmente, à APS, Ação Popular Socialista, cujos alguns dos expoentes estão alojados na direção do Sintepp, cuja credibilidade foi tisnada pelas denúncias de corrupção protocoladas no Ministério Público Estadual. Fala-se inclusive na injeção de recursos não só do Sintepp, mas também da Adufpa, na sua candidatura. Essa versão procede?

·         Pela sua condição de coordenadora do Programa de Pós-Graduação do ICED, o Instituto de Ciências da Educação, seu nome é associado às recorrentes denúncias de que estaria sendo tratada como letra morta a exigência de dedicação em tempo integral para o curso de mestrado, no caso de Mateus Rocha da Costa Ferreira, coordenador do Sintepp e um dos seus mais aguerridos cabos eleitorais. O que a senhora tem a dizer sobre esse imbróglio?

·         Não lhe constrange ter na sua campanha um dirigente sindical sob o qual pesa a suspeita de corrupção e cuja biografia inclui um episódio policial, que originou uma ação criminal, por ter agredido com uma cadeirada, por motivo fútil, um colega?

·         O que a estimula a sair candidata a reitora e como a senhora avalia suas chances, nessa disputa tão acirrada?

·         A sua candidatura ser associada ao PSol não conspira contra o seu nome, ao sugerir uma partidarização que historicamente tem soado deletéria para a UFPA?

·         Fala-se, nos bastidores, de uma atmosfera de velada caça às bruxas para intimidar quem se oponha ao candidato ungido pelo ex-reitor Carlos Maneschy. Essa versão procede ou trata-se de lengalenga próprio de campanha eleitoral?


·         A UFPA acaba por refletir a sociedade na qual está inserida, o que talvez explique ter sido contaminada pelos vícios da política partidária, nela presentes no rastro da redemocratização do país e visíveis nas disputas registradas a cada troca de guarda. O que pode ser capaz de promover, no âmbito da universidade, uma faxina ética capaz de sobrepor a excelência a conveniências eleitoreiras, varrer a impunidade determinada pelo corporativismo e privilegiar o contraditório?

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