sexta-feira, 30 de novembro de 2018

MPE – Cotejo favorece Gilberto Valente Martins

Gilberto Martins, o procurador-geral: perfil sem as máculas de Neves.


A investida do ex-procurador-geral de Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves contra seu sucessor acabou favorecendo, em termos de currículo e antecedentes, o atual procurador-geral, Gilberto Valente Martins, ao ensejar um cotejo entre ambos. Primeiro promotor de Justiça a comandar o Ministério Público Estadual, Martins, que ingressou no MPE em 27 de agosto de 1990, é formado em direito pela UFPA, a Universidade Federal do Pará, com mestrado em direito penal pela Universidade de Coimbra, em Portugal. Ele ganhou visibilidade como coordenador do Gaeco, o Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado, quando deflagrou Operação Navalha na Carne, que desmantelou um grupo de extermínio formado por policiais militares. As ameaças de morte que se seguiram levaram o Conselho Superior do MP recomendar que se ausentasse do Brasil, quando então viajou para Portugal, para cursar o mestrado.
Depois disso, indicado pela Procuradoria-Geral da República, Martins tornou-se conselheiro do CNJ, o Conselho Nacional de Justiça, no qual teve uma passagem marcante. À frente do Ministério Público Estadual protagonizou uma administração à margem de maiores injunções político-partidárias e, em especial, sem a mácula de escândalos de corrupção e tráfico de influência que pontuaram a gestão de Neves. Este como procurador-geral de Justiça comportou-se como um boy qualificado do Palácio dos Despachos, atrelando despudoradamente o MPE ao Executivo, o que não o impediu de passar pelo vexame de não conseguir fazer seu sucessor, quando então tornou-se um desafeto figadal do governador tucano Simão Jatene, a quem no passado serviu com a submissão de uma gueixa.

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