Gilberto Martins, o procurador-geral: perfil sem as máculas de Neves. |
A investida do ex-procurador-geral de
Justiça Marcos Antônio Ferreira das Neves contra seu sucessor acabou
favorecendo, em termos de currículo e antecedentes, o atual procurador-geral,
Gilberto Valente Martins, ao ensejar um cotejo entre ambos. Primeiro promotor
de Justiça a comandar o Ministério Público Estadual, Martins, que ingressou no
MPE em 27 de agosto de 1990, é formado em direito pela UFPA, a Universidade
Federal do Pará, com mestrado em direito penal pela Universidade de Coimbra, em
Portugal. Ele ganhou visibilidade como coordenador do Gaeco, o Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado, quando
deflagrou Operação Navalha na Carne, que desmantelou um grupo de extermínio
formado por policiais militares. As ameaças de morte que se seguiram levaram o
Conselho Superior do MP recomendar que se ausentasse do Brasil, quando então
viajou para Portugal, para cursar o mestrado.
Depois
disso, indicado pela Procuradoria-Geral da República, Martins tornou-se conselheiro do CNJ,
o Conselho Nacional de Justiça, no qual teve uma passagem marcante. À frente do
Ministério Público Estadual protagonizou uma administração à margem de maiores
injunções político-partidárias e, em especial, sem a mácula de escândalos de
corrupção e tráfico de influência que pontuaram a gestão de Neves. Este como
procurador-geral de Justiça comportou-se como um boy qualificado do Palácio dos
Despachos, atrelando despudoradamente o MPE ao Executivo, o que não o impediu
de passar pelo vexame de não conseguir fazer seu sucessor, quando então
tornou-se um desafeto figadal do governador tucano Simão Jatene, a quem no
passado serviu com a submissão de uma gueixa.
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