terça-feira, 2 de outubro de 2012

VERSÃO – Os reparos de Ronaldo Passarinho

        Por telefone, com a elegância que lhe é própria, o advogado Ronaldo Passarinho Pinto de Souza, conhecido mais simplesmente por Ronaldo Passarinho (foto), ele faz alguns reparos sobre as postagens sobre o TCM, o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, envolvendo a ele próprio, aos filhos e outros parentes. Ele foi deputado estadual pela Arena, a Aliança Renovadora Nacional, e pelo sucedâneo desta, o PDS, o Partido Democrático Social, e posteriormente conselheiro do TCM, o Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, do qual foi presidente, antes da aposentadoria compulsória. Um homem lido e sagaz, Ronaldo Passarinho notabilizou-se como um fiel escudeiro do ilustre tio, o coronel Jarbas Passarinho, que a ele sempre devotou um amor paternal. Um sentimento retribuído pela amorosa dedicação de Ronaldo, própria de um filho, embora seja apenas sobrinho. Jarbas Passarinho, recorde-se, foi governador do Pará, ministro de sucessivos governos militares, mas também do governo Fernando Collor, o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura militar, além de senador por sucessivas legislaturas.
        O primeiro reparo de Ronaldo envolve justamente a participação do coronel Jarbas Passarinho, então senador e ministro do governo Costa e Silva, na reunião do Conselho de Segurança Nacional da qual brotou o abjeto AI-5, o Ato Institucional nº 5, que lançou o Brasil nas trevas da intolerância. O AI-5 foi o golpe dentro do golpe militar de 1º de abril de 1964, institucionalizando, como política de Estado, a tortura e o assassinato de adversários políticos. Na leitura de Ronaldo, não basta aludir ao fato de Jarbas Passarinho ter mandado os escrúpulos às favas. “É importante contextualizar”, pontifica, ao rememorar a frase completa do tio: “Às favas, senhor presidente, neste momento, todos, todos os escrúpulos de consciência”, exortou Jarbas, então ministro do Trabalho e da Previdência, na reunião do AI-5.

2 comentários :

Anônimo disse...

Grande Barata, Cachorro Morto não se chuta... Só se toca fogo...

Su Mano

Anônimo disse...

Órgão que a exemplo do tribunal da corrupção estadual, deveria ser extinto pela qualidade dos membros, um bando de corruptos oriundos da alepra.