Improbidade administrativa, no plano cível, por ser a OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil, uma autarquia federal especial; na esfera criminal, prevaricação e corrupção, ativa e passiva. Estes são os enquadramentos a que estão sujeitos Jarbas Vasconcelos do Carmo, presidente da OAB/PA, a Ordem dos Advogados do Brasil-Secção Pará, e Robério Abdon D’Oliveira, conselheiro da entidade, protagonistas de um escândalo que tisna a credibilidade da autarquia e também compromete Alberto Antônio de Albuquerque Campos, secretário geral, e Albano Henriques Martins Junior, diretor-tesoureiro. O imbróglio – que torna insustentável a situação de Jarbas Vasconcelos do Carmo como presidente da Ordem no Pará - teve como estopim um terreno doado pela Prefeitura de Altamira à subsecção da OAB no município, localizado na avenida Tancredo Neves, com cerca de mil metros quadrados e avaliado, a preço de mercado, em torno de R$ 900 mil. Por um desses insondáveis mistérios da vida, o terreno, doado para a subsecção de Altamira construir sua sede, foi registrado em nome da secção da OAB no Pará, e imediatamente vendido a Robério Abdon D’Oliveira, pela bagatela de R$ 301 mil, através de uma procuração, de caráter irrevogável e irretratável, em nome de Luciana Figueiredo Akel Fares, que sequer compõe a diretoria ou o conselho da Ordem. A lambança tem como agravante a falsificação da assinatura de Evaldo Pinto, vice-presidente da OAB/PA e por ele mesmo denunciada.
Embora a negociata tenha sido abortada, diante das reações indignadas provocadas pela lambança, o episódio acabou por evidenciar o que até então era sussurrado apenas nos bastidores, como mera suspeita. O imbróglio evidencia, de forma eloqüente, que Jarbas Vasconcelos do Carmo administra a OAB/PA à margem de pudores éticos, reduzindo-a a uma execrável ação entre amigos. A foto que ilustra a postagem, registra a entrega da escritura do terreno e é emblemática do jaez de Jarbas Vasconcelos do Carmo e sua corriola. Nela, a prefeita de Altamira, a tucana Odileida Maria de Sousa Sampaio (foto, a segunda, da esq. para a dir.; em sentido inverso, da esq. para a dir., figura na ponta Robério D’Oliveira, seguido de Jarbas Vasconcelos do Carmo) entrega a escritura do terreno doado. A foto, diga-se, foi feita em 23 de maio de 2011. Formalizada a doação, foi então deflagrada a tentativa pilhagem, à margem da legalidade. Aparentemente, o sentimento de impunidade medra com tanto vigor, na máfia engravatada, que Jarbas Vasconcelos do Carmo e Robério Abdon D’Oliveira não se preocuparam, sequer, em perder tempo com algum mise-en-scène, para dissimular a tramóia. Segundo fontes consultadas pelo blog, a advogada Luciana Figueiredo Akel Fares, a quem foi repassada a procuração irrevogável e irretratável para fazer a venda do imóvel, trabalha no escritório de Robério Abdon D’Oliveira. O mesmíssimo Robério Abdon D’Oliveira a quem foi vendido o imóvel, em uma transação posteriormente desfeita, após as denúncias sobre a mutretagem patrocinada por Jarbas Vasconcelos do Carmo.
14 comentários :
Barata ja esta provado que quem avaliou o imovel em RS350.000'00, foi o proprio presidente da sub sessao de altamira, maior corretor de imoveis da regiao, logo nao ha q se falar em bagatela.
Não simpatizo com nenhum dos envolvidos, mas sou do ramo e atuo no muunicípio há dezoito anos...
Aqui não existe terreno desse porte, a venda por 900 mil, Barata, mesmo que seja na Tancredo Neves...Quem está "fixando" esse valor, exorbitante para um munícipio como o nosso, certamente quer caçar os dois...
Se a venda foi irregular, tudo bem, mas dizer que foi bagatela, Barata, é um tremendo exagero. Cuidado, estão usando seu blog para vender sardinha como lagosta!
Outra coisa, se a doação vedasse a venda, nada disso aconteceria.Afinal, não era para fazer a sede local da OAB? Isso é importante, agora, o preço era o de mercado.
Barata, a OAB não é uma autarquia! É uma instituição Sui Generis.
É um terreno ou uma fazenda???
Se o próprio Presidente da Sub-Sessão de Altamira, que além de advogado é também corretor de imóveis avaliou o imóvel por R$350mil, como agora estão dizendo que vale R$900mil? Depois dessa super valorização do imóvel em Altamira, mais quem vai querer vender o seu por lá...
O problema não é o preço do imóvel, é a ação entre amigos, a falsificação e as reais intenções mercantilistas por trás dessa compra. Isso virá a tona, menos pelas comissões e mais pela investigação do MPF - crime de estelionato e de quadrilha.
350 mil deveria ser o preço mínimo, ô gente sem escrúpulo!!!! tudo dirigido a favorecer o Robério. Será mesmo que ao Robério????? desfeita ou não o negócio, só o foi porque denunciaram a quadrilha e a falsidade ideológica, estelionato e mais e mais. caso contrário, já era!
Não existe mistério insondável nenhum. Se você tivesse um mínimo de conhecimento, saberia que as subsecções da OAB NÃO POSSUEM PERSONALIDADE JURÍDICA, logo não podem receber doação. Por isso, o terreno foi doado à OAB/PA.
Das 00:49, nessa altura do campeonato, querer se defender com filigranas como essa história de personalidade jurídica , quando o que importa aqui é o crime de estelionato, a formação de quadrilha e a avacalhação da OAB que vcs estão patrocinando, é duma pobreza lascada!
O MPF tá investigando o crime de bando, quadrilha??????
Hum hum que foto sugestiva
Na entrevista o Jarbas disse que o Jader Barbalho está por trás dessas denúncias. E ele pode dizer quem está por trás do MPF?
É o Jader também?
Eles são tão pândegos....
É UMA VERGONHA,ASSA QUADRILHA DE BANDIDOS MAIS UMA VEZ NO PODER DA OAB,LAMENTO MAIS ESTE ORGÃO NÃO MERECE RESPEITO ENQUANTO FOR DIRIGIDO POR UMA QUADRILHA DE ESTELIONATARIOS,E A MAIOR VERGONHA QUE ESSE 2.495 QUE VOTARAM NÃO MERECEM O RESPEITO DA SOCIEDADE CIVIL DO ESTADO DO PARÁ.LAMENTAVELMENTE QUEM VOTA EM LADRÃO TAMBEM TEM SUA PARTICIPAÇÃO DENTRO DA QUADRILHA.
NÃO SE PODE TER MODERAÇÃO NO BLOG, QUANDO SE TRATA DE QUADRILHA DE FRAUDADORES COMO CABEÇA O PRESIDENTE DESTA INSTITUIÇÃO OAB-PA QUE NÃO MERECE UM PINGO DE RESPEITO.
É UMA VERGONHA TOTAL.
BARATA NÃO SE PODE TER PENA DE PICARETAS. NESTA ELEIÇÃO FOI OFERECIDO ATÉ APARTAMENTO EM TROCA DE VOTOS.
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