quarta-feira, 27 de julho de 2011

Hemopa – Tráfico de influência e prepotência

Convém a direção do Hemopa, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará, ficar mais atenta ao desempenho dos atendentes e enfermeiros de seu laboratório, cujo expediente começa sempre às 7 horas, mas onde os pacientes - adultos e crianças, estas invariavelmente em um estado de visível debilidade - costumam chegar antes das 6 horas. O que testemunhei, na manhã do último dia 21, uma quinta-feira, quando lá estive, para um vasto elenco exames de sangue, é preocupante. Assisti uma criança de colo, cujo estado de debilidade transparecia na palidez algo cadavérica, ser preterida, na fila para os exames de sangue, em favor de uma senhora idosa, mas sem ostentar a flagrante fragilidade exibida pelo bebê, de pais visivelmente humildes e inocultavelmente intimidados.
Pela própria situação, a situação fazia pressupor que o bebê tivesse prioridade, o que não ocorreu. O atendente, um mulato bem apessoado e educado, visivelmente cuidadoso com a aparência, como deixavam transparecer as unhas pintadas com base de esmalte, priorizou a senhora idosa, acompanhada da filha, que movia-se com arrogante desenvoltura, exibindo intimidade com o servidor. O pobre bebê, sonolento e com choros espasmódicos, provavelmente devido ao jejum necessário para os exames, seguiu na fila, obedecendo a ordem de espera, que não foi cumprida pela paciente idosa, que chegou ao laboratório já por volta das 6h30, em uma Van com placa de Benevides e no veículo permaneceu, confortavelmente acomodada, o que é previsivelmente justo. Quando chegou a vez da criança ser atendida, ao ingenuamente pretender acompanhar a esposa, que levava o filho nos braços, enquanto ele carregava aquela avalancha de sacolas que costumam acompanhar crianças de colo, o pai do bebê teve seu acesso à sala grosseiramente impedido por um enfermeiro de postura arrogante, um jovem moreno claro, lerdo e relapso, a concluir do estrago que fez na minha veia, visível no hematoma que deixou no meu braço, vestígio inocultável do serviço malfeito.

5 comentários :

Anônimo disse...

Um caso de assédio moral (grave) ocorrido na atual gestão da Santa Casa:

"K" é uma técnica de nível médio aprovada em dois concursos públicos; um para a fundação e outro para um segundo vínculo em outro órgão da saúde pública estadual. Diante de um quadro de inexplicável antipatia por parte da chefia imediata e dos rigores de horário e pontos eletrônicos adotados nos dois empregos, distantes um do outro 15 km, procurou as duas chefias levando uma colega em situação idêntica, para homologar um processo de "permuta", com o qual cada uma assumiria dois tetos num só lugar. Era desejo da servidora não ter mais problemas com atrasos - principalmente no segundo emprego, evitando também cansaço e gastos financeiros com táxis. Ao tomar conhecimento, a direção da Santa Casa recusou-se a fazer a permuta e então começaram a desaparecer do contracheque da servidora valores referentes a plantões extras (entenda-se isso como uma retaliação contra alguém que já vem sendo prejudicado e quer apenas se libertar); promessas de revisão não corrigiram o problema, nem evitaram novos cortes nos meses subsequentes. Entendendo que estes cortes certamente eram propositais e tinham a intenção de inflingir desgaste psicológico e inviabilizar a permuta, a servidora entrou em profunda depressão e... apoiada pelo marido, tomou a amarga decisão de... pedir a sua demissão. Foram-se 5 anos de serviço efetivo, concurso, estudos, esforços individuais, etc.

Anônimo disse...

Barata, põe aí no teu site a perseguição que os técnicos da santa casa estão sofrendo por terem participado do ato público contra o aumento de 67% concedido apenas aos médicos. A diretoria mandou espionar os funcionários e os que foram identificados não estão recebendo pelos plantões extras trabalhados.

Anônimo disse...

Barata,
Os funcionários não tem culpa do despreparo. A atual administração não faz treinamento e não cobra resultados. O Hemopa está às favas. A Diretora Técnica só sabe gritar com os servidores. Ninguem se entende no órgão. A Presidente já está a um passo do azilo. O resultado é esse: Servidores e usuários insatisfeitos.

Anônimo disse...

HEMOPA, infelizmente é isso: UM DESMANDO DE PRESIDENCIA E DIRETORIA TÉCNICA, PESSOAS ARCAICAS E INDICADAS, QUE NAO POSSUEM O MENOR DICERNIMENTO PARA TRATAR COM PROFISSIONAIS, AINDA PENSAM QUE ESTAO NA ÉPOCA DE TEMPORÁRIOS, ONDE ESTAS DUAS SENHORAS ANTIGAS, PENSAM QUE PODEM FAZER TUDO AOS GRITOS, E É ASSIM QUE SE ENCONTRA O HEMOPA: FALIDO EM SUA TÃO SONHADA QUALIDADE. BONS TEMPOS AQUELE DO DR. JOAO CARLOS PINA SARAIVA...(SAUDOSISMO...).

Anônimo disse...

Servidores em busca de um esclarecimento do rombo de 2 milhões de reais nos cofres do Hemopa estão se unindo para manifesto público que ocorrerá em frente ao órgão. A imprensa está sendo convidada e será encaminhada a denúncia ao Governador Simão Jatene. Queremos que vasculhem tudo, pois quanto mais se cava, mais aparece. Dizem que são 05 envolvidos, mas ainda tem um nome protegido.Quem será?