Pela sua probidade e por sua condição de médico de competência e experiência reconhecidas, não convém desqualificar, a priori, a denúncia do ex-presidente do Ophir Loyola, João de Deus Reis da Silva (à esq., em foto do site da AVAO), que debita o sucateamento do hospital à falta de recursos que deveriam ter sido repassados pelo FES, o Fundo Estadual de Saúde. De janeiro a maio deste ano, segundo o ex-presidente do hospital, o FES deveria ter repassado ao hospital um total de R$ R$ 17,5 milhões para despesas de custeio, o que corresponderia a um repasse mensal de R$ 3,5 milhões. Nesse período, porém, apenas R$ 6.063.853,00 foram repassados ao Ophir Loyola, de acordo com revelação feita por João de Deus, em matéria publicada na edição deste domingo, 31 de maio, do Diário do Pará.A diretoria do Ophir Loyola, que pediu exoneração em bloco após o vazamento de um relatório da Auditoria Geral do Estado denunciando as precárias condições de funcionamento do hospital e relacionando-a ao inchaço da folha de pessoal, foi uma indicação do PMDB, dentro da cota que coube ao partido no governo Ana Júlia Carepa. Isso poderia fazer soar suspeita a revelação feita pelo Diário do Pará, o jornal da família do ex-governador Jader Barbalho, o manda-chuva do PMDB no Estado, mas a credibilidade profissional de João de Deus recomenda conceder-lhe, ao menos, o benefício da dúvida, diante da gravidade da denúncia.
8 comentários :
O que vem acontecendo no Ophir Loyola é apenas um - infelizmente o mais grave - dos problemas de gestão da SEFA. Soma-se à cretina administração do cômico Zé Trindade o boicote financeiro do próprio governo, a custa de mortes e desespero da população, para desqualificar qualquer indicação que não seja do grupo que hoje assume a SESPA. Todo este embrólio encerra-se com o texto pra lá de previsível do fraco Puty: " o problema no Ophir foi de gestão". Não, o problema da saúde no Estado é um crime deliberadamente planejado pelo próprio governo.
Dr. João é bom, o problema dele foi deixar a Deane e a Moscoso fazerem essa enorme patifaria dentro do Ofir.
Concordo com o anônimo das 09:02. O grande problema desse governo é justamente a (ausência) de gestão. Mas todos nós enquanto sociedade organizada (chavão do PT) não utilizarmos os recursos (improbidade, ação civil pública)que a Lei nos oferece, vamos continuar a ser atores/espectadores desse drama social, que é a saúde pública. Algúem se recorda de alguma audiência pública de prestação de contas quadrimestral promovida pelo governo?
Com a palavra o povo que manda no FES, onde nem a Leura metia o bedelho. E aí Cláudio VAle e Nonato, e aí PT????????????????
O maior erro do João de Deus foi acreditar na lealdade de Laura Rossetti. Ardilosa e traiçoeira costumaz, a ex-secretária, seja no Ophir Loiola seja na SESPA, preocupava-se apenas com obras físicas que pudessem beneficiar um engenheiro mais do que próximo dela (vide CEDRO CONSTRUTORA). Diante de crises, jogava a culpa em seus colaboradores e pedia à governadora que os exonerasse, expondo-os à reprovação pública. Quando Jader percebeu os sucessivos golpes, se antecipou, entregou os cargos e, pelo menos, levou a nefasta Laura junto. De qualquer modo, sobrou também para o smpático João de Deus.
O JOAÕ DE E UM EXCELENTE PROFISSIONAL MEDICO E UM OTIMO GESTOR...ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA
INFELIZMENTE QUEM O CERCAVA ERA UM MONTE DE INCOPETENTES A COMEÇAR PELA LAURA ROSSETI....
Esses diretores só falam mal do governo quando são defenestrados e perdem a baba. Antes disso são uns caras-de-pau que metem a mãozinha na m. e sacrificam toda a ordem funcional e admninistrativa do órgão aos desmandos oriundos dos gabinetes superiores. Pois sim, estamos fartos desses.
Barata:
Os DAS da saúde pública estadual há muito decoraram o estribilho: "fecha, pára, terceiriza, ou manda para a unidade de referência (nem que seja num outro estado como sugeriu a secretária de saúde ao se referir aos pacientes do Ofir Loyola)". São uns gestores que não querem gerir, querem apenas acabar com o que os outros fizeram. Depois quando são demitidos, ficam contrariados e dizem na imprensa que são apenas técnicos. É a "tecnocracia da subserviência ao descaso".
A saúde pública - a nível estadual e municipal - é um problema em franco agravamento, o qual só começará a ser resolvido quando as pessoas sairem às ruas, de forma organizada, exigindo das autoridades a aplicação honesta das verbas do SUS.
Postar um comentário