Em seguida, a transcrição, na íntegra, do “Manifesto em Defesa de uma Frente de Esquerda e
Socialista nas Eleições em Belém”:
As correntes políticas e os ativistas que assinam a presente
nota fazem um chamado a Edmilson Rodrigues, à direção do PSOL, ao PSTU, ao PCB,
a todas as organizações políticas de esquerda e aos movimentos sociais de luta
da cidade, para que seja construída, nestas eleições municipais, uma grande
Frente de Esquerda e Socialista, com base nos seguintes pontos:
1. Que a aliança envolva somente os
partidos da esquerda socialista brasileira (PSOL, PSTU, PCB) e demais
organizações políticas e movimentos sociais combativos da cidade, sem a
participação de nenhum partido que apoie o ajuste fiscal de Temer (aplicado
também pelo governo petista de Dilma) ou que tenha políticos que sejam réus
em escândalos de corrupção. Assim, somos contrários à alianças com PT, PCdoB,
PV, Rede, PPL, PDT e PPS, partidos com os quais infelizmente a direção do PSOL
e Edmilson Rodrigues têm mantido conversas formais com o intuito de negociar
uma aliança eleitoral;
2. Que essa Frente de Esquerda e Socialista não tenha
sua campanha financiada por empresários, banqueiros e latifundiários. Ao
contrário, defendemos que cada centavo da campanha seja financiado pelos
trabalhadores e pelo povo de Belém por meio de doações legais e com base no
esforço militante e individual;
3. Que o programa de governo desta Frente de Esquerda
e Socialista seja um programa que aponte para uma profunda inversão no modo de
governar a cidade e na definição das prioridades, combatendo a Lei de
Responsabilidade Fiscal e o pagamento da Dívida Pública, que estrangulam o
orçamento dos municípios. Propomos que seja um governo de fato controlado e
dirigido pelos trabalhadores, pela juventude, pelos idosos, pelo povo pobre das
periferias e pelas organizações populares da cidade, como centros comunitários,
sindicatos, entidades da juventude e demais entidades da sociedade civil. O
povo de Belém tem o direito de decidir sobre a destinação de 100% do orçamento
da Prefeitura e definir sua política.
Belém
completou 400 anos recentemente, mas infelizmente não temos muito o que
comemorar porque, graças à gestão do atual Prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), os
problemas da cidade se agravaram, sobretudo nos 3 ‘S’ tão prometidos em sua
campanha eleitoral de 2012 (Saúde, Segurança, Saneamento). O incêndio do
Pronto-Socorro da 14 de março foi o principal legado deixado pelo Prefeito em
relação à saúde. A violência urbana, sobretudo assaltos e homicídios, cresceu
absurdamente nos últimos quatro anos. Hoje ninguém mais anda nas ruas e ônibus
de Belém sem medo. E o saneamento, então, nem se fala. Qualquer chuvinha é suficiente
para deixar Belém debaixo d’água.
Este
cenário caótico se torna ainda mais trágico quando olhamos para o BRT, um
elefante branco que não irá resolver o problema do trânsito e que está
consumindo centenas de milhões de reais do dinheiro público. Sem falar da falta
de política para combater o desemprego crescente, a falta de investimentos em
educação, cultura e lazer.
Não
podemos deixar que Zenaldo Coutinho (PSDB) continue à frente da Prefeitura e
nem deixar que Éder Mauro (PSD) vença essas eleições, porque ele é igual a
Zenaldo, apesar de iludir muita gente. Éder Mauro não vai resolver os problemas
fundamentais da cidade porque faz parte de um partido burguês corrupto, que
apoia o governo de Michel Temer e seu ajuste fiscal, e não se propõe a romper
com essa lógica de governar para os ricos. Não queremos que as chacinas da
juventude pobre e negra da Periferia virem política de governo da Prefeitura.
Também não será Maneschy, candidato do PMDB e ex-reitor da UFPA, que foi
conivente com o sucateamento e corte de verbas na Universidade, que com sua
postura de “bom moço” resolverá os problemas da cidade de Belém.
Também
não representam uma alternativa real de mudança para a cidade as candidaturas
de Luiz Sefer (PP), Regina Barata (PT), Lélio Costa (PCdoB) e Úrsula Vidal
(Rede Sustentabilidade), pois todos estão aliados com os grandes empresários.
Todos são candidatos a serviço do ajuste fiscal, apoiados por corruptos como
Jáder Barbalho e Jatene e concordam com a política econômica e o modo de
governar de Temer, Dilma e seus ministros banqueiros e latifundiários.
A saída
para combater o crescimento da criminalidade é executar um grande plano de
obras públicas para construir hospitais, escolas, casas populares e redes de
saneamento e ter escola em tempo integral para os jovens. Desse modo, é
possível gerar emprego, melhorar os serviços públicos e tirar os jovens da
influência do mundo do crime. Não se acaba com a violência aumentando a
repressão policial, matando pessoas e construindo presídios.
É
possível ter passe-livre para estudantes e desempregados, ter política eficaz
de combate à violência contra as mulheres e às LGBT’s, ter política de arte e
cultura para o povo, investir em saneamento básico, moradias populares,
iluminação pública e legalizar as terras das áreas de ocupação periféricas.
Basta taxar os ricos e as grandes fortunas, fazer auditoria na dívida pública,
contratos e convênios da Prefeitura com as empresas e prestadores de serviço,
combater a sonegação no recolhimento de impostos e tributos, romper com a lei
de responsabilidade fiscal e criar uma lei de responsabilidade social, combater
a corrupção (com a prisão e o confisco dos bens de corruptos e corruptores),
acabar com os altos salários e privilégios dos políticos. Quem tem que pagar
pela crise econômica são os capitalistas, pois foram eles que a fizeram, e não
os trabalhadores.
Chegou
a hora de construir o novo. Fazer aliança com o PV de Sarney Filho, com o PPL
amigo dos Barbalhos, com o PCdoB de Aldo Rebelo ou com o PT de Dilma é repetir
a receita do fracasso dos 13 anos de governo compartilhado entre PT/PCdoB/PMDB
e tantos outros partidos que, ao chegarem ao poder praticaram a mesma corrupção
do PSDB e governaram para os ricos, destinando aos trabalhadores e ao povo
migalhas, desemprego, inflação, arrocho salarial, privatizações e muitos
impostos.
Participe
conosco desta luta, venha para a plenária que irá iniciar a construção desta
Frente para as lutas e as eleições e assine nosso manifesto para que tenhamos
de fato uma Belém para os trabalhadores:
Algumas
de nossas propostas para tirar Belém do caos social:
- Um
plano de obras públicas como saneamento básico, casas populares, creches e
hospitais para gerar empregos e garantir direitos ao nosso povo;
-
Congelamento das tarifas de ônibus. Passe livre para estudantes e
desempregados, sob controle dos usuários;
-
Auditoria nas contas e contratos da Prefeitura
-
Enfrentamento da máfia dos transportes;
- Uma
frota municipal, rumo à municipalização completa com tarifa zero;
-
Revogação da Lei do Zenaldo que extinguiu cargos públicos no Município.
-
Concurso Público já;
-
Aumento real de salários dos servidores municipais;
-
Nenhuma repressão às greves e lutas do povo. Todo
apoio às mobilizações dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre nas
periferias;
-
Secretários e dirigentes dos órgãos eleitos pelos servidores públicos.
ASSINAM:
CST-PSOL
(Corrente Socialista dos Trabalhadores)
INSURGENCIA-PSOL
LS-PSOL
(Luta Socialista)
MAIS
(Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista)
NOS
(Nova Organização Socialista)
Abel
Ribeiro – Sintepp
Afonso
Modesto – SINDTIFES-PA
Aguinaldo
Barbosa – SINTSEP-PA
Aldelice
Rodrigues – SINTSEP-PA
André
Tavares – direção SINTEPP Belém
Andréa
Solimões – Vice-presidente / norte 2/Andes
Ângela
Azevedo – Sindtifes/PA
Antonio
Brito – LS/PSOL
Arthur
Lopes - juventude Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Carlos
Alberto – LS/PSOL
Carlos
Roberto - Agente Comunitário de Saúde – Belém
Cedício
Vasconcelos – dirigente SINTSEP/PA
David
Melo – juventude Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Déia
Palheta – Grupo Iaçá de Cultura
Douglas
Diniz – membro do DN do Psol
Duylyo
Aleixo – LS/PSOL
Eduardo
Pimentel – dirigente do Sintsep/PA
Eduardo
Protázio – Pré-candidato a vereador PSOL
Eduardo
Rodrigues - juventude Unidos pra Lutar
Elias
Santos - Jornalista grevista do Diário do Pará e militante LGBT
Emerson
Duarte – Sinduepa
Eraldo
Paulino – Jornalista grevista do Diário do Pará
Eziel
Duarte – Coord. Geral do DCE-UFPA
Fábio
Moroni – Direto de assistência estudantil DCE-UFPA
Fafá –
Movimento Popular da Terra Firme
Felipe
Melo – Jornalista e do COMBATE- Classista e pela base
Francisco
Lopes - Diretório Municipal PSOL/Belém-PA
Fredielson
Rodrigues – dirigente do Sintsep/PA
Gabriel
Antunes - juventude Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Gabriel
Rodrigues – advogado e militante do PSOL
Gerson
Lima – Coord. Geral SINTSEP-PA
Gilberto
Marques – professor da faculdade de economia da UFPA
Gizelle
Freitas – Cress/ PA
Glailson
Rocha – Sintsep/ PA
Iano
Serrão – Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Ione
Colbert – LS/PSOL
Ítalo
Laredo -Coordenador Geral do CACS/UFPA
Ilma
Andrade - delegada de base do Sintsep-PA na Funasa
Jassar
Protázio - estudante de Direito/Unama e militante do PSOL
Jennifer
Webb – professora EA/UFPA/ militante da Unidos pra Lutar/PSOL
João
Santiago - Diretório estadual PSOL/PA
Joice Souza – Jornalista / Corrente Sindical
Combate
José Alves – advogado e militante do PSOL
José Emilio Almeida – Dirigente da ASCONPA
Josyanne Quemel – Asfunpapa
Katia Rosangela – Coord. Geral SINDTIFES-PA
Laerth Alves – militante da Unidos pra Lutar
Luiz Sergio – SINTSEP-PA
Maiza Monte – Advogada e militante do PSOL
Marcio Amaral – Rodoviário e militante do PSOL
Márcio Calil – LS/PSOL
Marco Solimões – dirigente do Sintsep/PA
Marcus Benedito – COMBATE – Classista e pela base
Maria da Consolação Rodrigues – SINTSEP-PA
Mariza Santos – Diretório estadual PSOL/PA
Marlon George – Aeba
Mauricio Matos – diretor-presidente do SISEMPPA
Mirim Sodré – LS/PSOL
Moacir Miranda – Sindtifes
Natasha Machado – Juventude Unidos pra Lutar e
militante do PSOL
Neide Solimões – Dirigente do Sintsep/PA
Olgaíses Maués – Andes/SN
Orlando Amador – militante da Unidos pra Lutar e do
PSOL
Paulo Amaral – Diretor de Interiorização DCE-UFPA
Paulo Braga – Alternativa Urbanitária
Paulo Sérgio – LS/PSOL
Paulo de Tarcio - pré-candidato a vereador pelo
PSOL
Pedro Fonteles – professor (LS/Unidos)
Pedro Paulo de Oliveira – Diretor de área (ITEC)
DCE-UFPA
Rafaela Ferreira - Assistente Social
Raimundo Abreu – Unidos pra Lutar e militante do
PSOL (servidor público federal)
Raphael Castro – Diretor de área (ILC) DCE-UFPA
Reinaldo Divino – SINDTIFES-PA
Ricardo Wanzeller - mestrando em Serviço Social
Robson Gil – LS/PSOL
Rodrigo Rocha – advogado e militante do PSOL
Silvia Leticia – executiva do Psol Belém e
pré-candidata a vereadora
Silvia Sales – Jornalista/ militante do PSOL
Suelen Costa - juventude Unidos pra Lutar e
militante do PSOL
Sueny Moura – Sintepp
Taílson Silva - professor na rede municipal de São
Miguel do Guamá
Tainá de Souza - estudante de Fisioterapia/UFPA
Taís Ranieri – Sindtifes
Tatiana Carepa Roffé Borges – Servidora do IPHAN e
diretora do SINTSEP-PA
Tereza Barros – dirigente do SINTSEP/PA
Vera Coimbra – Unidos pra Lutar e militante do PSOL
Vera Jacob – professora da Faculdade de Educação da
UFPA
Verena Alves - mestre em Serviço Social – UFPA
Virgílio Moura – dirigente estadual Psol/PA
Walmir Brito – dirigente do SINTSEP/PA
William Mota – MAIS
Zarah Trindade – Advogada (LS/Unidos)
Zaraia Guara – COMBATE-Classista e pela
base/CST-PSOL
Zila Camarão – SINDTIFES-PA
Um comentário :
Abel Ribeiro e Silvia Letícia não tem moral para exigir a justeza dos outros, porque sabem das falcatruas do Sintepp e a época na oposição nada fizeram para mudar o cenário. Pelo contrário, foram por omissão voluntária lenientes com tudo de errado que lá acontece.
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